Phoebe Bridgers no Primavera Sound São Paulo 2022
Foto por Stephanie Hahne / TMDQA!

Phoebe Bridgers é uma das artistas mais interessantes da atualidade.

Mesmo fazendo sons introspectivos, tristes e vindo de cenas da música alternativa, ela transita muito bem no mainstream e tem impressionantes 8 milhões de ouvintes mensais só no Spotify.

Isso faz da artista, que acabou de tocar na primeira edição do Primavera Sound São Paulo, um daqueles raros casos de nomes que têm credibilidade da crítica ao mesmo tempo que conquistam a indústria da música.

Aproveitando a sua passagem pelo Brasil, o TMDQA! conversou com Phoebe Bridgers e a entrevista feita por Cauê Paciornik foi do show no Primavera até o Emo, passando pela Fresno, como você pode ler logo abaixo.

Vem com a gente!

TMDQA! Entrevista Phoebe Bridgers

Phoebe Bridgers no Primavera Sound 2022
Foto por Stephanie Hahne / TMDQA!

TMDQA!: Como foi estar nessa primeira edição do Primavera Sound Brasil e como foi a recepção do público brasileiro que estava esperando pelo seu show há bastante tempo?

Phoebe Bridgers: Foi incrível, foi muito especial e eu amo festivais em geral. Nós já tocamos com Caroline Polacheck outras vezes mas não tinha tocado com a Lorde, não tinha tocado perto do Father John Misty e nós amamos o público no geral.

TMDQA!: Falando nisso, ontem você subiu ao palco pra cantar junto com a Lorde. Como tudo aconteceu? Vocês tinham planejado isso com antecedência?

Phoebe: Não, ela me chamou ontem à noite mesmo!

TMDQA!: E foi um momento realmente especial. Seguindo nesse assunto de parcerias, recentemente você foi anunciada como uma das atrações de abertura da nova turnê de Taylor Swift, e ela também é uma artista que vem misturando diversos traços da música alternativa com o Pop para explodir no mainstream. Por que você acha que a música mais underground finalmente vem conquistando tanta gente?

Phoebe Bridgers: Eu realmente não sei. Acho que pode ser algo relacionado ao TikTok. Há uma linha mais direta para nos mostrar às pessoas e é como mudar as regras da música pop.

Além disso, com uma artista pop como a Taylor lançando um álbum folk, alternativo, isso faz as pessoas ouvirem mais material relacionado a esses gêneros e comprarem mais discos. Então parece um gênero musical em crescimento.

TMDQA!: Seu som também é associado à música emo, e recentemente a gente tem vivido um momento de “emo revival”. Como é para você ser associada a esse momento também?

Phoebe Bridgers: É muito legal. Foi meu gênero musical durante bastante tempo e ver os adolescentes ouvindo é um tanto quanto nostálgico.

TMDQA!: Você se considerava uma “punk rock kid” quando era adolescente?

Phoebe Bridgers: Eu gostaria! (Risos) Eu era mais uma “Edward Sharpe and the Magnetic Zeros kid” mas, o Marshall [colega de banda que acompanhava a entrevista] com certeza era.

Marshall Vore: Eu era, mas um pouco envergonhado.

Phoebe Bridgers: Eu imagino que você era como os jovens do nosso público de ontem.

Marshall Vore: Sim, eu apenas olho para aquela época e o que eu me lembro dela é que eu estava com raiva dos meus pais.

TMDQA!: Você teve tempo pra conhecer mais o país?

Phoebe Bridgers: Conhecemos um pouco da comida, mas passamos muito rápido, vendo pela janela do carro na rua.

TMDQA!: Aproveitando que falamos de emo, a gente gostaria apresentar pra vocês o som de uma banda que a gente considera uma das maiores, se não for a maior banda Emo brasileira da história, a Fresno. Ontem o Lucas (vocalista da banda), tuitou dizendo que estava triste porque não ia conseguir estar presente do show.

(mostra trecho do clipe de “Casa Assombrada”)

Phoebe e Marshall entre movimentos de guitarra e bateria: Legal! Gostamos bastante.

TMDQA!: O que achou ? Pode mandar uma mensagem pra ele?

Phoebe Bridgers: Cara, também sentimos sua falta! Gostei da música e também gostei do clipe! E esse som me lembra algo familiar…

Marshall: Sim, é uma sonoridade de algo que a gente escuta com frequência!

TMDQA!: Nosso site se chama “Tenho Mais Discos Que Amigos!”, que traduz para algo como “I Have More Records Than Friends”. Você considera que tem mais discos que amigos?

Phoebe Bridgers: Com certeza, definitivamente mais do que amigos próximos. Eu devo ter uns oito amigos próximos, no máximo.

TMDQA!: E qual disco entre os seus favoritos você considera como um verdadeiro melhor amigo? Aquele em que você sabe que pode confiar quando está passando por um momento difícil?

Marshall: Essa é uma boa pergunta…

Phoebe Bridgers: Eu escolho Either/Or do Elliot Smith. Desde que eu comecei minha coleção de discos, é o álbum que eu sempre coloco pra “preencher minha casa com barulho”.

TMDQA!: Muito obrigado pelo papo e pela atenção com o Tenho Mais Discos Que Amigos!

Phoebe Bridgers: Muito obrigado!

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