Lucas Inutilismo com sua guitarra
Lucas Inutilismo com sua guitarra

Influências de Slipknot até Green Day

LVCAS: ao TMDQA!, Lucas Inutilismo revela segredos de "Humanamente", seu disco de estreia voltado ao Metalcore

Influências vão de Slipknot e Bring Me The Horizon até Green Day

Lucas Inutilismo com sua guitarra
Créditos: André Desculpes

Lucas Inutilismo se aventurou no mundo da música nos últimos anos e em 2024 decidiu mergulhar de cabeça nesse ramo após se dedicar por anos ao YouTube e ao entretenimento de forma mais ampla.

Inicialmente, o artista mostrou seu lado musical ao público através de suas icônicas retrospectivas de fim de ano e com sua turnê “Minha Playlist de Funk”, em que ele interpretava sucessos do Funk em versões de Metal e Rock.

Este ano, adotando o nome artístico Lvcas, ele apostou em seu primeiro projeto 100% autoral. Depois de alguns singles, o músico lançou seu disco de estreia Humanamente, que contou com o apoio de Marcelo Braga na produção.

Em conversa com o TMDQA!, Lucas revelou que sempre teve vontade de produzir um material próprio, mas a decisão de iniciar o processo criativo de seu primeiro álbum surgiu após uma certa evolução pessoal e uma série de sinais. Ele explicou:

“[…] Eu não sou uma pessoa muito mística, mas eu fico sempre muito atento aos sinais que a vida tende a dar de maneira literal mesmo, como a vida às vezes coloca a gente em caminhos diferentes e que isso, normalmente, quer dizer alguma coisa. Então, eu estar fazendo uma turnê de música, eu estar gastando tanto tempo da minha vida com essas retrospectivas, dedicando tanto esforço pra isso e tal, [essas coisas] me mostraram que talvez estivesse na hora e eu estivesse preparado, apesar de eu achar que não, né? Talvez não tenha um dia que eu esteja 100% preparado, mas eu consegui dar esse pontapé inicial aí.”

Em Humanamente, Lvcas apresenta um trabalho íntimo e repleto de guitarras pesadas, onde reflete sobre várias fases da experiência humana e carrega tanto mensagens mais fortes e profundas como outras mais superficiais, de acordo com sua própria descrição.

Apontando que “esse disco sou eu”, o cantor celebra o fato dos fãs encontrarem suas diferentes facetas através dessa obra que é diversa não apenas em seus assuntos como também em sua sonoridade que apesar de ter uma base do metalcore, passeia pelo pop punk, traz elementos de percussão e outras experimentações sonoras.

Na conversa, Lvcas revelou algumas de suas principais inspirações, citando artistas renomados do Metal e do Nu Metal e também compartilhou os desafios de criar um disco de maneira completamente autoral.

Confira abaixo o papo na íntegra e ouça Humanamente ao final da matéria!

TMDQA! Entrevistas Lvcas

TMDQA!: Lucas, nesses últimos anos você já tem se aventurado na música, com suas retrospectivas e com a turnê Minha Playlist de Funk, em que momento você sentiu vontade de produzir um conteúdo autoral e se dedicar a isso?

Lvcas: Vontade por vontade, eu sempre tive. Só que eu tinha muitas coisas que ficavam entre essa vontade e eu pegar e fazer de fato. Eu estava numa zona muito confortável ali, eu fazia uma outra coisa. Eu nunca deixei de lado esse meu lado musical, mas a real é que eu passei esses anos mais focados em fazer minhas paradas pro YouTube, um pouco mais focada no entretenimento de maneira mais ampla em geral e não tão direcionada, não tão nichada pra música e especialmente pra música de um gênero específico. Então a vontade eu sempre tive, só que eu acho que alguns fatores e eu coloco aí o meu amadurecimento e também tem muito o dedo do Marcelinho [Marcelo Braga], no incentivo dele e de todas essas coisas que aconteceram recentemente na minha vida.

