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8 mulheres trans que tiveram um enorme impacto na história da música

Entre pioneiras e ícones da nova geração, estas mulheres são responsáveis por sucessos que marcaram nossas vidas

Laura Jane Grace, Liniker e SOPHIE estão entre mulheres trans que mudaram a história da música
Fotos: Stephanie Hahne, Diego Castanho e Reprodução/Spotify

A indústria da música sempre foi recheada de preconceitos. Não é segredo algum que vários grupos foram preteridos simplesmente devido a características como sua cor da pele ou sexo, e sem dúvidas as pessoas trans estão entre as mais afetadas por esta questão ao longo dos anos.

A luta é contínua e, felizmente, tem trazido bons frutos: cada vez mais, temos tido artistas trans ocupando espaços que anteriormente não eram viáveis, tanto no Brasil quanto no mundo. Neste especial, resolvemos separar 8 exemplos de mulheres trans que tiveram (e têm) grandes contribuições na história da música.

Entre pioneiras e ícones da nova geração, estas mulheres são responsáveis por sucessos que marcaram nossas vidas, hinos que estão no caminho para se tornarem clássicos e, claro, por uma representatividade fundamental para tantas pessoas que se viram marginalizadas ao longo dos anos.

Confira a seguir!

8 mulheres trans que tiveram um enorme impacto na história da música

Liniker

A lista não poderia começar diferente: Liniker é uma artista que transcendeu qualquer rótulo, se tornando um orgulho do Brasil não apenas por sua voz inconfundível, mas também por suas composições inovadoras, repletas de sentimento e cada vez mais elaboradas – não à toa, CAJU foi o Disco Nacional do Ano em 2024 no TMDQA! e venceu um Grammy Latino em 2022.

Wendy Carlos

Inspiração para uma geração inteira, Wendy Carlos nasceu em 1939 e percebeu sua disforia de gênero bem cedo. Ela afirma já ter “convicção” de que era uma garota por volta dos 5 ou 6 anos de idade, muitos anos antes de se tornar uma das maiores compositoras de trilha sonora de todos os tempos, assinando a música para clássicos como Laranja Mecânica (1971), O Iluminado (1980) e Tron (1982).

Shea Diamond

Tendo como marca registrada a influência do Soul e R&B em suas composições, Shea Diamond tem uma história fascinante. Ela passou 10 anos, entre 1999 e 2009, indo e vindo de prisões, e foi lá que teve a epifania de escrever a impactante música “I Am Her”; sua vida mudou graças à participação em uma manifestação a favor das vidas trans, quando foi descoberta por um produtor que se encantou imediatamente com seu talento.

Kim Petras

Ainda muito jovem, Kim Petras já tem um impacto gigante na indústria da música. Isso porque a alemã, que já era notória quando adolescente por uma luta para poder fazer sua transição antes de completar 18 anos, se tornou em 2023 a primeira cantora trans a vencer um Grammy graças ao hit “Unholy”, parceria com Sam Smith.

Linn da Quebrada

Nem é preciso explicar muito a situação de Linn da Quebrada. Já consagrada no circuito underground há anos, a artista teve um papel fundamental de visibilidade ao participar do Big Brother Brasil. No entanto, bem antes disso, já era uma ativista de muito respeito no Brasil e ajudou a fortalecer o movimento trans no país, ajudando, por exemplo, a revelar outro nome bastante promissor: Jup do Bairro. Hoje, também participa de grandes produções no cinema, mostrando sua pluralidade artística.

Laura Jane Grace

O Punk sempre foi sobre contracultura e é óbvio que não poderia faltar uma representante deste gênero musical por aqui. Queridíssima no site, Laura Jane Grace é uma daquelas pessoas de quem é impossível não ser fã e sua história, que inclui uma transição já depois de famosa com sua banda Against Me!, é um verdadeiro livro aberto sobre a disforia de gênero e essencial para quem se interessa sobre o tema!

SOPHIE

Um talento inestimável que faz uma falta tremenda no mundo da música, SOPHIE nos deixou cedo demais, aos 34 anos, em 2021. Antes disso, deixou contribuições fantásticas que avançaram a produção do Pop e da música eletrônica, e ganhou homenagens de nomes como Charli XCX, Caroline Polachek e St. Vincent nos últimos anos.

Arca

Apesar de dizer que vê sua identidade de gênero como não-binária, a venezuelana Arca também afirma que se identifica como uma “mulher trans latina” e também está em uma lista de pioneiras, quebrando barreiras na música eletrônica com sua sonoridade experimental, tendo trabalhado com nomes como FKA twigs, Kanye West, Björk, The Weeknd e muito mais, além de receber uma indicação ao Grammy por seu disco solo KiCk i.

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