Em meio a um dos momentos mais turbulentos de sua carreira, o Pink Floyd está vivendo neste dia 1º de Março de 2023 um dos dias mais importantes para a sua história: os 50 anos de Dark Side of the Moon.

Revolucionário à época, o álbum se tornou o que passou mais tempo nas paradas dos EUA, tendo ficado entre os melhores colocados ininterruptamente entre 1977 e 1988. Isso foi resultado de uma abordagem diferente não apenas para o som do Pink Floyd, como de todo o Rock de sua época.

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Os anos 70 ferveram com bandas do Prog, mas Roger WatersDavid Gilmour e companhia se destacaram muito dos demais. De alguma forma, Dark Side of the Moon conseguiu conversar com as multidões de uma maneira que outros grupos simplesmente não conseguiram — e é assim até hoje, com faixas como “The Great Gig in the Sky”, “Time” e “Money” tendo se tornado favoritas de geração em geração.

Assim como muitos de seus contemporâneos, o disco era conceitual e teve sua ideia inicial surgindo de forma despretensiosa: foi em uma reunião na cozinha da casa do baterista Nick Mason, em 1971. Lá, Waters explicou sua ideia de musicalizar o sentimento das “pressões e preocupações que nos divergem do nosso potencial de realizar ações positivas”.

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Pink Floyd e Dark Side of the Moon

Eventualmente, Gilmour também resumiu a ideia do trabalho como sendo a de retratar “as pressões da vida moderna que conspiram para fazer algumas pessoas ficarem malucas”. Não é à toa, portanto, que tenhamos em “Money” uma crítica sincera e cheia de rebusques ao sistema consumista que rege a sociedade atual.

É impossível negar, também, que houve uma grande atração por toda a psicodelia de Dark Side of the Moon e seu flerte com conceitos psicotrópicos, a começar pela capa com o prisma e as cores do arco-íris, que nos últimos tempos ganharam um significado diferente sem qualquer sentido e até irritaram conservadores (acredite se quiser), mostrando a sua relevância até hoje.

Não à toa, surgiram teorias que até mesmo colocam o álbum como uma trilha sonora perfeita para O Mágico de Oz, algo que já foi efetivamente rebatido pelos membros da banda.

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Pink Floyd em pedaços e nova versão de Dark Side of the Moon

O Pink Floyd sempre teve suas dificuldades em questão de harmonia, e Dark Side of the Moon não foi nem de longe o último retrato do que esses músicos eram capazes de criar quando deixavam as diferenças de lado. No entanto, nos últimos tempos, se tornou pivô de uma série de desavenças entre a banda.

O buraco da briga entre Roger Waters e David Gilmour vai muito mais embaixo, claro, mas enquanto a banda — que atualmente é liderada apenas por Gilmour — vai disponibilizar uma edição especial de 50 anos do álbum, Waters segue por um outro caminho e está regravando o trabalho sem a presença de qualquer antigo companheiro de banda.

Roger disse que decidiu regravar o disco em 2023 pois “poucas pessoas reconheceram do que se trata e o que eu estava dizendo na época” e ainda acrescentou que, por ser o compositor de todas as músicas, não se culpou por não consultar os outros integrantes do Pink Floyd.

Ainda não há muitos detalhes sobre o que vem por aí na versão de Roger Waters, mas uma coisa é certa: depois de polêmicas afirmando que ele teria dito que os solos de guitarra de David Gilmour são “horríveis”, Roger deixou bem claro que “ama” os solos de Dark Side of the Moon. Fica a expectativa para ver o que vem por aí!

De qualquer forma, por enquanto, vale relembrar essa verdadeira obra-prima do Rock! É só dar o play abaixo.

Celebre os 50 anos de Dark Side of the Moon, do Pink Floyd

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