Eu não sou uma pessoa muito mística, mas eu fico sempre muito atento aos sinais que a vida tende a dar de maneira literal mesmo, como a vida às vezes coloca a gente em caminhos diferentes e que isso, normalmente, quer dizer alguma coisa. Então, eu estar fazendo uma turnê de música, eu estar gastando tanto tempo da minha vida com essas retrospectivas, dedicando tanto esforço pra isso e tal, [essas coisas] me mostraram que talvez estivesse na hora e eu estivesse preparado, apesar de eu achar que não, né? Talvez não tenha um dia que eu esteja 100% preparado, mas eu consegui dar esse pontapé inicial aí.

TMDQA!: Me conta um pouco sobre seu processo de composição e quais são os assuntos que os fãs vão encontrar no material de Humanamente.

Lvcas: Como “Humanamente” é o meu primeiro trabalho e eu enxergo ele de uma maneira muito introspectiva e muito particular e pessoal, eu gosto de resumir falando que ele sou eu. Esse disco sou eu e passa por várias fases da experiência humana. Passa por fases onde você está se sentindo um pouco mais triste, um pouco mais abandonado. Passa por fases onde você está se sentindo mega confiante e que nada te abala. Passa por fases onde você aprende. Esse disco passa muito por várias dessas emoções que a gente experiência sendo um ser humano.

E eu acho que é um álbum muito legal também. Ele carrega várias mensagens, algumas mais fortes e profundas que propõe reflexões, outras mais superficiais, mas uma mensagem legal é como nós somos seres de múltiplas dimensões e a gente consegue ter várias nuances dentro de uma única existência. E também responde aquela pergunta de muita gente que conhece uma outra faceta minha, agora tá conhecendo essa, às vezes um pouco mais séria e você vê que tem a música triste, tem a música piada, tem a música feliz, tem a música pra cima, tem a música que te empurra… então, eu acho que é legal também já acabar respondendo isso também, de falar, “pô, essa daqui é uma das faces do Lucas” e eu acredito que todas as minhas faces estejam nesse disco aí.

Lucas Inutilismo no clipe de Intruso
Créditos: Reprodução / YouTube

TMDQA!: Eu li que todos os instrumentos foram gravados por você. O que te motivou a fazer tudo sozinho e quais foram os principais desafios durante a produção?

Lvcas: Tem algumas coisas que me motivam a fazer sozinho. A primeira resposta não é tão legal, mas é porque eu sou um pouco ciumento com as minhas coisas e isso também tem a ver com o porquê de eu ter sempre ter tocado tudo nas retrospectivas, eu gosto de fazer tudo, porque eu gosto das coisas muito sob meu controle ali, apesar de estar sempre em contato com pessoas que eu mega confio e acredito no trabalho, tem muitas pessoas extremamente capacitadas que eu ando junto. Mas isso também tem outras explicações também.

Quando eu era mais jovem eu tinha muito sonho de ter uma banda, de formar uma banda e sempre faltava alguém. Sempre faltava um baterista, ou sempre faltava um baixista, ou um guitarrista, ou um cara que canta. Então eu fui aprendendo e falava “mano, não vamos deixar de fazer banda porque tá faltando alguém, fala qual é o instrumento que falta que eu vou lá e vou aprender a tocar”.

Acho que tem um pouco disso também e tem também um pouco a ver com a praticidade. Eu estava com muita [coisa] dentro de mim, já na vida inteira, que eu queria muito botar pra fora e conseguir colocar, converter isso em um trabalho autoral meu. Então ter essa oportunidade de fazer isso é legal e eu acho que acaba sendo mais prático que eu tome as rédeas da situação do que falar “putz, aqui a gente precisa gravar uma bateria”. Então eu tenho essa noção dos instrumentos e eu uso isso a meu favor pra gente não precisar sair da cozinha pra ir procurar outras coisas.

TMDQA!: Em 2022, publicamos no TMDQA! uma matéria sobre como você estava conseguindo fazer o Metal conversar com o grande público através de seus projetos. Isso foi uma coisa que você percebeu também?

