Eddie Vedder, do Pearl Jam
Captura de tela / Twitter

Nos últimos tempos, venda de ingressos tem sido um assunto polêmico. Tanto aqui no Brasil quanto nos EUA, bandas e produtoras têm enfrentado desafios para encontrar um sistema justo para todos, o que resulta em atitudes como as do Pearl Jam.

Depois de anunciar recentemente uma nova série de shows para o segundo semestre de 2023, a banda liderada por Eddie Vedder divulgou algumas medidas para combater o cambismo que serão adotadas na venda dos bilhetes para as apresentações que contarão com o Inhaler, banda de Elijah Hewson (filho de Bono, do U2), como atração de abertura em datas selecionadas.

Como forma de lidar com tudo que está acontecendo na indústria, o Pearl Jam resolveu que seus 9 shows, todos nos EUA, terão ingressos intransferíveis que serão comercializados já com preço cheio — ou seja, o preço anunciado para o fã já contará com todas as taxas e não haverá nenhuma surpresa no ato da compra.

Para a questão de tornar os bilhetes intransferíveis, o PJ contará com ajuda da própria Ticketmaster, que vem sendo alvo de várias polêmicas. Isso porque é ela quem costuma fazer essa revenda de ingressos, e a ferramenta estará bloqueada desta vez; o estado de Illinois será a única exceção, já que as leis locais impedem a banda de tomar essa atitude.

Além do Pearl Jam, Robert Smith e Hayley Williams falaram sobre vendas de ingressos

É difícil imaginar como algo assim funcionaria no Brasil, já que o mercado de cambistas é muito menos digital, mas é interessante ficar de olho já que as próprias bandas tem sido responsáveis por atitudes que dificultam a prática de cambismo e as revendas acima do valor de mercado, além de mudar a perspectiva do consumidor quanto ao pagamento das taxas.

Além do Pearl Jam, outros grandes nomes da indústria têm se pronunciado sobre esse tema, como foi o caso de Hayley Williams. A vocalista do Paramore recentemente desabafou sobre essa questão, deixando claro que aprecia cada um dos fãs que “vence” o sistema para estar lá assistindo às suas apresentações.

Outro caso emblemático foi o do The Cure: apesar do líder da banda, Robert Smith, ter decidido reduzir os valores das entradas da turnê norte-americana, como te contamos aqui, muitos fãs reclamaram que as taxas eram mais caras do que o próprio preço do ingresso.

Através de sua conta do Twitter, Smith comentou o caso dizendo que estava “enjoado” com essa prática e, em seguida, anunciou que os fãs que compraram ingressos para os shows do The Cure vão receber um reembolso parcial por conta das taxas “indevidamente altas” cobradas pela empresa responsável.

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