
O compositor Toninho Geraes, que conseguiu bloquear a execução de “Million Years Ago”, de Adele, nas plataformas de streaming depois de acusar a cantora de ter plagiado a canção “Mulheres”, conhecida na voz de Martinho da Vila, contará com a ajuda de Rafael Bittencourt, do Angra, em seu processo.
O autor do sucesso lançado na década de 1990 pelo músico carioca terá o apoio do guitarrista, também bacharel em Composição Musical e Regência pela Faculdade Santa Marcelina, como responsável pela elaboração do laudo técnico encomendado por Deborah Sztajnberg, advogada de Toninho, segundo informações de O Globo.
Em entrevista ao jornal, Bittencourt disse que “existem muitas coincidências para que tudo não passe de pura coincidência” e que “as duas obras podem ser executadas simultaneamente sem cacofonia, sem macular a harmonia, a ideia rítmica ou a melodia”.
Ao explicar o que vem acontecendo, Rafael questionou (via Igor Miranda):
“Imagine que eu peça para várias pessoas desenharem um trem com uma locomotiva e sete vagões, representando a regra dos oito compassos musicais. Os vagões podem ter tamanhos diferentes. E cada um deles deve ter pelo menos quatro camadas com texturas e cores diferentes. Qual a chance de duas pessoas, no mundo todo, desenharem praticamente o mesmo trem?”
Na conversa, ele explicou como Deborah conduziu os critérios para escolher a pessoa ideal para emitir o laudo:
“Ela [Deborah] queria que o autor do laudo não fosse sambista, como seu cliente, para evitar acusações de coleguismo; que fosse uma pessoa reconhecida internacionalmente; que dialogasse com a música popular e, ao mesmo tempo, tivesse uma sólida formação clássica.”
Boa escolha, né? Vamos acompanhar os próximos passos na justiça!
Rafael Bittencourt refuta defesa de Adele
Ainda segundo a reportagem do portal Igor Miranda, a defesa de Adele alega que a composição da música presente no disco 25 (2015) se utiliza de um clichê musical conhecido como Progressão de Acordes pelo Círculo de Quintas — sequência de notas distanciadas por intervalos de quinta justa.
Rafael, no entanto, definiu o argumento como uma “tentativa desesperada de defender uma coincidência quase exata”, embora ele não acredite que o plágio tenha acontecido propositalmente:
“Eu já tive ideia de música que depois descobri que era um sucesso da Turquia que tinha ganhado uma versão no Brasil e provavelmente ficou na minha cabeça.”
Será? Vale lembrar que Toninho Geraes pede R$1 milhão de indenização e seu outro advogado, Fredímio Trotta, declarou em entrevista à Folha ter tentado um acordo extrajudicial, que não foi aceito pela equipe jurídica de Adele.
Aproveite e compare as duas canções abaixo!
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