O Rock é um dos estilos mais amados e mais populares há décadas porque vai muito além da música – Rock é moda, é atitude, é performance e é conceito!
Nos anos 1960 e 1970, bandas como The Who, The Beatles, Rush e Pink Floyd definiram as bases para o que conhecemos como um álbum conceitual, estilo de gravação em que as faixas se combinam para contar uma jornada imersiva única.
Quem pensa que esse formato morreu no século passado está enganado: Green Day, Radiohead e My Chemical Romance são alguns dos grupos que criaram recentemente universos e obras completas dentro de um disco de Rock.
Então, se você prefere consumir música como se fosse um livro ou um filme, em que o conjunto das canções forma algo maior do que a soma de suas partes, vem com a gente relembrar os enredos dos 10 melhores álbuns conceituais da história!
Os 10 melhores álbuns conceituais do Rock
10. Rush – 2112 (1976)
Ao longo deste ranking, você verá que os anos 70 marcaram o auge do Rock conceitual, e é claro que a banda de Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart está no panteão daquela década! Para seu quarto disco de estúdio, o grupo canadense narrou uma distopia onde a música era proibida, mas um herói superou a censura ao descobrir o poder da criação artística.
O álbum produziu os singles “The Twilight Zone”, que está no lado B, e “The Temples of Syrinx”, uma das partes da épica faixa-título que tem 20 minutos de duração. 2112 pode não ser o disco mais popular do Rush, mas definitivamente é o mais repleto de significados e histórias épicas, em sua maioria escritas pelo baterista.
9. Radiohead – Kid A (2000)
É claro que também teremos representantes do Rock moderno por aqui, e a banda de Thom Yorke é a primeira a aparecer com um disco justamente da virada de século! Depois do sucesso mundial de OK Computer (1997), o grupo tomou uma direção corajosa para seu quarto álbum, Kid A, em que incorporou mais elementos eletrônicos e arranjos de Jazz.
O Radiohead seguiu falando sobre alienação e “desumanização tecnológica”, mas para muito além das letras. Músicas cheias de repetições como “Idioteque” e “Everything in Its Right Place” dão aquela sensação de urgência, enquanto “The National Anthem” e “How to Disappear Completely” são verdadeiras viagens musicais, que o próprio Yorke descreveu como “a cara de uma banda de rock no século XXI”.
8. The Who – Tommy (1969)
Primeiro representante dos anos 60 neste ranking, o quarto álbum de estúdio do The Who é amplamente considerado a primeira ópera rock da história. Ou seja, além de ser um disco com uma narrativa única, Tommy tem um toque extra de teatralidade, com elementos etéreos e grandes sessões instrumentais.
Nele, Pete Townshend e Roger Daltrey contam a história de um rapaz cego, surdo e mudo que se torna uma espécia de messias do pinball – isso mesmo, o famoso jogo de fliperama. Se você só conhece o hit “Pinball Wizard”, precisa mergulhar na história de Tommy através de faixas épicas como “Overture”, “It’s a Boy” e “Sparks”.
7. My Chemical Romance – The Black Parade (2006)
Agora viajamos diretamente para os anos 2000, auge do Emo, Pop Punk e Nu Metal, estilos que também produziram obras imersivas que se conectaram com uma geração marcada pela ansiedade e o isolamento. Nesse sentido, o álbum mais cultuado de todos talvez seja The Black Parade, do My Chemical Romance.
O trabalho também pode ser considerado uma ópera rock em torno da história do The Patient (“O Paciente”), um homem com uma doença terminal refletindo sobre família, mortalidade, redenção e experiências pós-morte. Recentemente, a banda de Gerard Way anunciou que vai rodar o planeta tocando clássicos como “Welcome to the Black Parade”, “I Don’t Love You”, “Famous Last Words” e “Teenagers”.
6. Pink Floyd – The Dark Side of the Moon (1973)
Se você estava esperando ver The Dark Side of the Moon em posições mais altas neste ranking, calma… o Pink Floyd é a única banda que vai aparecer duas vezes por aqui!
Mestres da imersão sonora, a banda de David Gilmour e Roger Waters usou para o álbum de 1973 técnicas como loops, sobreposição de faixas e repetições eletrônicas em faixas históricas como “Breathe”, “Time”, “The Great Gig in the Sky”, “Money” e “Us and Them”. Elas falam sobre as pressões da indústria fonográfica e como isso pode ter causado problemas emocionais e mentais no ex-vocalista da banda, Syd Barrett.
