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Eagles, Sex Pistols e mais

5 bandas e artistas odiados por Joey Ramone, ícone dos Ramones

Confira o que o saudoso vocalista disse sobre artistas pelos quais ele sente aversão

Leitura: 6 Minutos
Joey Ramone

Os Ramones eram frequentemente vistos como uma entidade única, assim como muitas outras bandas influentes da indústria – mas o vocalista Joey Ramone se destacava naturalmente.

Sua presença como vocalista se tornou uma das mais icônicas da história do rock e sua contribuição, ao lado dos outros integrantes, foi fundamental para consolidar o punk rock como um movimento de ruptura nos anos 1970, com poucos alcançando o mesmo impacto.

Um fato curioso é que Joey Ramone chegou a admitir publicamente sua admiração por artistas considerados distantes do ideal punk, como Ronettes e Monkees, grupos que que eram muitas vezes vistos como excessivamente comerciais.

Apesar desse apreço por grupos considerados mais pops e alternativos, os Ramones costumavam ter forte aversão por artistas que eles consideravam falsos ou que não eram capazes de oferecer algo novo e empolgante para o público.

Além de todo o seu talento, Joey Ramone ficou conhecido também por não esconder o que pensava sobre determinadas bandas – e muitas vezes usava palavras duras para descrevê-las.

Confira abaixo uma lista reunida pelo Far Out com cinco bandas e artistas odiadas por Joey Ramone que exemplifica isso!

5 bandas e artistas odiados por Joey Ramone

Eagles

Apesar de Joey Ramone não ter pegado tão pesado com os Eagles, um comentário feito certa vez destacou como os Ramones e os Eagles seguiam vertentes completamente diferentes na cena musical. Joey declarou:

“Os Eagles, o Captain e o Tennille dominavam as ondas do rádio, e nós éramos a resposta para isso”.

Anos depois, Ramone voltou atrás e admitiu que ouvir Eagles era uma espécie de guilty pleasure, ou seja, algo que ele fazia escondido. Em entrevista à Entertainment Weekly, em 1994, ele disse:

“Nos anos 70, eu nunca teria admitido gostar dos Eagles, mas eles tinham algumas boas músicas”.

Ah, a maturidade!

The Cure

Com o The Cure sendo um dos grupos de maior destaque das décadas de 1970 e 1980, ele representava uma subcultura gótica que, visualmente, não estava tão distante daquela do Ramones. Porém, em relação à sonoridade, os dois grupos seguiam caminhos opostos.

Enquanto a banda norte-americana apostava em ritmos rápidos e abrasivos, o grupo liderado por Robert Smith apresentava uma abordagem mais arrastada e melancólica nas guitarras, algo que não agradava muito Joey Ramone.

Durante um episódio do programa Ring My Bell, um espectador enviou uma pergunta por fax questionando Joey sobre o que ele achava da banda conhecida pelo hit “Boys Don’t Cry”. A resposta foi curta e direta: “Eu odeio o Cure”, sem mais explicações.

Mesmo com o The Cure sendo reconhecido pela complexidade de suas músicas, Joey sempre acreditou que a música, especialmente o punk, deveria ser simples. Talvez seja isso!

Sex Pistols

Poucos conseguiam entender a relação entre Joey Ramone e os Sex Pistols. Apesar do músico demonstrar certa admiração por eles, por serem vistos como o grupo arrogante do Reino Unido, Joey sentia ressentimento pela maneira como os Pistols tentaram se aproveitar da fama dos Ramones e roubar a cena no movimento punk. Era uma relação marcada por amor e ódio.

Uma situação em particular pode ter alimentado a tensão entre as duas bandas logo no início dessa relação. Em 1977, durante a primeira visita dos Ramones ao Reino Unido, eles dividiram o palco com os Sex Pistols. Convidados a retornar ainda naquele ano, os nova-iorquinos fizeram algo inusitado.

Em entrevista ao apresentador Conan O’Brien, Joey Ramone relembrou o episódio:

“Johnny Rotten queria ir aos bastidores. Então, uma pequena brincadeira que fizemos com Johnny foi que todos nós meio que mijamos na cerveja. E então Johnny Ramone deu a cerveja para Johnny Rotten. Foi tipo, a nossa maneira de dizer oi.”

Billy Idol

O líder dos Ramones ficava extremamente irritado com artistas que surgiram posteriormente no movimento punk e como eles aparentemente tentavam transformar o punk em um produto comercial, algo que ia contra tudo o que ele acreditava.

Apesar de desejar algum reconhecimento, Joey prezava por uma trajetória autêntica, construída com base em valores verdadeiros – e ele não sentia essa autenticidade em artistas como Billy Idol.

Em uma entrevista de 1987 com Wayne Robins, Joey foi direto ao falar do cantor: “Billy Idol é um item comercial, é um pacote”, disse, argumentando que ele não possuía nenhuma das credenciais que tornavam os Ramones representantes legítimos do punk. Ele continuou:

“Os Ramones são a realidade, autênticos e genuínos; não somos um pacote e não podemos ser embalados.”

Ramones

Pois é! Pra quem não se lembra, Joey Ramone e Johnny Ramone tiveram uma relação conturbada que envolvia desde suas visões políticas, com Joey sendo liberal e Johnny um republicano, até uma situação afetiva mais delicada, que deixou Joey decepcionado com o companheiro de banda.

Apesar de terem conseguido dar continuidade à banda até sua separação definitiva em 1996, o relacionamento dos músicos foi rompido após Johnny ter ficado com a namorada de Joey, Linda Danielle, com quem se casou em 1984. Além disso, a relação de Joey com outros membros da banda também não era das melhores.

O baterista original, Tommy Ramone, teria deixado o grupo após uma série de desentendimentos internos, entre eles o fato de ter sido ignorado por Joey durante boa parte do tempo em que esteve na formação. Já seu substituto, Marky Ramone, chegou a discutir publicamente com Joey em diversas ocasiões.

Como em muitas bandas de sucesso, a relação dentro dos Ramones era de amor e ódio – e assim ficaram eternizados na história.

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