Marilyn Manson
Foto via Wikimedia Commons

Mesmo com alguns casos contra Marilyn Manson sendo arquivados e resolvidos recentemente, acusações envolvendo o cantor continuam surgindo.

Dessa vez, o músico está sendo acusado em um novo processo em que uma mulher, que preferiu não se identificar, está alegando agressão sexual e sofrimento emocional intencional contra uma menor. A ação também cita as antigas gravadoras de Manson, Interscope e Nothing Records, esta última sendo o selo de Trent Reznor, do Nine Inch Nails.

Um relatório da Rolling Sone (via Loudwire) aponta que a vítima, que agora já é adulta, entrou com um processo apontando negligência e imposição intencional de sofrimento emocional das gravadoras. O caso corre na Suprema Corte do Condado de Nassau, em Long Island, Nova York.

No documento, a mulher revela que conheceu Manson, que é citado na ação sob seu nome de batismo Brian Warner, depois de um show em Dallas em 1995, quando ela tinha 16 anos. Ela afirma que recebeu um convite para ir até o ônibus da turnê, onde o cantor supostamente perguntou sua idade, ano escolar e anotou seu endereço residencial e número de telefone. O relato diz:

Enquanto estava no ônibus da turnê, o réu Warner realizou vários atos de conduta sexual criminosa contra a autora, que era virgem na época, incluindo, entre outros, cópula forçada e penetração vaginal.

No estado do Texas, a idade de consentimento sexual naquela época, e ainda hoje, é 17 anos.

A ação também aponta que um dos outros membros da banda de Manson teria visto a suposta agressão sexual e ainda teria visto o músico dando risada da garota e falando para ela “dar o fora do meu ônibus”. A vítima também revela que Manson supostamente a ameaçou dizendo que, se ela contasse o que aconteceu para qualquer pessoa, ele “iria matar [a vítima] e sua família”.

A acusadora ainda alegou que, ao sair do veículo, um membro da equipe do músico deu a ela um número e uma senha caso quisesse se encontrar novamente com Marilyn.

Acusações contra Marilyn Manson

A suposta vítima de Marilyn Manson afirma no processo que começou a usar drogas e álcool após a suposta agressão e ainda conta que continuou conversando com o músico, pois ele suspostamente ligava para ela em busca de fotos explícitas dela e de suas amigas.

A mulher alega que o cantor a convenceu, quando ela ainda tinha 16 anos, a viajar para um show em Nova Orleans, onde ele mais uma vez a agrediu sexualmente; dessa vez, no entanto, foi mais amigável com ela após os atos e disse que gostaria de vê-la novamente.

Ela conta também que, ao completar 18 anos, começou a namorar o baterista do Nine Inch Nails, Chris Vrenna, que a incentivou a se mudar para Los Angeles. No período em que estava lá, ela foi a um show de Manson e, depois que o encontrou em Nova Orleans, passou quatro semanas na estrada com ele e sua banda, usando drogas e passando tempo com o músico que “aliciava, assediava e abusava sexualmente”, de acordo com o processo.

Ela afirma que, durante esse período, Warner começou a obter controle psicológico sobre ela, pois ela compartilhou suas vulnerabilidades com o cantor que, de acordo com ela, teria usado isso para explorá-la e mantê-la sob seu controle.

A suposta vítima ainda alega que, durante uma turnê, Warner a convenceu a “fazer sexo com ele e outros membros da banda ou seu assistente ao mesmo tempo”.

Gravadora de Trent Reznor é acusada de saber dos abusos

Com relação às antigas gravadoras de Manson, o processo aponta que seus integrantes estavam cientes das situações e não repreendiam o músico. O documento diz:

Os réus Interscope e Nothing Records estavam cientes da prática do réu Warner de agredir sexualmente menores e ajudaram e encorajaram tal comportamento. Como resultado do abuso e agressão sexual de Brian Warner, permitido e encorajado pelos réus Interscope e Nothing Records, a autora sofreu grave sofrimento emocional, físico e psicológico, incluindo vergonha e culpa, perda econômica, capacidade econômica e perda emocional.

A mulher está buscando uma indenização a ser determinada em um julgamento, e também uma “ordem proibindo os réus de futuras práticas comerciais ilegais, incluindo, mas não se limitando a, expor menores e adultos vulneráveis ​​a abuso e exploração sexual”.

Para a Rolling Stone, o advogado da acusadora, Jeff Anderson, declarou que “é hora de enfrentar a música” e explicou que o processo “é um passo gigantesco para trazer luz e culpa para uma indústria que esconde perigos à vista de todos”.

Karen Barth Menzies, também representante da suposta vítima, refletiu que além de fazer Manson pagar pelos supostos crimes, a ação tem como alvo as gravadoras “que embalaram e lucraram com o comportamento criminoso de seu artista, e é uma acusação da indústria da música por manter uma cultura que celebra, protege e permite predadores sexuais”.

Marilyn Manson teve vitórias na justiça em outros processos

Como te contamos aqui, na semana passada Marilyn Manson fez um acordo com Esmé Bianco, atriz de Game of Thrones que também processava Manson por violência sexual.

Além disso, no início deste ano, o músico teve outra vitória no tribunal e conseguiu arquivar o processo movido por sua ex-assistente Ashley Walter.

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