O dia 10 de Março de 2023 estava entre os mais aguardados do ano por muita gente. Aliás, ao menos 72.500 — público oficial do primeiro de vários shows do Coldplay no Brasil neste ano.

Depois de tanta espera, ainda mais com o cancelamento da passagem em 2022, o grupo de Chris Martin desembarcou com as expectativas lá no alto. E a melhor notícia para qualquer fã, em especial aqueles que ainda têm ingressos para as próximas apresentações, é que a turnê Music of the Spheres vai atender todas elas e muito provavelmente ir além.

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Depois de belos shows de abertura feitos por Elana Dara e CHVRCHES, este último estreando no Brasil em grande estilo antes de apresentações solo nos próximos dias, o Coldplay subiu ao palco com um pequeno atraso que, novamente, demonstrou a consideração pelo público: a banda decidiu esperar para subir ao palco para que os fãs, muitos dos quais estavam presos no trânsito por conta de uma forte chuva, pudessem chegar a tempo.

Logo no começo, era perceptível que o clima era de uma noite histórica. As famosas pulseiras que brilham de forma coordenada criam uma atmosfera inigualável, garantindo ao público uma experiência inesquecível. Aliás, todo o show tem uma estrutura impecável, que faz toda a plateia sentir diversos picos de adrenalina e, muitas vezes, a sensação é de estar vivendo algo realmente mágico.

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Coldplay em São Paulo teve forte chuva (de hits e de simpatia)

A chuva era realmente uma preocupação. Este 10 de Março foi marcado em São Paulo por fortíssimas pancadas de água que tomaram diversas regiões da cidade, e a vasta maioria do público usava capas de chuva enquanto chegava ao Morumbi. No fim das contas, apesar da declaração de Chris Martin (em português) de que “ama chuva”, o céu se abriu ao menos momentaneamente para o Coldplay.

Com apenas algumas garoas aqui e ali para fazer jus ao que se espera da Terra da Garoa, o show teve poucos trechos afetados pela chuva. Ainda assim, Chris, novamente em português, fez questão de agradecer todos pela presença apesar das condições adversas:

Obrigado pelo esforço de estar aqui hoje, mesmo com a chuva, o trânsito e todos os outros problemas. Gratidão!

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Com o perdão do trocadilho, a verdadeira chuva desta noite em SP foi a de hits e a de simpatia. Martin é o carisma em pessoa, interagindo com os fãs a todo momento e até convidando ao palco a jovem Anália Guedes, que cantou junto com ele em “Let Somebody Go” — e fez muito bonito, diga-se de passagem, arrancando suspiros da plateia.

Quanto aos hits, é até difícil parar para respirar durante o show. Mesmo as músicas menos conhecidas são “compensadas” por um trabalho de espetacularização, que parece ser deixado de lado em alguns dos maiores sucessos; em “Clocks”, por exemplo, era quase impossível ver a banda e a experiência era muito mais do público consigo mesmo.

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As surpresas do primeiro show do Coldplay no Brasil em 2023

Para além de Anália, o Coldplay também preparou outras surpresas que mexeram com o público — acomeçar pelo setlist, que contou com “In My Place”, uma queridinha dos fãs que foi tocada só esporadicamente na recente turnê. Mas o ponto alto foi realmente a hora em que o grupo se dirigiu ao Palco C, o que fica mais distante da Pista Premium e, por consequência, em melhor campo de visão para as arquibancadas e Pista Comum.

Começando essa parte do show com uma versão de “Sparks”, a banda recebeu a incrível Cris Botarelli, da banda brasileira Far From Alaska, para tocar guitarra pedal steel. Como se já não bastasse isso, o próximo convidado foi simplesmente Seu Jorge, que sacou a flauta e tocou o clássico da música brasileira “Amiga da Minha Mulher” acompanhado pelo Coldplay (incluindo Chris Martin) e pelo coro do público presente, que cantou a plenos pulmões.

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Pra fechar essa noite histórica, o Coldplay trouxe a sequência que já se tornou marca registrada da atual turnê. “Humankind” abriu caminho para “Fix You”, a maior e mais emocionante catarse da noite — e olha que a lista é grande.

Entre os momentos mais emblemáticos da noite estão a performance emotiva e intimista de “The Scientist”, o mar de amarelo que toma conta do estádio durante “Yellow”, a descontraída apresentação de Chris Martin em língua de sinais (enquanto está vestido de alien) para “Something Just Like This” e a popíssima “A Sky Full of Stars”, que tem até um “susto” na galera para pedir que todos larguem os celulares para curtir o momento.

Fechando de vez a apresentação com “Biutyful”, que mais uma vez faz excelente uso de todos os recursos disponíveis como fogos e papéis voando para a plateia, o Coldplay mostrou que chegou para fazer história em São Paulo — e justificou de uma vez por todas, se é que ainda havia alguma dúvida, a necessidade de marcar tantas apresentações em solo brasileiro.

Vídeos do show do Coldplay em São Paulo

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Abaixo, você pode ver fotos dessa noite histórica no Estádio do Morumbi e o setlist da apresentação.

Fotos do show do Coldplay em São Paulo

Setlist Coldplay em São Paulo – 10/03/2023

Palco A:
1. Music of the Spheres + Higher Power
2. Adventure of a Lifetime
3. Paradise
4. The Scientist
Palco B:
5. Viva la Vida
6. Hymn for the Weekend
7. Let Somebody Go (com fã cantando junto)
Palco A:
8. In My Place
9. Yellow
10. Human Heart
11. People of the Pride
12. Clocks
13. Infinity Sign (encurtada, com trechos de “Music of the Spheres II” e “Every Teardrop Is a Waterfall”)
14. Something Just Like This (gravação, com Chris Martin cantando em língua de sinais)
Palco B:
15. Midnight (remix)
Palco A:
16. My Universe
17. A Sky Full of Stars
Palco C:
18. Sparks (com Cris Botarelli, do Far From Alaska, na guitarra pedal steel)
19. Amiga da Minha Mulher (com Seu Jorge, cover de Seu Jorge)
Palco A:
20. Humankind
21. Fix You
23. Biutyful

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