Ivan Conti, o Mamão, baterista do Azymuth

Nesta segunda-feira (17), faleceu aos 76 anos o baterista Ivan Conti, da banda Azymuth. A informação foi divulgada hoje (18) pela família do músico, mais conhecido como Mamão, através de sua conta no Instagram.

A causa da morte não foi mencionada e o enterro acontecerá na próxima quinta-feira (20) no Caju, na Zona Portuária do Rio de Janeiro:

Amigos, depois de 50 anos juntos, o amor da minha vida se foi para os braços do Pai! Com coração dilacerado eu e meus filhos comunicamos que o Ivan Miguel Conti Maranhao, o nosso Mamão faleceu dia 17.04. O velório será dia 20/04 em horário a confirmar. Sandra, Ivana e Thiago.

Que descanse em paz! Confira a publicação ao final da matéria.

Ivan Conti, o Mamão da banda Azymuth

Conti nasceu no bairro do Estácio, no Centro do Rio de Janeiro e, na carreira, integrou o projeto de Bossa Nova Os Dissonantes e a banda de Rock The Youngsters.

Em 1973, Ivan fundou a Azymuth junto com o tecladista José Roberto Bertrami, falecido em 2012, e o baixista Alex Malheiros. O grupo, que mistura Samba, Jazz e Funk, gravou com grandes e saudosos artistas como Clara Nunes, Belchior, Elis Regina e Tim Maia.

Ainda na década de 70, a Azymuth se tornou o primeiro grupo brasileiro a tocar no Montreux Jazz Festival, feito conquistado em 1977. O trio, aliás, já lançou mais de 30 álbuns fora do Brasil e foi reconhecido mundo afora, especialmente na Europa, Japão e Estados Unidos.

Mamão também colaborou em importantes discos da música brasileira, como Clube da Esquina 2 (1978), de Milton Nascimento, Aquarela do Brasil (1980), de Gal Costa, Ciclo (1983), de Maria Bethânia, e Krig-Ha, Bandolo! (1973), de Raul Seixas.

Milton, por exemplo, homenageou Ivan no Instagram e destacou a relevância de Conti para a arte nacional:

Hoje a música perdeu um de seus maiores representantes. Mamão foi um músico e pessoa ímpar, e vai fazer uma falta enorme. Descanse em paz, querido amigo.

Nos últimos anos, vale lembrar, a Azymuth chegou a fazer shows sensacionais ao lado de Marcos Valle, levando o espetáculo inclusive para a edição 2022 do MITA Festival, o que ajudou a apresentar o trabalho do grupo para toda uma nova geração.

Realmente, uma perda inestimável!

 

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