5. David Bowie – The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars (1972)
Abrimos o Top 5 com outro gênio da contação de histórias: David Bowie… ou devemos dizer Ziggy Stardust? Neste disco clássico de 1972, o Camaleão do Rock encarnou um rockstar andrógino enviado à Terra para salvar os humanos do apocalipse, mas que para isso precisará enfrentar o seu próprio ego.
Músicas como “Five Years”, “Moonage Daydream”, “Starman” e “Rock ‘n’ Roll Suicide” falam sobre sexualidade, abuso de drogas e opressão política, além de serem um verdadeiro marco do Glam Rock. Bowie também levava o personagem para o palco, e o artista mergulhou tão fundo no conceito que chegou a dizer na época que teve dúvidas sobre sua própria sanidade.
4. Marvin Gaye – What’s Going On (1971)
Apesar de ser considerado um dos mestres do Soul, Marvin Gaye também transitou pelo Rock especialmente com o seminal álbum What’s Going On, o 11º de sua carreira. O Blues, por exemplo, está no título da música “Inner City Blues (Make Me Wanna Holler)”, e faixas como “Right On” e “What’s Going On” têm muitos elementos de Funk Rock e psicodelia.
A história do disco é contada pela perspectiva de um veterano da guerra no Vietnã, e aborda temas como pobreza, justiça social e ecologia. Com uma produção refinada e um clima de esperança, o álbum foi citado como grande influência por compositores de Rock como Bruce Springsteen, Bono do U2 e Thom Yorke do Radiohead.
3. Green Day – American Idiot (2004)
Nossa medalha de bronze já ganhou várias matérias especiais aqui no TMDQA! ao longo deste ano, já que American Idiot completou 20 anos de lançamento em 2024 e está sendo celebrado pelo Green Day na estrada, com shows em que o álbum é executado na íntegra.
Tudo isso só mostra como a complexa história de Jesus of Suburbia continua sendo muito atual, apesar de ter sido pensada como um “manifesto punk” contra o ex-presidente George W. Bush. Músicas como “Boulevard of Broken Dreams”, “Holiday”, “Wake Me Up When September Ends” e “Jesus of Suburbia” ficaram marcadas pra sempre como um retrato da desilusão dos jovens no início dos anos 2000.
2. The Beatles – Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
Achou que não teria Beatles por aqui? Achou errado! Considerado um dos discos mais revolucionários de todos os tempos, Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band é a síntese da capacidade criativa de Paul, John, George e Ringo, que em 1967 se transformaram na colorida e psicodélica “banda do clube dos corações solitários” para contar histórias cotidianas, mas de um ponto de vista surrealista.
Clássicos como “Lucy in the Sky with Diamonds”, “When I’m Sixty-Four” e “A Day in the Life” resumem tudo que um álbum conceitual precisa ter: transições, orquestrações, personagens complexos e divertidos e, claro, alguns dos refrães mais chicletes da cultura pop. Não à toa, a nossa medalha de prata foi a maior referência para outros grupos desta lista como Pink Floyd e David Bowie.
1. Pink Floyd – The Wall (1979)
Prometemos mais Pink Floyd, e aqui estão eles com a medalha de ouro! Seis anos depois do Dark Side, o baixista e compositor Roger Waters criou a narrativa mais complexa, mais emotiva e mais impactante já colocada em um álbum de Rock – e fez isso inspirado em sua própria vida.
O álbum duplo conta a sombria história de Pink, refletindo os traumas e barreiras emocionais que nós mesmos construímos durante a juventude, como se fossem “tijolos” em um “muro” que nos separa da realidade. Tudo isso em faixas icônicas como “Another Brick in the Wall”, “Comfortably Numb”, “Mother”, “Hey You” e “Run Like Hell”.
The Wall é a definição de uma ópera rock por seu aspecto teatral, com personagens e elementos cênicos que vão muito além da música. Tanto que o álbum rendeu uma mega turnê do Pink Floyd em 1980 e 1981, dois longa-metragens e incontáveis adaptações para peças, livros e documentários.
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