"Faz anos que não ouço nada. Não tenho ideia de como é."

As 5 piores músicas do Pink Floyd segundo a própria banda

Confira o que os lendários músicos apontaram sobre determinadas obras de sua discografia

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Pink Floyd em 2005
Reprodução/YouTube

O Pink Floyd é indiscutivelmente uma das bandas mais influentes da história. Ainda assim, apesar de toda a sua contribuição artística, sua trajetória também foi marcada por tensões internas.

Ao mesmo tempo em que o grupo britânico veterano conquistava uma legião de fãs ao redor do mundo, os integrantes enfrentavam batalhas silenciosas nos bastidores envolvendo demissões, brigas de egos e conflitos criativos.

Apesar da banda ter lançado discos emblemáticos como Dark Side of the Moon, Wish You Were Here e The Wall, existem faixas nessas obras que refletem o funcionamento interno conturbado do grupo.

Com o fim do Pink Floyd em 1994, ao longo dos anos os músicos começaram a fazer novas reflexões e criticar canções da discografia da banda.

Confira abaixo uma lista, reunida pelo Far Out, com as músicas que os próprios integrantes do Pink Floyd consideram as piores!

As 6 piores músicas do Pink Floyd segundo a própria banda

“Remember a Day” e “See-Saw”

No último disco de Syd Barrett, A Saucerful of Secrets, o tecladista Rick Wright contribuiu tanto com composições como vocalista. Nas faixas “Remember a Day” e “See-Saw”, Wright apresentou vocais contidos por cima de melodias excêntricas. O resultado parece não ter saído como o esperado pelo tecladista, que disse certa vez:

“Elas são meio constrangedoras. Acho que nunca mais as ouvi desde que as gravamos. Foi um processo de aprendizado. Ao compor essas músicas, aprendi que não sou letrista, por exemplo. Mas você tem que experimentar antes de descobrir. As letras são horríveis, terríveis, mas muitas letras naquela época também eram.”

“Have a Cigar”

Alguns dos primeiros sinais do conflito intenso entre David Gilmour e Roger Waters podem ter surgido com o lançamento de Wish You Were Here, mais especificamente com a música “Have a Cigar”.

Waters foi responsável por escrever a música com uma crítica à burocracia na indústria musical e, após Gilmour se recusar a cantá-la por conta de um desentendimento com o diretor da música, Waters demonstrou seu desgosto devido ao grupo ter convidado o cantor e compositor folk inglês Roy Harper para assumir os vocais.

Sobre isso, Roger declarou:

“Ele estava cantando uma espécie de paródia, da qual não gosto. Nunca gostei, me arrependo. Acho que se eu tivesse persistido, teria feito melhor. Acho que se eu tivesse cantado, teria sido mais vulnerável e menos cínico do que a forma como ele cantou.”

“The Narrow Way”

Mesmo com todos os conflitos, os integrantes do Pink Floyd compartilham do mesmo desafeto pelo disco Ummagumma, de 1969. A obra era tão expansiva que não possuía uma estrutura, mas, pelo menos, ajudou a criar uma base importante para a música experimental que se tornou uma forte característica da banda.

O disco foi criado com cada músico compondo seu material de forma individual, e mais tarde tudo foi reunido para o resultado final. “The Narrow Way” foi escrita e tocada por Gilmour, que usou múltiplos overdubs para tocar todos os instrumentos da música, um método do qual ele não se lembra com carinho:

“Era só desespero, mesmo, tentar pensar em algo para fazer, para compor sozinho. Eu nunca tinha escrito nada antes, simplesmente entrei em um estúdio e comecei a divagar, juntando pedaços. Faz anos que não ouço nada. Não tenho ideia de como é.”

“Echoes”

“Echoes” é uma das músicas de maior sucesso da carreira do Pink Floyd – a faixa, que possui 23 minutos de duração, é amplamente admirada pelos fãs por sua interpretação experimental que destaca as letras sutis, porém precisas, de Waters sobre a condição humana.

Ainda assim, o baterista Nick Mason vê um certo exagero de criatividade na música, rotulando-a como “excessivamente longa”. Já Gilmour certa vez destacou:

“Éramos muito bons em improvisar, mas não conseguíamos traduzir isso para uma música”.

Bônus: The Wall

O disco The Wall viu Roger Waters explorar suas ideias individuais, o que causou muitos momentos de tensão nos bastidores. Apesar de nenhuma música específica ter sobrevivido com uma fama negativa na memória dos membros da banda, seu processo de gravação marca um momento em que a divisão criativa de fato aconteceu.

Em uma entrevista com Charlie Kendall, David Gilmour refletiu sobre o disco e fez uma forte crítica ao trabalho:

“Ele [Waters] nos deu uma fita cassete com tudo, e eu não consegui ouvir. Era muito deprimente e muito chato em muitos momentos”.

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