“O tédio me mata, a falta que faz”, cantarola a voz suave de Rafa Bicalho em “Elefantes”, faixa de seu recente disco CENA 1. Ultimamente focado em produções musicais tais como o sucesso viral “Futuro Namorado” de Ana Laura Lopes, o artista agora lança doze faixas que transitam da MPB ao Bedroom Pop.
Abordando temas do cotidiano, Rafa explora novas influências em uma experiência sonora envolvente. Em suas próprias palavras, ele diz:
“Foi um disco que nasceu na minha cabeça. Há uns 2 anos, eu já tinha a noção de que meu primeiro álbum precisava ser introspectivo. Como estou sozinho no estúdio ou no meu quarto fazendo música na maioria das vezes, imaginava esse disco como uma espécie de ‘janela para dentro da minha mente’, mesmo antes de ele existir.”
Além de “Elefantes”, Bicalho também já havia apresentado previamente os singles “Exceção!” e “Não Quero Ser Seu Amigo”. O TMDQA! ouviu o álbum e destaca alguns pontos para vocês nesses próximos fios!
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Identificação e rotina
Uma coisa é certa quando se trata do cenário independente nacional: você se aproxima cada vez mais das obras por conseguir entender a mensagem de cada artista.
Rafa começou sua jornada autoral aos 16 anos, quando duas bandas das quais participava com amigos chegaram ao fim. Sendo um adolescente e fazendo todo o processo no quarto de sua casa, esse ciclo o fez um músico/produtor completo – além de sincero.
Em 2024, não foi diferente. A escrita e produção do mineiro envolve o ouvinte desde o primeiro segundo, onde vemos declarações e desabafos que são responsáveis por relembrarem a vida exatamente como ela é: imprevisível e surpreendente.
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Rafa Bicalho, experimentalismo e amizade
As diferenças notórias em CENA 1 são responsáveis por entregarem uma verdadeira viagem ao público. Ao refletir sobre, Bicalho afirma:
“Foi um álbum em que explorei muitas sonoridades que me influenciam, especialmente do indie. Desde jungle e drum n bass em ‘Como Fazia Você’, até guitarras com bastante influência de The Strokes e Bloc Party em ‘Elefantes’ e ‘Coppola’.
Por ser um álbum, pude experimentar mais. Cada vez que eu pensava ‘essa música tá meio diferente, isso não é meu estilo’, eu me lembrava: ‘bom, ainda tem mais 11 músicas pra eu fazer no meu estilo’. Essa liberdade foi especial.”
Além das diversas raízes que carregam a responsabilidade de ajudar no crescimento do projeto, é muito importante reiterar o convívio de Rafa com outros nomes do cenário musical – incluindo vários amigos de longa data:
“Em ‘Tangos’ e ‘Não Quero Ser Seu Amigo’, o Crase, baterista da banda Daparte, toca bateria. Em ‘Pernas Nos Bares’, a Rafa Gondim, que toca ao vivo comigo, gravou o baixo. Foi ótimo trazer pessoas que já fazem parte da minha trajetória musical para enriquecer o projeto. Essas colaborações foram algumas das partes mais divertidas da gravação”
Apesar de ser o primeiro álbum de Rafa, ele já carrega singles, um EP e alguns feats em sua discografia quais agregam fortemente no conhecimento de quem é como pessoa – é muito fácil conhecer a sua identidade.
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As habilidades em CENA 1, por Rafa Bicalho
Participando do quadro de lançamentos que chegam junto do encerramento do ano, é inegável dizer que CENA 1 é uma surpresa agradável, que tem toda a capacidade de expandir ainda mais o nome de Bicalho no mercado.
Lançado pelo selo Bolo de Rolo, aqui vemos a facilidade de Rafa em transformar experiências pessoais em músicas capazes de tocar profundamente seus ouvintes – algo que é crucial na construção de um artista musical.
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