Lvcas: Sim, eu percebi bastante e é uma coisa que eu escuto bastante da galera que me segue, da galera que vem até mim pra falar. Sempre quando me encontram, é uma coisa que eu ouço recorrentemente, principalmente pessoalmente, tanto de pessoas que não tinham qualquer afinidade com rock ou metal, sendo mais específico, quanto de pessoas que já eram desse nicho e também têm essa leitura. Então eu ouvia tanto, “mano, eu não escutava nada disso e você me ensinou a escutar e você me introduziu de uma maneira que eu falei, pô, coisa ali que eu amei e eu nem sabia que eu gostava de rock”. Tanto muitos amigos meus, até porque a maioria dos meus amigos não são do rock. Eu tenho amigo funkeiro, pagodeiro, do samba e todos eles falam isso, “Mano, eu nem sabia dessa parada ir em mim”.

Eu acho muito legal isso, eu acho legal que a gente se abra pra escutar coisas. Eu lembro de ter esse estalo muito cedo na minha vida e não que todo mundo vá ter ou que seja uma regra, mas eu lembro de ter esse estalo e falar assim, “pô, mano, existe música boa em todos os gêneros”. Eu não consigo imaginar como pode ser benéfico você se fechar para um estilo de música, porque acho que todos os gêneros de música que eu já ouvi tem pelo menos alguma coisa que eu gosto ali. E eu acho legal isso, porque é uma coisa que me beneficia. Eu estou inserido nesse meio agora como artista, então se tiver mais gente ouvindo metal pra mim é ótimo. E com certeza os vídeos da retrospectiva e todo o trabalho que eu fiz tem um papel muito importante nisso aí, até pra já preparar essa minha audiência pro que estava por vir agora aí. Com certeza tem muita gente que já estava meio que sabendo o que esperar graças a esses meus trabalhos anteriores.

TMDQA!: E falando sobre essa diversidade de gêneros também, essa mistura, a gente consegue perceber no seu som E voltando ao disco, apesar de ter uma base do Metalcore nas suas músicas, a gente percebe ali a influência de outros estilos e até experimentação nos vocais, com você declamando em alguns momentos. Eu queria saber quais bandas e artistas te influenciaram durante a criação de Humanamente?

Lvcas: Cara, minhas inspirações são uma coisa que é até meio difícil de mapear, porque isso vem com certeza lá de quando eu era criança. Tem faixas ali que você consegue identificar o Sepultura saindo, tem faixas ali que você consegue identificar um Green Day saindo, a “Sem Controle” é uma faixa que eu considero ela muito Green Day, tanto pelo teor meio cômico da letra, mas ela não é exatamente engraçada, mas ela tem essa pegada e traz também muitos elementos ali do pop punk, coisa muito popular ali nos anos 2000 e Green Day foi a banda da minha vida por muitos anos, na minha infanto-adolescência foi muito importante.

Tem o Metallica, que com certeza é uma banda de todas que me influenciaram eu acho que ela tá em primeiro lugar, porque ela me pegou em um momento muito crucial ali da minha formação como músico, da minha formação cognitiva e de quando eu estava aprendendo a tocar, eu queria tocar a música do Metallica, eu queria aprender a tocar todas as músicas do Metallica e hoje eu acho que eu sei tocar todas as músicas do Metallica, porque era uma paixão muito desenfreada, era uma identificação muito grande da maneira como eles entregavam o trabalho deles de uma maneira muito visceral. Os músicos do Metallica, eles não são reconhecidos pelo seu primor técnico, mas muito mais pela entrega, e é onde eu me identifico muito. Eu acho que tem muitas coisas pra mim que vêm antes da técnica. Claro que a técnica é importante, a gente deve usar ela a nosso favor, mas eu acho que tem outros elementos que são muito mais primordiais e que tornam as coisas únicas. Você consegue botar qualquer banda de bons músicos ou músicos ok pra tocar o Metallica, mas você não consegue fazer o Metallica de novo.

