Foto por Marco Mota
A música eletrônica chegou no Brasil em meados dos anos 80, ganhou força nos anos 90 com as boates de House e Disco e aumentou sua presença a partir dos anos 2000, quando se expandiu com a ajuda do Techno, do festival Skol Beats, e de clubs consagrados como o D-Edge, que segue na ativa até hoje.
Nos anos mais recentes, o protagonismo do nosso país dentro da cena global apenas cresceu. Muitos artistas têm alcançado uma notoriedade gigantesca e vão muito além do já conhecido Alok, como Vintage Culture e Mochakk, por exemplo.
Porém, se formos para o lado mais underground do gênero — ou seja, sons que não alcançam a camada mais popular da indústria — encontramos artistas e gravadoras que representam muito bem a bandeira brasileira e com certeza merecem uma atenção maior, como é o caso da Cocada Music.
O selo surgiu no final de 2019, fruto da criação do carioca Leo Janeiro, um importante player da cena eletrônica nacional que está na ativa desde o final dos anos 90, sempre agitando e movimentando a vida noturna do Rio de Janeiro.
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Desde a idealização da Cocada Music, o pilar principal sempre foi a valorização da música e de artistas brasileiros, mas esse propósito cresceu e passou a abraçar também a busca por talentos latinoamericanos.
O trabalho inaugural chegou em outubro de 2019, apresentando o projeto carioca Bruce Leroys através do EP Liberdade, que trouxe ainda um remix do super gabaritado produtor chileno Ricardo Villalobos; desde então, a gravadora manteve firme sua consistência, chegando neste início de 2024 com 30 releases e quase 100 músicas lançadas no total.
O foco é sempre um só: explorar a riqueza da música brasileira e latina trazendo a ela muito groove, traços de sintetizadores oitentistas, aquela batida disco-funk gostosa de dançar e principalmente muita originalidade.
Listar aqui alguns artistas que já lançaram no selo não seria justo, afinal, o leque é enorme e traz muita diversidade, cada um com sua pegada e jeito único de produzir, muitos trazendo o que chamamos de “brazilian boogie”, estilo formado a partir das referências da Disco e Soul Music americana.
O convite, então, fica para ouvir o EP mais recente, Onda Frisson, assinado por Ubaruh — projeto de Phillipi Alves (Fatnotronic) e do produtor Emmo Martins (Monterno) — e Castello Branco, com remixes de Yeksek e Xique Xique, que conectam os grooves mais ácidos e psicodélicos aos balanços mais suaves, com um toque solar e refrescante, como o verão brasileiro pede.
O EP está disponível para compra no Beatport e pode ser escutado abaixo no Spotify!