Bandas que voltaram melhores do que nunca (ou quase isso)

Bandas que voltaram melhores do que nunca existem — e provam que um hiato, quando bem usado, pode revigorar uma carreira. Algumas dessas bandas enfrentaram tragédias, outras apenas precisavam de uma pausa. Mas todas surpreenderam geral ao retornar com discos poderosos, shows catárticos ou novas formações de impacto.

De nomes lendários como os Racionais MC’s a queridinhos do emo como o My Chemical Romance, listamos artistas que renasceram com tudo — seja em disco, show ou atitude.

Confira:

1 – Paramore

Após um hiato de cinco anos, o retorno com This Is Why (2023) colocou o Paramore no topo das paradas novamente, com uma sonoridade pós-punk/dance que dialoga com temas atuais como ansiedade e burnout. A maturidade lírica de Hayley Williams e os arranjos modernos foram elogiados por veículos como The Guardian e Consequence.

2 – Blink-182

A volta da formação original com Tom DeLonge rendeu o aguardado One More Time… (2023), que emocionou pela carga nostálgica e por faixas que lidam com perdas e reconciliações. Mais do que uma reunião, o álbum trouxe o trio rejuvenescido e conectado com o presente.

3 – Linkin Park

Após sete anos de silêncio desde a perda de Chester Bennington, o Linkin Park ressurgiu em 2024 com o álbum From Zero, marcando uma nova era com a vocalista Emily Armstrong e o baterista Colin Brittain. O disco, lançado em 15 de novembro de 2024, foi aclamado por equilibrar a essência da banda com novas influências, destacando faixas como “Two Faced”, “The Emptiness Machine”, “Casualty” e “IGYEIH”. A turnê mundial From Zero World Tour consolidou o retorno triunfante da banda, que continua a emocionar fãs antigos e conquistar novos admiradores.

4 – Racionais MC’s

O grupo que moldou o rap nacional anunciou um hiato em 2018, após 30 anos de estrada, alegando “férias coletivas por tempo indeterminado”. Mas o retorno aos palcos aconteceu meses depois, com shows emblemáticos. Em 2022, a turnê Encontro das Ideias e o documentário na Netflix celebraram uma carreira que nunca deixou de ser resistência.

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5 – My Chemical Romance

Anunciando o retorno em 2019 e realizando shows esgotados em 2022 e 2023, o MCR apresentou a inédita “The Foundations of Decay” — pesada, densa e elogiada. A expectativa para um álbum completo permanece alta, mas só o retorno ao palco já foi o suficiente para reacender paixões e conquistar novos fãs.

6 – Pixies

Após um longo período longe dos estúdios, os Pixies retomaram a carreira com força total. Desde o retorno em 2004, a banda lançou trabalhos consistentes, como Indie Cindy (2014) e Beneath the Eyrie (2019). Mas foi com Doggerel (2022) que o grupo conquistou elogios por amadurecer sua sonoridade sem perder a identidade. Em 2024, surpreenderam com o The Night the Zombies Came, reforçando que continuam relevantes — e criativos — quatro décadas após sua estreia.

7 – The Mars Volta

Depois de uma separação turbulenta, The Mars Volta retornou em 2022 com um álbum homônimo que surpreendeu pela sonoridade mais contida e acessível — algo inédito na trajetória da banda conhecida por suas experimentações frenéticas. No ano seguinte, lançaram Que Dios Te Maldiga Mi Corazón (2023), uma releitura acústica e em espanhol do disco anterior. Já em 2025, a banda voltou ao caos progressivo com Lucro Sucio; Los Ojos del Vacío, abraçando novamente a densidade e o surrealismo que consagraram Omar Rodríguez-López e Cedric Bixler-Zavala. Um comeback em várias fases — e todas elas instigantes.

8 – The Smashing Pumpkins

Os Smashing Pumpkins vivem um dos períodos mais criativos desde os anos 1990 — e não é coincidência: Billy Corgan está novamente acompanhado de James Iha e Jimmy Chamberlin, retornando à formação quase original da banda. Depois de flertar com o eletrônico em Cyr (2020), a banda lançou o épico Atum: A Rock Opera in Three Acts (2023), um álbum triplo com 33 faixas que expande o universo de Mellon Collie and the Infinite Sadness e Machina. Em 2024, o grupo surpreendeu de novo com Aghori Mhori Mei, um disco que mistura rock alternativo, sintetizadores densos e influências da música indiana — reafirmando que a grandiosidade e o experimentalismo ainda são a alma da banda.

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