A década de 80 é alvo de todo um misticismo nos tempos atuais, servindo como base para situar diversas produções modernas. Não é à toa: os Anos 80 estão entre os períodos mais criativos e revolucionários na arte, com barreiras sendo transpostas quase que diariamente por artistas pioneiros e prolíficos.
O momento também foi sensacional para o Rock, que passou a dominar de vez algumas paradas e se fazia presente até mesmo dentro do Pop. O espaço foi tão grande que até o Metal ganhou vez, com bandas como Metallica e Guns N’ Roses ocupando lugares que dificilmente ocupariam antes ou depois dessa época.
Com tudo isso, não é de se estranhar que riffs verdadeiramente lendários tenham surgido nessa época, tanto aqui no Brasil quanto lá fora. Até mesmo artistas solo, como Michael Jackson e Ozzy Osbourne, viram seus guitarristas e baixistas ganharem destaque com músicas lançadas nesse período, e grupos como Titãs e Legião Urbana trouxeram a cultura dos riffs pra cá ao mesmo tempo.
Abaixo, você confere uma seleção do TMDQA! com os 10 melhores riffs dos Anos 80 para relembrar e entender a importância destes para a música da época!
Vernon Reid é um verdadeiro revolucionário na guitarra e seu estilo único, que inspirou inúmeros músicos das próximas décadas como Tom Morello e mais, foi imortalizado no riff de “Cult of Personality”. A canção abre o disco Vivid mostrando o que fez os caras chegarem até ali: força, técnica e groove.
Um dos maiores hinos do Punk no Brasil vindo de uma banda que não necessariamente se vê associada ao gênero, “Polícia” traz o Titãs absorvendo influências de diversos lugares para chegar no riff que marcou uma geração, tanto que ganhou uma versão do Sepultura anos depois.
Hoje em dia a maioria das pessoas sabe que “I Love Rock’n’Roll” é de autoria de Alan Merrill, com a sua primeira versão sendo gravada pelos Arrows em 1975. Mas a música ganhou nova vida com Joan Jett e sua banda, e muito disso se deve à atualização no riff que passou a soar como uma ponte entre o Punk e o Rock. Escolha a versão que quiser, o importante é que essa música seja lembrada!
Sem dúvidas, “Tempo Perdido” é um dos maiores clássicos da música brasileira. E é bastante claro que basta soarem as primeiras notas do riff que abre a música para que qualquer fã da Legião Urbana ou de música em geral saberem do que se trata!
“Fullgás” é um ótimo exemplo de como o baixo pode ser explorado como elemento principal de um riff, e a gravação do lendário Liminha deu o tom à performance incrível e inesquecível de Marina Lima. Pode ter certeza: até mesmo quem mal conhece o instrumento sabe cantarolar a linha da canção, que, aliás, foi inspirada em “Billie Jean”.
É difícil pensar em qualquer música antes de “Livin’ on a Prayer” que tenha a presença marcante de um talk box, o instrumento usado por Richie Sambora para dar o som que sua guitarra assume na lendária canção de Bon Jovi. Foi uma verdadeira aposta, que deu muito certo somada ao baixo.
Você precisa de meio segundo para identificar “Master of Puppets”. Muito provavelmente, as pessoas que em 1986 ouviram o hit do Metallica pela primeira vez precisaram de dias, semanas, ou mais para processar o que tinham acabado de ouvir. O poder do riff de James Hetfield e Kirk Hammett era algo espetacular e nunca antes visto, mesmo com a banda já tendo outros sucessos antes disso!
Muito se fala sobre o incrível solo de Eddie Van Halen em “Beat It”, e com toda razão. Mas o trabalho de Steve Lukather, que dedicou boa parte da sua vida à sua carreira no Toto, é deixado muito de lado e chega a ser uma injustiça que seu impressionante riff tenha parado na mesma música que o solo de EVH, já que leva muitos a pensar que toda a guitarra da canção é deste.
O Guns N’ Roses foi uma verdadeira revolução no Rock, fazendo a ponte que tantos esperavam entre o Rock, mais popular à época, e o Metal, que vinha ganhando espaço. Foi com riffs como os de “Sweet Child O’ Mine” e “Welcome to the Jungle” que isso aconteceu, e o primeiro simplesmente tem status de hino entre os guitarristas.
Logo depois de sua saída do Black Sabbath, muitos não sabiam bem o que esperar da carreira solo de Ozzy Osbourne. O que ninguém esperava, talvez, é que seria Randy Rhoads quem roubaria a cena para si no excelente Blizzard of Ozz, nos deixando algumas das linhas de guitarra mais memoráveis da história antes de seu precoce falecimento. A maior delas, sem dúvida, o riff de “Crazy Train”.