Aconteceu no último sábado (12), em São Paulo, a primeira edição do GPWeek, festival que acompanha os eventos do Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1. Apesar de parecer uma mistura inusitada, a escolha dos headliners não poderia ter sido melhor: Twenty One Pilots e The Killers, proporcionando um verdadeiro clash de gerações.

Quem abriu o dia, porém, foi outra queridinha entre jovens e mais velhos, a Fresno. A banda conseguiu reunir um público numeroso no Allianz Parque mesmo às 14h, e fez a galera cantar seus hits mais conhecidos. No telão, a banda de Lucas Silveira celebrou o fim próximo do governo de Jair Bolsonaro, o que também arrancou gritos de apoio na plateia. Nas redes sociais, Lucas celebrou:

Tocar num estádio enorme, com uma estrutura absurda, frente a uma multidão de fãs de todas as partes, e antes de artistas que a gente admira demais… não tinha como nosso sábado ser melhor!

Em seguida, veio a The Band Camino, grupo americano ainda pouco falado aqui no Brasil, mas que com certeza voltou pra casa com vários novos fãs. Liderada por Jeffery Jordan, a banda indie chegou animada e enfrentou com bom jogo de cintura alguns problemas técnicos no começo da apresentação. Na grade da pista premium, mesmo sem saber cantar as músicas do trio, o público aplaudia e gritava todas as vezes em que Jeffery jogava seu charme na roda.

Impressionados com a recepção, os músicos deixaram o palco depois do show de 1 hora com sorrisos enormes no rosto, prometendo voltar assim que possível.

Twenty One Pilots rouba o protagonismo

Foto por Stephanie Hahne/TMDQA!

E aí chegou o Twenty One Pilots…

Mesmo estando ali como uma “abertura” para o Killers, ficou claro que o duo de Ohio era o grande protagonista da noite. Na grade das duas pistas do evento, fãs caracterizados com roupas semelhantes às de Tyler Joseph e Josh Dun se acotovelavam e lutavam pelo melhor espaço para ver os ídolos de pertinho, mesmo que não fosse tão necessário — explico logo mais.

Encerrando a turnê de Scaled and Icy (2020) por aqui, a dupla acabou não trazendo a estrutura completa do espetáculo, mas caprichou no setlist e nas interações com os fãs para entregar um show grandioso. Quando falei sobre não ser necessário lutar pela grade ali acima, é em boa parte por conta do esforço dos músicos de estar perto de todos, ou quase todos, que estavam no estádio. Em diversos momentos, tanto Josh quanto Tyler foram pro meio da galera, e o vocalista chegou a subir até na grade da pista comum, bem distante do palco.

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Assim como fez em sua última passagem por aqui, no Lollapalooza de 2019, Joseph também usou a estrutura bem no meio do Allianz para subir até o topo, cantando e tocando seu baixo ali de cima mesmo.

Ainda durante o show, dessa vez no palco principal, Tyler se esforçou para falar em português e ajudar os fãs a criar um espetáculo de luzes durante “Mulberry Street”. Agradando ainda mais os brazucas, o trompetista da banda de apoio do Twenty One Pilots tocou um solo de “Aquarela do Brasil”.

Ao final, munidos de tambores e muito papel picado, os dois ficaram novamente no meio da plateia, encerrando o show com “Trees”. Vale lembrar que, na apresentação, o frontman declarou que este deve ser o último show do duo em um bom tempo, mas fiquem tranquilos: segundo rumores, Tyler e Josh devem entrar em estúdio para gravar um novo álbum muito em breve.

The Killers agrada com ajuda de fã

(O The Killers não autorizou o trabalho dos fotógrafos e cinegrafistas de imprensa durante o show)

Com a árdua tarefa de encerrar a noite e tentar superar o show do tøp, Brandon Flowers e companhia se esforçaram e colocaram todo o carisma pra jogo em um setlist que agradou bastante os fãs mais dedicados.

O vocalista, empolgado ao ver o estádio cheio, percorria todo o comprimento do palco gigantesco para chegar mais perto dos fãs, e emendou hit atrás de hit durante o set de quase 2 horas. Nele, estavam músicas como “When You Were Young”, “Human”, “Somebody Told Me” e muito mais.

Mostrando que fez bem a lição de casa, Flowers teve um diálogo inteiro em português com seus fãs, agradecendo pelo apoio e se mostrando impressionado por eles “não terem esquecido” sua banda.

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Em um momento já esperado, Brandon chamou um fã na plateia para tocar bateria em “For Reasons Unknown”. O sortudo foi Raphael, de São Paulo, que arrasou no instrumento e saiu ovacionado pela multidão. Mandou bem demais!

Já se aproximando do final, o bis emendou “Spaceman”, “Just Another Girl” e o hit atemporal “Mr. Brightside”, que colocou todo mundo pra pular, dançar e cantar junto com a banda. A chuva de papel picado também não podia faltar, e a sensação gostosa de quero mais reinou no Allianz Parque logo que a música acabou.

Fotos e setlists – GPWeek

 

Setlist Twenty One Pilots

  1. Guns for Hands
  2. Morph
  3. Holding on to You
  4. The Outside
  5. Lane Boy
  6. Chlorine
  7. Mulberry Street
  8. The Judge / Migraine (Campfire acoustic)
  9. The Hype / Nico and the Niners / Tear in My Heart (Campfire acoustic)
  10. House of Gold / We Don’t Believe What’s on TV (Campfire acoustic)
  11. Aquarela do Brasil / Halo’s Theme (no trompete)
  12. Jumpsuit
  13. Heavydirtysoul
  14. Level of Concern
  15. Ride
  16. Shy Away
  17. Car Radio
  18. Stressed Out
  19. Heathens
  20. Trees

Setlist The Killers

  1. My Own Soul’s Warningrand
  2. Enterlude
  3. When You Were Young
  4. Jenny Was a Friend of Mine
  5. Smile Like You Mean It
  6. Shot at the Night
  7. Running Towards a Place
  8. Human
  9. Somebody Told Me
  10. Boy
  11. A Dustland Fairytale
  12. Runaways
  13. Read My Mind
  14. Dying Breed
  15. Caution
  16. For Reasons Unknown (com o fã Raphael na bateria)
  17. All These Things That I’ve Done
  18. Spaceman
  19. Just Another Girl
  20. Mr. Brightside

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