Os fãs de Punk tiveram uma semana e tanto neste início de Março. A turnê do The Offspring pelo país, que aconteceu em cinco cidades, se transformou em uma verdadeira festa, incluindo excelentes atrações de abertura por onde passou e funcionando quase como um “festival itinerante”, o que gerou aquela experiência realmente única.
O grupo liderado por Dexter Holland (vocal e guitarra) e Noodles (guitarra) comandou a plateia sem precisar de muito esforço por onde passou. Formado atualmente pela dupla veterana ao lado de Todd Morse (baixo), Brandon Pertzborn (bateria) e Jonah Nimoy (guitarra), o Offspring trouxe a turnê do novo disco SUPERCHARGED (2024) ao Brasil e recebeu ainda Amyl and the Sniffers, The Warning, The Damned, Rise Against e Sublime como companhias.
A turnê começou em Belo Horizonte no dia 5 de Março, quando The Offspring e Amyl and the Sniffers tocaram em Belo Horizonte, marcando a estreia da banda australiana por aqui. De lá, o grupo de Dexter e Noodles partiu para o Rio de Janeiro, se apresentando em 6 de Março no Rio de Janeiro com Sublime e Rise Against – show que, inclusive, marcou a estreia do Sublime no Brasil com o nome original, já que, anteriormente, só havíamos recebido o Sublime with Rome.
Em seguida, vieram as duas apresentações mais completas, em São Paulo (08/03) e Curitiba (09/03), que contaram com todas as bandas mencionadas acima. O The Warning era outro estreante do line-up, enquanto o The Damned voltou pela primeira vez em mais de dez anos quando fez um show solo no dia anterior ao “festival”.
Para fechar a festa, Porto Alegre ainda recebeu uma apresentação do Offspring com o The Warning na última terça-feira (11). Agora que passamos por tudo isso podemos dizer: que semana incrível! A saudade, aliás, já bate na porta e, por isso, resolvemos separar cinco motivos pelos quais essa turnê ficará marcada na história.
Veja a seguir!
5 motivos pelos quais a turnê do The Offspring no Brasil foi lendária
1 – Passado, presente e futuro do Punk
Um dos grandes acertos da escalação dessa turnê foi a aposta em atrações que pudessem complementar muito bem o Offspring. Teve para todos os gostos: quem aprecia a fase mais clássica do gênero pôde reencontrar o lendário The Damned, muito elogiado por Noodles no palco de São Paulo. Ao mesmo tempo, quem curte a nova geração do estilo ficou feliz da vida com a estreia do Amyl and the Sniffers.
A banda australiana certamente deixou o país com muitos novos fãs na bagagem, e o mesmo pode ser dito do The Warning. Superando a desconfiança por não ser exatamente uma banda Punk, as irmãs mexicanas conseguiram conquistar a plateia por onde passaram – e esperamos que não demorem a voltar.
Além de tudo, quem aprecia a vertente mais Ska/Reggae viu a história sendo feita com o Sublime, que representa muito bem esse encontro de gerações já que, atualmente, é liderado por Jakob Nowell, filho do vocalista original Bradley Nowell. Ainda teve o Rise Against para fechar com chave de ouro e agradar o público do Hardcore!
2 – Megaprodução
No meio de tantas boas atrações, ficava a questão: como o The Offspring faria para se destacar e aquecer o público, especialmente depois de dias tão movimentados como os de São Paulo e Curitiba? Bom, estamos falando de uma das maiores bandas Punk de todos os tempos e é claro que eles tiraram isso de letra.
Um dos pontos que mais favoreceram Dexter, Noodles e companhia foi a megaprodução montada nas cidades mencionadas, contando com fogos, explosões de papel picado e a sensação dos fãs foi de assistir a um espetáculo pensado em cada detalhe.
Nesse sentido, um dos momentos mais legais das noites foi justamente o pré-show do Offspring, que exibe vídeos inspirados em games em 8-bit usando os integrantes em miniatura, como se fosse um Sonic ou Mario Bros., além de interações com a plateia como um jogo de copos que ajudam a manter todo mundo entretido enquanto o palco é montado. Genial!
3 – Cerveja de qualidade
Tão importante quanto os shows hoje em dia, é saber que teremos tempos de qualidade com experiências de qualidade nos rolês que a gente frequenta.
A Eisenbahn, cerveja brasileira premiada nacional e internacionalmente, foi a cerveja oficial da turnê do The Offspring no Brasil, e a gente pode afirmar sem medo de errar que essa escalação, assim como os nomes do line-up, fez toda diferença.
Afinal de contas, não tínhamos apenas uma opção, mas sim duas variedades de Eisen para degustar. Era possível escolher entre a Pilsen Unfiltered, versão não filtrada da Pilsen, realçando seu sabor equilibrado e encorpado, mantendo o frescor do estilo tradicional, e a American IPA, o equilíbrio perfeito entre o amargor característico dos lúpulos americanos e o dulçor do malte, com um aroma cítrico inconfundível.
Isso atendeu diversos gostos e ainda garantiu que a maratona Punk fosse acompanhada de experiências memoráveis com o melhor da cultura cervejeira para os fãs e consumidores.
4 – Setlists perfeitos e feats especiais
A gente sabe que os setlists são sempre uma questão para quem gosta de ir a shows. Imagina chegar lá e a banda não tocar sua música preferida? Bom, é difícil encontrar quem tenha saído decepcionado dos shows do Offspring, já que o repertório foi basicamente uma grande coleção de hits somada a alguns momentos especiais.
Em Belo Horizonte, por exemplo, a banda já começou abrindo o show com a estreia ao vivo de “Looking Out for #1”, enquanto o Rio de Janeiro viu a faixa “Truth in Fiction” ser executada pela primeira vez. Em São Paulo, mais novidades: “Gone Away” voltou para o setlist e foi um dos destaques, aparecendo novamente em Curitiba. “Mota” apareceu pela primeira vez desde 2019 e, na capital paranaense, a banda também incluiu “Genocide” para marcar a estreia da música na turnê!
Mas, e as outras bandas? Bom, o Rise Against fez shows repletos de hits, com repertórios realmente irretocáveis. O Sublime incluiu várias raridades e ainda recebeu Noodles, do Offspring, para tocar “What I Got”, e os shows de Amyl and the Sniffers, The Warning e The Damned não deixaram a desejar em nada.
5 – A maior semana Punk do Brasil
Depois de tudo isso, convenhamos: vai ser difícil alguma outra semana ter tantos acontecimentos para o Punk aqui no Brasil quanto essa. Para além de simplesmente recebermos ícones do passado, presente e futuro do gênero, os últimos dias proporcionaram lembranças que vão ficar guardadas com muito carinho para tantos de nós.
Mais uma vez, é importante destacar o quão legal foi poder ver esses shows acontecendo em diversas cidades brasileiras, sempre com casa cheia e com um público extremamente receptivo. Essa é a receita para isso acontecer cada vez mais, em cada vez mais cidades, e com cada vez mais bandas respondendo ao “Come to Brazil”!
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