Jairo Guedz, ex-Sepultura, no podcast Amplifica
Reprodução/YouTube

Uma das maiores bandas brasileiras de todos os tempos, o Sepultura já passou por muitas mudanças em sua formação. Quem conhece a banda lá das antigas certamente se lembra de Jairo Guedz, guitarrista que gravou o EP Bestial Devastation (1985) e o disco de estreia Morbid Visions (1986).

Apesar de ter deixado o grupo já em 1987, dando lugar a Andreas Kisser, Jairo ficou bastante conhecido por seu estilo único e bastante influente com o instrumento. Hoje, aliás, o músico toca com o The Troops of Doom, cujo nome vem justamente de uma das músicas mais icônicas de sua época no Sepultura.

Curtindo essa nova fase, o cara participou recente do podcast Amplifica, de Rafael Bittencourt (Angra), e é claro que acabou voltando no tempo ao falar sobre as origens do Sepultura.

Jairo Guedz relembra “maldade” dos primeiros anos do Sepultura

Na época, para quem não está familiarizado, a banda que passou a ser muito conhecida anos depois por canções como “Roots Bloody Roots” e “Refuse/Resist” tinha uma pegada bem diferente, mais agressiva e próxima aos estilos que hoje conhecemos como Black Metal e Death Metal.

Relembrando esse período e a influência do trabalho da banda brasileira, Jairo disse:

O Sepultura nos anos 80 — depois com o Andreas nem precisa falar, porque realmente é uma banda de muito sucesso, mas ali no início, quando a gente não era muito famoso, a gente serviu de base pra muita banda que existe hoje. Por exemplo, o Dimmu Borgir, o Mayhem, não sei quem.

Aproveitando a presença de Guedz, Rafael pareceu interessado em tentar descobrir as técnicas por trás desse estilo musical e recebeu logo de cara uma dica inusitada do colega de profissão:

A primeira coisa que você tem que ter na sua composição é a maldade. […] Eu tô com muita raiva. […] Você vai procurar as notas com intervalos mais dissonantes.

No processo de aprendizado, Bittencourt acaba compondo algo que é comparado ao Coldplay por Jairo, que então o guia para um riff de deixar qualquer um impactado — não à toa, o músico finaliza seu discurso brincando que “o Slayer é Pop” perto da sonoridade trazida por eles.

Veja toda essa troca clicando aqui e, abaixo, veja o vídeo completo de Rafael Bittencourt tentando aprender um riff de Death Metal.

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