O caldeirão que é a música brasileira ganhou ainda mais ingredientes nesta primeira metade de anos 2020, e revelou artistas que são verdadeiros ícones de uma geração, caso de João Gomes para o piseiro, Matuê para o trap e Terno Rei representando o rock.
Também sofremos algumas perdas, como a tragédia que levou Marília Mendonça cedo demais, mas isso não chegou nem perto de apagar o brilho da rainha do sertanejo moderno, que segue dominando playlists por aí.
O Planet Hemp voltou depois de 20 anos, a banda Crypta manteve o legado do metal brasileiro pelo mundo e o pianista Amaro Freitas também conquistou um público internacional, mostrando a força do nosso jazz.
João Gomes, Terno Rei, Matuê e muito mais
Depois de eleger os artistas e bandas internacionais mais marcantes desta “metade de década”, o TMDQA! decidiu fazer o mesmo com as crias do Brasil nesse período!
O levantamento é baseado nas notícias publicadas aqui no site entre 2020 e 2025, e também no canal Anos 2020, criado pela Deezer para celebrar as músicas que mais fizeram sucesso no streaming nos últimos cinco anos.
Confira as nossas explicações para cada um deles abaixo!
Os 10 artistas mais marcantes do Brasil nos anos 2020
Matuê
Esta definitivamente é a década do trap, e o cearense Matuê se colocou desde o início no batalhão de frente desse estilo que mistura hip-hop e eletrônica. Em 2020 ele lançou o álbum visual Máquina do Tempo, trazendo uma pegada futurista e produção de alto nível.
O disco mais recente foi 333 (2024), e nesse meio tempo o trapper vem empilhando milhões de plays no streaming e arrastando multidões em festivais pelo país. No especial da Deezer, ele ganhou uma playlist dedicada chamada 100% Matuê.
Terno Rei
Depois de explodir com Violeta em 2019, o Terno Rei manteve sua estratégia de lançar álbuns novos a cada três anos, com bons espaços para turnê e divulgação para cada um. Em 2022, Gêmeos consolidou a importância do grupo no indie nacional com sucessos como “Dias da Juventude” e “Brutal”.
Agora em abril de 2025 chegou Nenhuma Estrela, trabalho mais ambicioso do quarteto paulistano e que, como eles mesmo disseram em entrevista ao TMDQA!, marca a “melhor fase” desses 15 anos de carreira.
Amaro Freitas
Tem espaço pro jazz nos anos 2020, sim senhor! O pianista, compositor e arranjador pernambucano Amaro Freitas ganhou destaque ainda na década passada por sua mistura do erudito com o popular, especialmente ritmos regionais do Brasil e influências africanas.
Nos últimos cinco anos, Amaro se tornou um dos nomes mais respeitados do jazz contemporâneo no mundo graças ao álbum Sankofa (2021), que celebra a ancestralidade do estilo. Já o disco Y’Y, de 2024, apareceu entre os álbuns essenciais dos anos 2020 no especial da Deezer.
João Gomes
Seguimos em Pernambuco, dessa vez pra falar do cara que popularizou o piseiro e o forró romântico para um público nacional. Com muito carisma, letras diretas e voz marcante, João Gomes virou um ídolo brasileiro desde o hit “Meu Pedaço de Pecado”, de 2021.
De lá pra cá ele fez parcerias com Gilberto Gil e Vanessa da Mata, lançou os álbuns Digo ou Não Digo (2022) e Raiz (2024), e se consolidou como um fenômeno de massas. O cantor também ganhou uma playlist 100% João Gomes na Deezer.
Planet Hemp
A primeira metade dos anos 2020 marcou a volta de uma das maiores bandas do hardcore e rap rock nacional. Com a língua mais afiada do que nunca, o Planet Hemp lançou em 2022 o álbum JARDINEIROS, primeiro trabalho de inéditas em mais de 20 anos.
Com Marcelo D2 e BNegão na liderança e convidados especiais como Black Alien e Criolo, a banda esteve nos principais festivais do país, lançou outros singles, remixes e um álbum ao vivo pra lá de especial pra celebrar 30 anos de carreira, chamado Baseado em Fatos Reais (2024).
Crypta
A tradição do metal brasileiro também se renovou nos últimos cinco anos, especialmente graças à Crypta! A banda liderada por Fernanda Lira lançou dois discos que chamaram a atenção de fãs de rock pesado no mundo todo – Echoes of the Soul (2021) e Shades of Sorrow (2023).
O último álbum, inclusive, rendeu uma longa turnê pelos EUA que causou furor na imprensa norte-americana, e também levou a guitarrista Jéssica Falchi a alçar grandes vôos. O grupo reforçou a representatividade feminina no death metal e se tornou nome obrigatório dos anos 2020.
Marília Mendonça
A saudosa cantora goiana pode ter seu nome mais ligado aos anos 2010, que foi quando despontou como a artista mais popular do Brasil. Mas quando faleceu tragicamente em 2021, com apenas 26 anos, Marília Mendonça estava no auge dessa popularidade.
Ela tinha acabado de lançar Festa das Patroas, e depois ainda veio o álbum póstumo Decretos Reais (2023), e ambos mantiveram seus clássicos na ponta da língua dos fãs de sertanejo. Marília emplacou nada menos que sete músicas na playlist especial da Deezer, incluindo “Troca de Calçada”, “Graveto” e “Esqueça-me Se For Capaz”.
BK’
A plataforma de streaming também fez uma playlist dedicada ao rap dos anos 2020, e nesse caso quem dominou foi BK’. O rapper carioca teve uma ascensão meteórica na década com O Líder em Movimento (2020) e ICARUS (2022), discos que equilibram engajamento político com uma estética apurada.
Este ano veio Diamantes, Lágrimas e Rostos pra Esquecer, que levou os hits “Cacos de Vidro” e “Só Quero Ver” para o topo das paradas e garantiu ao artista shows cada vez mais grandiosos.
Luedji Luna
Com sua mistura de MPB, R&B e afrofuturismo, Luedji Luna consolidou-se como uma das vozes mais elegantes e importantes da música brasileira recente. O disco Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água (2020), que a colocou em festivais e trilhas sonoras, apareceu entre os essenciais dos anos 2020 pela Deezer.
Depois disso a cantora baiana aproveitou seu público fiel e engajado para lançar as versões deluxe e ao vivo do álbum, além de parcerias com nomes como Jonathan Ferr, Sabotage e Beth Carvalho.
Rachel Reis
Outra artista da Bahia que conquistou o Brasil nesta metade de década foi Rachel Reis, que trouxe o pagodão baiano para o centro do pop nacional com seu primeiro álbum, Meu Esquema (2022), e os sucessos românticos “Lovezinho” e “Brasa”.
Em 2025 veio o segundo trabalho, Divina Casca, que tem parcerias com BaianaSystem, Rincon Sapiência e Psirico. Em entrevista ao TMDQA! a cantora refletiu sobre seu amadurecimento tanto na arte como na vida pessoal – leia aqui!
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