Lançado em janeiro de 1998, Moon Safari é um daqueles discos que parecem existir fora do tempo. O álbum marcou a estreia do Air, dupla francesa formada por Nicolas Godin e Jean-Benoît Dunckel, e ajudou a redefinir a música eletrônica dos anos 1990 em diante.
Muito antes do streaming e da febre do lo-fi, o duo criou uma experiência sonora relaxante e cinematográfica ao misturar synth pop, música lounge e um toque de space rock. É receita perfeita para ser ouvida de fones de ouvido, favorecendo o relaxamento.
Agora, 26 anos depois de seu lançamento, Moon Safari será tocado na íntegra no Brasil em maio de 2025 como parte do C6 Fest, festival em São Paulo que trará o Air de volta ao nosso país depois de 10 anos!
Para entender como será esse espetáculo nostálgico e sensorial, vem com a gente relembrar a história por trás do álbum que cunhou subgêneros dentro do eletrônico, como o chill-out e o downtempo.
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As origens e influências do Air nos anos 1990
Antes do Air se consolidar como um dos projetos mais sofisticados da música francesa, Nicolas e Jean vinham de formações distintas: o primeiro era arquiteto de formação, e o segundo um professor de matemática apaixonado por sintetizadores.
Inspirados pela estética futurista de grupos como o Kraftwerk, a dupla se reuniu no estúdio Gang, em Paris, para construir um álbum que fluísse como uma trilha sonora de um filme.
A ideia era criar uma alternativa para o house acelerado que dominava as pistas de dança da época. A dupla usou batidas suaves, vocais etéreos e harmonias inspiradas no jazz, tudo com uma produção limpa e sofisticada.
Uma curiosidade é que, para atingir esse objetivo, o Air abusou de sintetizadores lendários como o Moog e o Mellotron, famosos nos anos 1960 e 1970 por terem sido usados em músicas dos Beatles e do Pink Floyd.
Moon Safari inspirou games, filmes e bandas de indie rock
O impacto de Moon Safari está diretamente ligado ao seu tracklist impecável. Logo na abertura, “La Femme d’Argent” apresenta um groove hipnótico de baixo, e logo depois vem os hits “Sexy Boy” e “All I Need”, dando uma pegada mais pop para o trabalho.
Outras faixas como “Talisman” e “Ce Matin-Là” reforçam a estética cinematográfica do disco, enquanto “New Star in the Sky” e “Le Voyage de Pénélope” encerram os 43 minutos de som com um clima de contemplação.
O resultado foi um álbum que influenciou não apenas artistas do eletrônico, mas também bandas de rock que experimentavam com o indie e o shoegaze, compositores de trilhas sonoras de videogames e ainda como tema de comerciais de TV, consolidando o Air no imaginário da cultura francesa.
Um ano após Moon Safari, o duo fez a trilha sonora do filme As Virgens Suicidas (1999), de Sofia Coppola, e depois lançou outros álbuns altamente populares como Talkie Walkie (2004) e Le Voyage Dans La Lune (2012).
Ingressos para o show do Air no C6 Fest 2025
Esses 30 anos de carreira de Nicolas Godin e Jean-Benoît Dunckel serão celebrados aqui no Brasil, com uma turnê que celebra justamente o álbum de estreia da dupla.
O show no C6 Fest promete recriar as atmosferas sonoras do disco, com projeções visuais e arranjos fiéis ao espírito da época – oportunidade perfeita para as novas gerações entenderem todo o impacto de Moon Safari.
O festival está marcado para os dias 22 a 25 de maio de 2025 no Parque Ibirapuera, em São Paulo, e terá outras atrações incríveis como The Pretenders, Chic com Nile Rodgers, Wilco, The Last Dinner Party, Perfume Genius, Amaro Freitas e Seu Jorge.
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