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Mercado global da música tem segundo maior aumento já registrado e indica volta dos formatos físicos

A receita da indústria da música continua em fase de crescimento, atingindo um valor impressionante de US$28,6 bilhões em 2023, segundo o mais recente relatório da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica).

Este aumento de 10,2% – o segundo maior já registrado – marca o nono ano consecutivo de crescimento da indústria em nível global. A análise da instituição é um dos termômetros para o otimismo (ou não) do mercado da música, sob a ótica das principais gravadoras do mundo.

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Se isso é estar na pior…

Foto Stock via Shutterstock

O streaming manteve sua posição dominante, representando a maior parte do crescimento de receita e posição no mercado. Os gastos com assinaturas de plataformas subiram 11,2%, representando 48,9% do mercado global. 

No entanto, outras formas de consumo de música também apresentaram um crescimento significativo.

As receitas físicas aumentaram em impressionantes 13,4%, enquanto os ganhos com direitos de performance cresceram 9,5%, indicando uma variedade saudável de modelos de negócios na indústria da música.

Brasil desponta como mercado prioritário – mais uma vez

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Cada um dos mercados no top 10 global registrou crescimento ano após ano, com destaque para a China, Brasil e Canadá, que apresentaram os maiores índices. No Brasil, especificamente, o mercado de música teve um aumento de 13,4%.

Um estudo similar, realizado pela Pró Música e publicado no mesmo dia, mostrou esse e outros dados animadores para o setor. Atualmente, o maior país da América do Sul é também o nono mercado consumidor de música.

Apenas Canadá, Coreia do Sul, França, China, Alemanha, Reino Unido, Japão e EUA estão à frente do Brasil – nesta ordem. Quem completa o Top 10 é a Austrália.

Uma música cada vez mais global

O relatório da IFPI revela que o streaming continuou sendo o principal impulsionador do crescimento global, com um aumento de 10,4% nas receitas, totalizando US$19,3 bilhões. 

No entanto, os downloads e outros formatos digitais experimentaram uma queda de 2,6%, enquanto as receitas físicas apresentaram o maior crescimento de qualquer formato, com um aumento de 13,4%.

Além disso, os ganhos com direitos de performance e sincronização também mantiveram uma trajetória ascendente, com aumentos de 9,5% e 4,7%, respectivamente, em comparação com o ano anterior.

Relatório da IFPI alerta para fraudes e IA

Foto stock via Shutterstock

A integração da criatividade humana com a inteligência artificial (IA) já está causando transformações, mas tanto artistas quanto gravadoras estão em estado de alerta.

Enquanto a IA generativa levanta preocupações sobre o uso não autorizado de conteúdo protegido por direitos autorais, especialmente na criação de clones de voz e produtos concorrentes, há boas notícias. A recente legislação da União Europeia sobre IA representa um passo importante para garantir o respeito aos direitos autorais e a transparência no desenvolvimento de modelos de IA. 

Para a IFPI, é essencial que os desenvolvedores de IA adotem políticas éticas e responsáveis, respeitando as leis existentes e protegendo a identidade dos artistas para promover um ambiente musical justo e sustentável.

As mudanças no mercado da música continuam acontecendo em ritmo galopante. Siga acompanhando os mais relevantes movimentos do music business aqui no TMDQA! para ficar sempre por dentro!

Published by
Nathália Pandeló