E mais novo a gente tem o Bring Me The Horizon que também é uma puta inspiração pra mim e um baita modelo de banda a ser seguido hoje. A maneira como eles fazem o negócio banda é uma coisa que eu me espelho muito, acho o Oliver [Sykes] um cara inteligentíssimo. E outras bandas como o Fever 333 também, que eles usam muito isso do speech nas músicas, trazem muito do rap, uma parada até meio Rage Against The Machine, que é uma outra banda também que me inspira bastante. E eu tô falando de bandas, eu tô falando muito de rock e metal, mas, pô, tem muita coisa que me inspira fora do metal.

Pô, eu sou um cara que eu ouvi muito rap, eu tenho muita afinidade com o Tyler The Creator, com o Kendrick Lamar, no Brasil com Racionais, com Sabotage, então eu já venho fomentando essa bagagem de músicas que não necessariamente estão conectadas, porque eu acho que o Brasil é um lugar riquíssimo de elementos culturais na música. Os instrumentos brasileiros, os ritmos brasileiros, tipo, maracatu, samba, até, pô, se você pegar o sertanejo antigo também é uma parada que eu acho a coisa mais linda do mundo. São muitas, eu posso ficar o dia inteiro citando inspiração aqui pra você, mas aí eu citei algumas das principais, mas tem muita coisa. Tem muita coisa que depois da entrevista eu vou ficar lembrando. Eu colocaria o Slipknot aí também, que é uma banda que fez muito parte da minha formação ali também, fez muito parte da minha adolescência, então com certeza ela tá aí. Eu sou muito apegado a esse negócio de ir Nu Metal e da maneira como o Slipknot é uma banda que ela é meio que movida pelo ódio, mas não é um ódio direcionado, é só uma parada muito, “mano, eu preciso tirar isso de mim, senão eu vou morrer”. Eu acho isso muito legal.

TMDQA!: A única participação do disco é a da sua irmã, Luana Victoria, na faixa “Te Espero Aqui”. Como foi contar com a contribuição dela?

Lvcas: Nós trabalhamos juntos num vídeo que eu fiz, num trabalho que era uma ideia de quadro pra essa minha ala musical, que chamava Five Minutes Off, e eu fazia um medley de cinco minutos de um artista específico, e eu quis fazer o da Billie Eilish com ela, que, pô, primeiro que a voz dela me lembra muito a maneira como a Billie Eilish canta, um negócio mais sereno, e ela tem uma voz que é belíssima, e pra mim, poder estar contando com uma participação da minha irmã num trabalho meu, e ser o primeiro trabalho dela, de fato, também autoral, porque é uma música que ela compôs no banheiro de casa, lá, aquele verso que ela canta ali, e depois eu fiz a música em volta disso. E, então, ela nasce de um jeito muito especial, numa circunstância muito especial, que é o lançamento do meu primeiro álbum, e pra pessoa mais especial da minha vida, que é a minha irmã… são as minhas duas irmãs. E, então, é, é muito especial, e eu fico feliz que tem um feat no disco, e é só esse, e é só com ela. E esse disco aqui é o meu disco, e a minha existência se estende pra elas duas, sabe, então eu acho que meio que fecha essa poesia aí.

TMDQA!: Você já anunciou o show de estreia do disco para o ano que vem. Queria que você me falasse um pouco da sua relação com os palcos, até porque você começou ali antes mesmo de lançar um disco. Como você se sente tocando ao vivo?

