Evanescence: Amy Lee no clipe de Bring Me To Life
Reprodução / YouTube

Em 2003, os filmes de super-heróis não eram apostas tão certeiras quanto hoje. Uma das tentativas mais ousadas à época, Demolidor, estrelado por Ben Affleck e lançado em 14 de fevereiro, não é dos mais populares entre os fãs de quadrinhos – mas acabou fazendo sucesso com sua trilha sonora, recheada de bandas do rock anos 2000.

Entre elas, uma se destacaria em especial: o Evanescence, um grupo que já caminhava com as próprias pernas até virar um hit de verdade com “Bring Me To Life” e “My Immortal”.

As músicas foram apresentadas na trilha sonora do filme em 2003, enquanto a banda se preparava para lançar seu álbum de estreia, Fallen, pouco tempo depois. A popularidade do Evanescente cresceu rapidamente após o lançamento do disco, que incluía ambas as faixas, e eles se tornaram um dos expoentes do cenário do rock naquela época.

O longa faria de “Bring Me To Life”, em especial, um ponto chave na trama. Ela é tocada na cena em que a personagem Elektra Natchios, interpretada por Jennifer Garner, é apresentada e mostrada treinando suas habilidades de luta.

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Uma trilha sonora que refletia seu tempo

A trilha sonora do filme era um bom reflexo do cenário rock do início dos anos 2000, quando o alternativo, o nu metal, o hard rock e outros subgêneros viviam dias de glória.

A seleção era bem variada. Além do Evanescence, a coletânea incluiu faixas de bandas como Nickelback, The Calling, Fuel, Drowning Pool, Nappy Roots e Saliva. Também apresentou músicas de artistas solo, como Moby.

Algumas das faixas mais notáveis da trilha sonora incluem “For You” do Nickelback, “Won’t Back Down” do Fuel e “The Man Without Fear” de Drowning Pool, com participação especial do vocalista do Pantera, Phil Anselmo. Esta última, aliás, serviu como subtítulo para a versão brasileira do longa: Demolidor – O Homem Sem Medo.

Antes e depois de Demolidor

A trilha foi, sim, um divisor de águas. Tanto que é possível traçar um paralelo de antes e depois do lançamento de Demolidor na história do Evanescence.

“Bring Me To Life” se tornou um hit mundial, alcançando o topo das paradas em vários países, incluindo os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália. No Brasil, claro, virou uma das músicas mais emblemáticas dessa época e ajudou a banda a conquistar uma legião de fãs.

A música também ganhou um Grammy de Melhor Performance de Hard Rock em 2004. O sucesso do single impulsionou a carreira do Evanescence e ajudou a torná-los um dos grupos mais populares da cena musical alternativa na década de 2000. Nada mal.

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Demolidor não teve necessariamente a mesma sorte. O filme teve um desempenho moderado nas bilheterias, arrecadando cerca de 179 milhões de dólares em todo o mundo. Sem falar que dividiu opiniões, tanto da crítica quanto do público.

No entanto, apesar de sua recepção morna, Demolidor ganhou uma base de fãs dedicada ao longo dos anos e se tornou um filme cult entre os fãs de quadrinhos e super-heróis.

O personagem de Matt Murdock também foi reintroduzido em outras produções da Marvel, incluindo uma série da Netflix que foi recebida de forma bem mais calorosa por público e crítica ao estrelar Charlie Cox no papel principal.

Evanescence e a conexão com a trama de Demolidor

Para além de suas qualidades musicais, “Bring Me To Life” tem uma conexão lírica com a temática do filme.

A música do Evanescence foi escrita pela vocalista Amy Lee, juntamente com o guitarrista Ben Moody e o tecladista David Hodges. De acordo com Amy, a letra foi inspirada em um relacionamento que ela teve anteriormente, em que se sentia frustrada por não poder fazer o parceiro ver seu verdadeiro eu e por não poder ajudá-lo a superar seus problemas.

A música foi originalmente escrita como uma balada, mas foi transformada em uma canção de rock com a adição do famigerado rap feito pelo convidado Paul McCoy, da banda 12 Stones.

Já o filme acompanha Matt Murdock, um advogado cego que durante o dia trabalha em sua firma de advocacia e, à noite, assume a identidade de Demolidor, um vigilante que luta contra o crime em Nova Iorque. A canção faz uma ponte emocional com Elektra, e “My Immortal” complementa isso em sua aparição durante uma cena emotiva.

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Aliás, o filme é conhecido por seu estilo visual escuro e atmosférico, tornando-se um dos primeiros de sua geração a apresentar uma abordagem mais sombria e realista do gênero.

Desde então, Ben Affleck já até trocou de super-herói, tendo assumido brevemente a capa do Batman. O Evanescence continua na ativa, mesmo que jamais tenha alcançado o mesmo sucesso comercial do início dos anos 2000.

Bateu saudade dessa época? Relembre abaixo o clipe de “My Immortal”!

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