Reprodução/Twitter
Na última terça-feira (1) uma matéria do Profissão Repórter, na TV Globo, viralizou após mostrar o jornalista Caco Barcellos flagrando uma reunião em que aparentemente acontecia compra de votos para Jair Bolsonaro antes das eleições do último domingo.
O repórter estava em Coronel Sapucaia, no MS, cidade que registrou empate entre Lula e o atual presidente no primeiro turno, para mostrar o cotidiano do lugar. Mas, com muito faro investigativo, Caco descobriu uma grave situação de assédio eleitoral.
Segundo a reportagem, o prefeito do município é suspeito de reunir beneficiários do Auxílio Brasil e oferecer a eles mais 50 reais para votar no candidato do PL.
Com a matéria, Caco Barcellos chegou aos trending topics do Twitter, e o vídeo da matéria já tem quase 100 mil reproduções (assista no fim desta matéria). Mas essa está longe de ser a primeira vez que o jornalista desvendou esquemas tenebrosos envolvendo a política e a polícia brasileiras.
Com mais de 50 anos de profissão, Caco Barcellos é especialista em jornalismo investigativo sobre injustiça policial e social. Ele criou o Profissão Repórter em 2006, e desde então o programa tem sido uma escola para jovens jornalistas.
Mas antes, em 1992, ele já havia lançado um livro que se tornou leitura obrigatória nas faculdades de comunicação: “Rota 66 – a História da Polícia Que Mata”, resultado de sete anos de apuração.
Na obra, Caco revela a ligação entre vários assassinatos sem explicação cometidos pela ROTA, unidade especial da PM de São Paulo, a partir do caso de três jovens de classe alta executados no Jardim Paulista, um dos bairros mais nobres da capital.
A história virou uma série dramática em oito episódios da Globoplay, lançada em setembro, que tem Humberto Carrão interpretando Caco durante a investigação.
Assista abaixo à reportagem que viralizou do Profissão Repórter, e na sequência veja o trailer da série Rota 66 – a História da Polícia Que Mata.