Com um disco novo lançado todos os anos desde 2017, Djonga é um dos artistas mais prolíficos do Hip-Hop nacional. Neste 13 de outubro, ele manteve a tradição e soltou seu sexto álbum, chamado O Dono do Lugar.
Djonga mantém tradição de um disco por ano e lança “O Dono do Lugar”, em que discute masculinidade preta
Para o sucessor do excelente NU (2021), o rapper mineiro escolheu a temática central da masculinidade preta, discutindo o papel central que as mulheres têm em sua família e sua empresa, o selo musical A Quadrilha.
O Tenho Mais Discos Que Amigos! esteve na coletiva de imprensa de lançamento de O Dono do Lugar, em que Djonga fez uma relação entre a masculinidade e as Eleições no Brasil em 2022.
Para o rapper, esse discurso foi apropriado erradamente pelo atual presidente, Jair Bolsonaro:
Pra mim, trazer um álbum que questiona a masculinidade já faz a gente questionar a eleição de Bolsonaro. Ele tem essa força toda muito pela construção dessa masculinidade esquisita. Inclusive, os pretos que fecham com esse cara e com essas ideias não conseguem perceber que a arma tá apontada é pra eles. E tem muito bolsonarista que ouve a gente. É o preço do Rap ter se tornado tão popular nos últimos tempos. A gente pode pelo menos promover uma reflexão nesses caras. Mas depois de tudo que aconteceu, é difícil acreditar que as pessoas têm noção.
Você pode assistir à declaração de Djonga clicando neste link.
Um das obras literárias mais importantes de todos os tempos, Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, inspirou a foto que estampa a capa do disco O Dono do Lugar, de Djonga.
O rapper viajou até Consuegra, cidade considerada um Patrimônio da Humanidade que fica a 70 quilômetros da capital espanhola, Madrid, e onde estão os moinhos originais descritos no livro.
Confira abaixo mais um belíssimo trabalho de Djonga, o disco O Dono do Lugar.