Fã usa app do Spotify em Smartphone
Foto de app do Spotify via Shutterstock

O pagamento de royalties para artistas pela hospedagem e pelas reproduções de suas músicas no streaming é um dos pontos mais debatidos do mercado fonográfico desde meados dos anos 2000, e o Spotify acaba de anunciar mudanças nesse sentido.

Nesta terça-feira (21), a empresa sueca revelou novos requisitos para a remuneração das faixas em sua plataforma, e o principal deles diz respeito à quantidade de plays de cada uma.

A partir de 2024 apenas músicas com mais de 1 mil streams anuais serão remuneradas, o que segundo o Spotify corresponde a 99,5% de todos os streams do serviço. Apesar disso, estima-se que 60% do catálogo da empresa seja formado por artistas independentes, que poderão ser prejudicados com a medida.

De acordo com o comunicado, faixas com menos de 1 mil plays geram cerca de 3 centavos de dólar por mês, mas, somadas, essas pequenas quantias correspondem a US$ 40 milhões todos os anos.

Esse montante será revertido para os artistas cujas faixas têm mais de 1 mil reproduções anuais. Ou seja, o serviço vai passar a remunerar melhor os músicos, mas apenas aqueles que já têm certo sucesso e reconhecimento na carreira.

Spotify muda regras para “faixas funcionais”

O Spotify também alterou as regras para pagamento de royalties a “faixas funcionais”, que são os sons de natureza, ruídos brancos e efeitos sonoros, por exemplo. Apenas aquelas com mais de dois minutos serão remuneradas, para evitar que pequenas faixas geradas artificialmente lucrem de forma indevida.

As mudanças ocorrem depois que outras empresas do setor realizaram movimentos semelhantes. A Deezer, por exemplo, decidiu pagar o dobro para artistas com até 1 mil plays mensais, desde que eles venham de 500 ouvintes diferentes. A empresa ainda removeu todas as faixas funcionais da plataforma.

Vale registrar que, também esta semana, o Spotify anunciou o encerramento das operações no Uruguai até fevereiro de 2024, depois que o país alterou sua lei de direitos autorais visando uma “remuneração justa e equitativa” para os artistas.

E aí, será que vai dar certo?

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