Djonga
Foto por @coniiin

Um dos maiores nomes do rap nacional, o rapper mineiro Djonga vem acumulando elogios com seu mais novo álbum, O Dono do Lugar, lançado em 13 de Outubro. O disco esteve recentemente entre os dez mais ouvidos do mundo tanto no Spotify quando no Deezer!

No entanto, até então, o registro ainda não contava com videoclipe em nenhuma das suas 12 faixas. Isso mudou na última quinta-feira (27), quando “conversa com uma menina branca“, um dos grandes destaques do álbum, foi contemplado com uma produção audiovisual.

As imagens foram captadas em Belo Horizonte, cidade natal de Djonga, e contaram com a direção de Túlio Cipó. Já a ideia do filme, que é todo gravado em plano-sequência, veio toda do próprio rapper, que comenta:

É um clipe que vai acontecendo de uma vez e vai surpreendendo pela troca das meninas, sem cortes. Conceitualmente é muito legal e com movimento sutil da câmera. A inspiração para este vídeo veio junto com a letra, assim que eu a escrevi eu já visualizei como ficaria a parte audiovisual, o que não é algo que acontece sempre, mas dessa vez foi muito claro pra mim.

A faixa é a preferida de Djonga neste novo trabalho e vai de encontro com o conceito do álbum, que aborda, entre outros temas, a masculinidade preta. O artista conta que escreveu a letra “pra gerar debate” e expor as concepções de homens pretos quando em interações e relacionamentos com mulheres brancas, e vem dando certo.

BaianaSystem & Tropkillaz

BaianaSystem e Tropkillaz
Foto por Filipe Cartaxo

A conexão entre BaianaSystem e Tropkillaz não é nenhuma novidade. Esse encontro já tinha rolado nos remixes feitos pelo duo para as músicas “Saci” e “Cabeça de Papel”, lançadas pelo grupo baiano. Mas agora é hora de dar um passo a mais nessa história!

O caminho natural para essa parceria tão certeira, que uniu beats eletrônicos e guitarra baiana, é a realização de uma produção em conjunto, um trabalho onde realmente houvesse uma troca criativa e de interação no estúdio. Isso finalmente acontece agora no projeto KillazSystem.

Trata-se de um EP, que virá recheado de participações, e começa a ser desenhado com o single “A Mosca” — já disponível nas plataformas digitais. A faixa parte do emblemático sample de “Mosca na Sopa“, clássico de Raul Seixas, e chega com a mesma vontade de incomodar, de pousar nas feridas que estão expostas nesse momento do nosso país.

A mosca se transforma então nesse símbolo, que também serviu de inspiração para as rimas dos dois convidados da música: o angolano Dog Murras, cantor, compositor, escritor e ativista que tem tido importante papel em defesa do povo angolano e sua cultura; e Vandal, parceiro de longa data do BaianaSystem e um dos nomes mais importantes do rap baiano. Os dois unem em seus discursos os guetos de Salvador e Luanda, mostrando suas realidades e como a cultura pode transformá-las.

“A Mosca” sai pelo selo Máquina de Louco e marca a estreia do KillazSystem, uma fusão sonora amplificada pelos encontros musicais e que ainda vai trazer muito mais caldo para essa sopa.

Terra Preta

Terra Preta
Foto: Divulgação

Após encerrar a parceria com Cabal, Terra Preta, nome consolidado no meio do R&B brasileiro, inicia uma nova fase em sua carreira com o lançamento do single “Chorando Se Foi“.

O nome da música é bastante familiar; isso porque trata-se de uma releitura da famosa canção de Loalwa Braz Vieira, integrante do grupo Kaoma. Em sua versão, o artista paulista mistura R&B e drill, e adiciona rimas contundentes sobre deixar o passado, sem esquecer de honrar seu legado e correr atrás de seus objetivos.

“Chorando Se Foi” chega acompanhada por videoclipe dirigido por Danilo Komniski e com participação da atriz Janaína Simões. No audiovisual, Terra Preta mata seu antigo eu para fazer renascer o Terra Preta que sempre lutou por seu espaço como homem preto na sociedade, na música e no mundo. Sobre a representação da transformação interna pela qual passou no clipe, ele comenta:

Todos nós temos que lidar com nossos demônios internos, que são nossos medos, inseguranças, e que podem nos levar à auto sabotagem. […] A representação dessa situação é o Terra Preta cometendo o sequestro e o assassinato do próprio Terra Preta, ou seja, a destruição do meu ego é a destruição do meu velho eu, e assim prevalece um eu mais antigo ainda, muito mais sonhador e visceral.

O lançamento de “Chorando Se Foi” abre caminhos para o novo projeto de Terra Preta, intitulado RnDrill. Subgênero do rap que está em alta, o drill é definido pelo conteúdo sombrio e violento de suas letras e batidas sinistras influenciadas pelo trap. Misturado ao melódico R&B, traz a confiança e a leveza que o artista carrega consigo mesmo.

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