Lvcas: Cara, tocar ao vivo é uma coisa que, inclusive, é um daqueles fatores que eu mencionei no começo que me levaram a querer fazer esse disco. Muita gente fala assim, “pô, fazer um álbum na era dos singles”, é uma escolha um pouco inusitada, de rock ainda, “pô, Lucas, você gosta de andar na contramão de tudo mesmo, você é o cara é antissistema, anarquista”. E eu falei, pô, é, mas é que eu queria muito ter esse material, primeiro que eu queria tirar da minha lista de coisas, que é, lançar um álbum, ter um álbum meu, ainda que isso, sei lá, possa não ser o mais recomendado, de acordo com o mercado, enfim, eu quero, se foda. E tem muito a ver com isso da experiência de tocar ao vivo ter sido pra mim um negócio tão apaixonante, é uma parada tão efervescente, que eu me sinto tão eu no palco, e tem uma galera que já testemunhou, que esteve em shows meus e pode confirmar isso, que eu pareço uma criança mesmo, eu sou 100% de entrega e é uma parada que parece que é ali onde os astros se alinham pra mim. Então eu falei muito, pô, eu preciso ter um álbum pra poder tocar ele ao vivo.

Então, eu pensava também muito isso, na composição das músicas, eu pensava muito na performance deles ao vivo e eu já tive um gostinho do que isso pode ser com os outros projetos que eu toquei ao vivo e agora eu tô muito animado pra essa fase aí, no dia 23 de janeiro ela começa, que é o nosso primeiro show lá na Audio, e eu acho que vai ser muito legal, e no que depender de mim, a galera pode esperar toda aquela entrega e muito mais, e mais novidades, enfim, tudo que eu puder me aperfeiçoar para entregar algo legal.

TMDQA!: E com relação ao novo show, queria saber quais músicas do disco você está mais ansioso para tocar ao vivo, e por quê?

Lvcas: Eu acho que a “Recomeçar”, que é a faixa introdutória, ela é uma faixa que ela funciona muito dentro do disco, né, como stand alone, eu acho que ela é uma baita faixa também, só que, eu acho que ela, dentro do contexto do álbum, ela funciona, porque ela foi desenhada pra isso. Eu lembro que eu falei pro Marcelinho, “mano, a gente precisa ter a música agora, essa aqui vai ser a primeira música” e aí eu abri o projeto com o nome “Projeto Primeira Música”, e aí eu falei, “mano, o que que eu preciso pra empurrar esse álbum em diante, porque isso aqui é o nosso piloto, o que que esse piloto vai fazer?” Então, eu acho que é uma música muito importante, e que ela é muito enérgica, ela tem um refrãozão. Quando você começa um show, você tem que já apresentar seu cartão de visitas no começo, ela é uma música que eu estou bem ansioso pra tocar ao vivo.

Acho que a “Meu Jeitinho” também tem bastante potencial de ser um negócio muito maluco, porque ela tem vários momentos, e ela também tem esse negócio muito da energia. A “Sem Controle” também, que é a única música que é realmente feliz do disco, que em termos de progressão harmônica, em termos técnicos, musicalmente mesmo, ela é uma música pra cima mesmo, é uma música de sorrir e cantar. Mas acho que todas eu estou bem animado, assim, pra cantar, a “Volátil” acho que vai ser bem especial, a “Inabalável” também, que é um som que já tinha sido lançado antes junto com a “Volátil” acho que enfim, difícil, se eu for falar, vou falar todas, mas essas aí são as principais.

TMDQA!: Pra gente encerrar, queria saber 5 discos que mudaram a sua vida.

Lvcas: Tá, vamos lá O “Master of Puppets”, do Metallica, com certeza, o “Dookie” do Green Day, o “Sobrevivendo no Inferno”, do Racionais, citando um nacional, o álbum “Slipknot” do Slipknot, né, o primeiro disco deles. Deixa eu pensar no último eu acho que eu vou citar o “Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water” do Limp Bizkik. Tem muitos outros discos aí nessa lista, mas esses são os cinco que eu lembro de escutar e falar “mano, que porra é essa?”. E são discos que me pegam muito naquela fase que você tá absorvendo tudo, meus 12, 13 [anos], que eu falo “mano, nossa, eu não consigo lidar com todos esses hormônios e tudo isso que tá acontecendo dentro do meu corpo e tal”. Então, acho que por isso também que eles ganham pontos aí.