Hoje com 27 anos de idade e ótimos discos na bagagem, Lorde é um dos maiores nomes do Pop mundial e uma voz ativa na conscientização pela saúde mental dos artistas e trabalhadores da música.
Mas quando tinha apenas 16 anos, a cantora neozelandesa já demonstrava um pensamento crítico enorme quando explodiu com o single “Royals”, faixa que critica a ostentação das celebridades.
Além da letra altamente impactante para uma adolescente, a sonoridade do single conquistou imediatamente milhares de fãs por resgatar o “Art Pop”, uma mistura de elementos de outros tipos de arte além da música, com Cultura Pop e instrumentais refinados.
O resultado: quando “Royals” atingiu o nº 1 da Billboard Hot 100, a principal parada musical dos Estados Unidos, Lorde se tornou a compositora mais jovem da história a chegar ao topo daquele ranking.
Isso aconteceu há quase exatos 11 anos, em 12 de outubro de 2013, e neste artigo vamos relembrar o incrível início de carreira da cantora, que viajou o planeta para superar nomes como Katy Perry, Miley Cyrus e Drake nos EUA.
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Lorde foi influenciada pelo Rap de Jay-Z e Kanye West
Ella Marija (nome de batismo de Lorde) começou a escrever canções com apenas 13 anos de idade quando morava com os pais em Belmont, na Nova Zelândia.
Depois de integrar a banda da escola, sua carreira começou mesmo quando ela conheceu o produtor Joel Little, que também era vocalista de uma banda de Pop Punk chamada Goodnight Nurse.
Profundamente influenciada pelo Rap, especialmente o disco Watch the Throne (2011) de Jay-Z e Kanye West, Lorde apresentou a ideia de “Royals” para Joel. Ele fez a batida e enviou para a cantora, que escreveu a letra em menos de 30 minutos.
Como também era interessada por monarquias – vide a escolha do nome artístico -, Lorde questiona nessa música a ideia de “realeza moderna”, e o refrão se tornou um verdadeiro hino para os millennials, que não se identificavam com os exageros da fama e fortuna que dominavam a cultura Pop.
Álbum Pure Heroine supera Miley Cyrus e Drake
“Royals” foi lançada inicialmente no EP The Love Club, em março de 2013, com outras quatro músicas que Lorde e Joel Little fizeram em apenas três semanas. Seis meses depois, a faixa estava no bombástico álbum de estreia da cantora, Pure Heroine.
O single principal vendeu 85 mil cópias na primeira semana, chegou ao segundo lugar na Austrália e na Nova Zelândia e estreou na 90ª posição da Billboard Hot 100, dos EUA.
Depois de uma performance no programa Tonight Show de Jimmy Fallon, “Royals” explodiu definitivamente e, em outubro, assumiu o topo da parada no lugar de “Wrecking Ball”, de Miley Cyrus. “Roar” de Katy Perry e “Hold On We’re Going Home”, de Drake, também estavam na briga.
Aos 16 anos e 11 meses, Lorde se tornou a cantora e compositora mais jovem – entre homens e mulheres – a liderar a Billboard com uma música de sua autoria, superando o rapper Soulja Boy, que chegou lá aos 17 anos com “Crank That”, em 2007.
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Outros feitos de Lorde com o single “Royals”
A lista de recordes e conquistas do single “Royals” é impressionante. Devemos começar pelo fato de que também foi a primeira vez que uma artista da Nova Zelândia liderou a parada norte-americana, ou talvez pelos dois Grammy que a música ganhou em 2014 por “Música do Ano” e “Melhor Performance de Pop”?
A faixa ficou nove semanas consecutivas no topo da Billboard Hot 100 e o mesmo período na Billboard Alternative Songs, superando as cinco semanas do mega-hit de 1995 “You Oughta Know”, de Alanis Morissette, que era até então o maior período para uma artista mulher.
Atualmente “Royals” já vendeu mais de 22 milhões de cópias pelo planeta e 14 milhões só nos EUA, ganhando os certificados de Diamante e 14x Platina, o que coloca o single entre os mais vendidos da história.
Lorde, senhoras e senhores!