Lenda influenciada pelo Jazz

O melhor baterista de todos os tempos segundo John Bonham, do Led Zeppelin

O saudoso baterista do Led Zeppelin apontou o que tornava seu baterista favorito tão importante para a história da música

John Bonham, baterista do Led Zeppelin, em 1975
Foto de John Bonham via Shutterstock

O talento de John Bonham na bateria fez com que o icônico e saudoso músico do Led Zeppelin transcendesse o seu tempo e se tornasse uma referência para diferentes gerações.

O legado deixado pelo astro, que contribuiu com o som inovador do Led e ajudou a banda a se tornar um dos grandes nomes da história da música, segue influenciando muitos bateristas que tentam simular a essência de seu groove único, que reunia técnica com velocidade e um senso de precisão raro entre os artistas da época.

Com a atenção que costumava receber antes de falecer em 1980, Bonham poderia facilmente ter deixado a fama subir à cabeça. No entanto, como o portal Far Out aponta, havia um baterista que conseguia manter John com os pés no chão. Estamos falando de Ginger Baker, que para o ex-Zeppelin era o maior baterista de todos os tempos.

Quem era Ginger Baker?

Ginger integrou uma das bandas favoritas de Bonham, The Graham Bond Organization, e mais tarde formou o Cream ao lado de Eric Clapton e Jack Bruce.

Seu jeito de tocar chamava bastante atenção por sua virtuosidade, técnica e o uso de instrumentos de percussão que ainda não haviam sido popularizados no Rock.

Além disso, sua experiência com Jazz também era um diferencial do artista, que trabalhou com bandas do gênero durante o final dos anos 50 e começo dos 60. Certa vez, Bonham declarou:

“Não acho que alguém possa menosprezar Ginger Baker.”

O baterista favorito de John Bonham, do Led Zeppelin

Baker foi um dos primeiros a fazer com que as baterias se tornassem destaque, permitindo que os bateristas assumissem o centro do palco e até se tornassem líderes de banda. John mencionou Gene Krupa ao falar sobre isso, mas apontou que Baker foi o primeiro a fazê-lo em um contexto de rock:

“As pessoas não tinham prestado muita atenção à bateria antes de Krupa e Ginger Baker foi responsável pela mesma coisa no rock. [Baker] foi o primeiro a surgir com essa ‘nova’ atitude — que um baterista poderia ser um músico avançado em uma banda de rock, e não algo que ficasse preso em segundo plano e esquecido.

Acho que Baker gostava mais de jazz do que de rock. Ele toca com influência de jazz. Ele sempre faz as coisas em tempos 5/4 e 3/4. A coisa de Ginger como baterista é que ele sempre foi ele mesmo.”

Apesar de John Bonham ter sido comparado com Ginger Baker em algumas situações, o veterano não parecia ser muito fã do baterista do Led Zeppelin. Em seu livro de memórias, Hellraiser: A Autobiografia do Maior Baterista do Mundo, Baker declarou:

“John Bonham certa vez fez uma declaração de que havia apenas dois bateristas no Rock and Roll britânico; ele mesmo e Ginger Baker. Minha reação a isso foi: ‘Seu filho da mãe atrevido!’”

Infelizmente, as duas lendas já nos deixaram. John Bonham partiu cedo demais, em 1980, quando tinha apenas 32 anos de idade. Já Ginger Baker faleceu aos 80 anos, em 6 de Outubro de 2019.

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