O Lollapalooza Brasil está prestes a anunciar mais um line-up. Essa prática já se tornou comum: as especulações tomam conta da internet nos meses anteriores, até que finalmente vem a revelação e, com ela, as comemorações de quem descobre que vai poder ver sua banda preferida no Brasil.
Pioneiro em trazer diversos artistas para o país, o Lolla ganhou aquele status onde as vendas já caminham bem mesmo sem o público saber quem é que vai se apresentar. Virou uma verdadeira experiência, que vai muito além dos artistas que compõem o sempre estrelado line-up, mas é claro que eles também são parte fundamental de tudo que acontece por ali.
Com a iminência de mais uma edição do festival, resolvemos relembrar todas as escalações passadas e montar um ranking desses line-ups. Em tempo, é claro que tudo isso envolve muita subjetividade e vale sempre ressaltar que todas as escalações até hoje se provaram excelentes — visto que sempre lotaram o local de realização do festival.
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Ranking dos Line-ups do Lollapalooza Brasil, do nono ao primeiro lugar
9Lolla 2016
A polêmica já começa logo por aqui, uma vez que o Lolla 2016 teve alguns dos headliners mais queridos da existência do festival: Eminem e Florence + The Machine foram as atrações principais deste ano, com destaque também para Mumford & Sons, Tame Impala, Jack Ü e Snoop Dogg.
A grande questão é que o cartaz foi montado com muitos nomes que já não estavam tão em alta na época, como os próprios Mumford & Sons e Jack Ü, além de outros como Of Monsters and Men e o polêmico Die Antwoord. Paradoxalmente, também recebeu artistas que viriam a se tornar muito maiores em shows que não fizeram jus ao seu tamanho — casos de Halsey e Twenty One Pilots, por exemplo.
O line-up nacional trouxe nomes interessantes que se destacavam naquele momento, como o Maglore, a Supercombo e até Karol Conká, que anos depois teria uma enorme projeção graças ao BBB.
8Lolla 2017
Apesar de ter escalado headliners de peso como Metallica e The Strokes, o Lolla 2017 não teve tanto sucesso quanto edições anteriores ao apostar em nomes que têm sucesso garantido fora do país mas não se traduzem tão bem por aqui, como é o caso de G-Eazy, Tegan and Sara, Jimmy Eat World e Silversun Pickups, ainda que os dois últimos sejam favoritos pessoais.
A própria presença do The xx como uma das principais atrações também ilustra isso, ainda que The Weeknd tenha sido uma aposta certeira. Por outro lado, o Duran Duran pareceu meio desconexo do restante do cartaz, assim como o Rancid — o que não significa que ambos não tenham feito bonito ao passar por aqui.
Outras apostas interessantes desse ano foram Glass Animals e Marshmello, que cresceriam muito nos anos seguintes, e a escalação nacional, que trouxe Criolo, Jaloo, Haikaiss, BaianaSystem e Céu entre os nomes de destaque.
7Lolla 2022
Em sua primeira edição pós-pandemia, o Lolla apostou em três headliners enormes para agradar o público: The Strokes, Miley Cyrus e Foo Fighters. É claro que a tragédia de Taylor Hawkins impediu o show dos Foos, mas estamos considerando aqui esse trio de respeito, ainda que os Strokes não tenham agradado a todos com seu show considerado fraco por muitos.
A escalação de Miley foi certeira, assim como a aposta em nomes que fogem um pouco da estética do festival como o A Day to Remember e o Alexisonfire, além do intrigante IDLES e da aposta sensacional no Turnstile, um dos pontos altos do cartaz.
Vale destacar ainda o ótimo line-up nacional, com shows de Pabllo Vittar, Emicida, Jão, Silva, Gloria Groove, Djonga, Terno Rei e tantos outros excelentes nomes, que ajudaram a compensar o fato de algumas escalações internacionais, como Jack Harlow, não terem agradado tanto.
6Lolla 2015
Muitas vezes, o Lolla é pensado para exaltar o que está em alta naquele momento. A edição de 2015 pode não ter envelhecido tão bem, mas na ocasião a escalação de Jack White e Pharrell Williams como headliners foi suficiente para levar muita, muita gente aos shows.
Não bastasse isso, o festival contou ainda com o lendário Robert Plant marcando presença, além do Smashing Pumpkins e de outras bandas que são a mais pura cara do evento, como Interpol, Foster the People, Kasabian e The Kooks.
Algumas das apostas não deram tão certo, como o KONGOS e o alt-j, mas outras viriam a ocupar lugares muito maiores no futuro — casos de Bastille, St. Vincent e até Childish Gambino. Já os nomes nacionais também agradaram, com o Rock marcando presença forte ao ceder bandas como O Terno, Scalene, Far From Alaska e Boogarins.
5Lolla 2012
A primeira edição do Lolla Brasil foi inesquecível e isso se deu não só pela entrada do festival no país mas também por uma escalação de peso, comandada por Foo Fighters e Arctic Monkeys que encheram o Jóquei Clube (saudades?).
Misturando doses ótimas de mainstream e alternativo, o primeiro Lolla contrastava bandas como TV On the Radio, Thievery Corporation e Gogol Bordello com nomes consagrados como MGMT, Joan Jett and the Blackhearts e Calvin Harris.
Além disso, teve uma escalação nacional de peso: O Rappa, Racionais MC’s, Pavilhão 9, Plebe Rude, Garage Fuzz, Marcelo Nova e Velhas Virgens levaram o clássico, enquanto outros como Black Drawing Chalks e Tipo Uísque mostravam o que havia de mais atual na cena brasileira.
4Lolla 2019
Mais pesado do que nunca em seus headliners, o Lolla 2019 chega a “assustar” quando olhamos apenas para os nomes principais: Arctic Monkeys, Tribalistas, Sam Smith, Kings of Leon, Post Malone, Lenny Kravitz, Kendrick Lamar e Twenty One Pilots.
Claro que isso acabou fazendo com que o restante da escalação não viesse com tanto peso, mas ainda assim teve muita coisa boa no último Lolla pré-pandemia. Nomes que já haviam passado pelo festival, como Foals, St. Vincent e Interpol, voltaram para shows talvez até mais especiais; enquanto isso, estreantes como Fever 333, Bring Me the Horizon, Jorja Smith e Snow Patrol foram gratas surpresas.
Os nomes nacionais, como sempre, foram muito bem escolhidos, balanceando o clássico (Gabriel, o Pensador; Autoramas), aqueles que voltavam ao festival depois de algum tempo (Scalene; Silva; Liniker e os Caramelows) e estreantes de peso (DUDA BEAT; Molho Negro).
3Lolla 2014
Muse, Arcade Fire, Soundgarden e Nine Inch Nails. Precisa dizer mais? Não precisa, mas como se não bastasse esse equilíbrio entre o Rock mais puxado para o Indie e o mais pesado, o Lolla 2014 também acertou em cheio nessa fórmula para o restante de sua escalação.
Prova disso é a presença de nomes contrastantes como Imagine Dragons e Pixies, além de Vampire Weekend e New Order, que se complementam e levam públicos diferentes ao festival para criar a verdadeira experiência Lolla.
A edição de 2014 ainda teve apostas certeiras como o Portugal. The Man, que voltaria bem maior anos depois, além do lendário Johnny Marr e do incrível Kid Cudi, isso sem nem citar Lorde. