Pra Ficar de Olho: Maré Tardia surpreende em  “Sem Diversão Pra Mim”

O cenário da música independente brasileira ganha mais uma peça essencial com o lançamento de Sem Diversão Pra Mim, o segundo álbum da banda Maré Tardia. O grupo, originário de Vila Velha (Espírito Santo), mistura punk, pós-punk, surf music e agora também shoegaze, mostrando com este trabalho uma sonoridade ainda mais refinada e introspectiva, sem perder a intensidade que os caracteriza desde os primeiros acordes.

Após três anos de amadurecimento musical, a banda entrega um álbum que é tanto um reflexo de suas influências (como Los Hermanos, Pixies e The Stooges) quanto uma evolução natural para quem tem se consolidado como um dos nomes mais promissores da cena alternativa nacional.

Composto por 10 faixas, Sem Diversão Pra Mim traz letras que exploram temas como vícios, incertezas e a busca pelo reconhecimento, abordados com a crueza e sinceridade típicas da banda.

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Sobre o álbum

Lançado na última quarta-feira (30/04), a produção do disco ficou a cargo de Alexandre Capilé (Sugar Kane) e do próprio Gus Lacerda, vocalista e guitarrista da Maré Tardia. O álbum foi gravado no Estúdio Costella, em São Paulo, e a mixagem foi realizada por Gus e Capilé, com a masterização a cargo de Fábio Roberto (Estúdio Tambor).

O disco é marcado por BPMs acelerados e performances frenéticas, como se os pensamentos e sentimentos fossem “vomitados” de uma só vez, criando uma experiência intensa tanto no disco quanto nos palcos.

O título Sem Diversão Pra Mim faz referência à faixa homônima, que, além de ser o nome do álbum, também foi a primeira composição criada por todos os quatro integrantes juntos. A capa do álbum, que transcreve o espírito enérgico da Maré Tardia, foi pintada à mão pelo artista capixaba Gustavo Moraes, completando a proposta visual e conceitual do trabalho.

Além do que já foi mencionado, o disco chega com uma sonoridade mais densa e introspectiva, que faz referência a nomes como DIIV, Amyl and the Sniffers e Fontaines DC. A banda se mostra mais coesa, mantendo suas raízes, mas permitindo-se experimentar novas linhas sonoras.

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Maré Tardia e o futuro

Entre as faixas, estão “Leviatã”, “Já Sei Bem”, “Ian Curtis” e “Nadavai”, além de composições que exploram os altos e baixos da vida e da música como válvula de escape. O álbum ainda conta com participações especiais, como a percussão de Zé Tom em “Tarde Demais”, agregando mais textura e camadas ao som da banda.

Com Sem Diversão Pra Mim, a Maré Tardia se reafirma como uma das bandas mais dinâmicas e imprevisíveis da cena independente brasileira, sempre em busca de novas formas de expressar sua identidade sonora. Este lançamento promete se firmar como um dos destaques de 2025, mostrando que, para a Maré Tardia, a diversão nunca é algo simples, mas sempre intensa e cheia de significado.

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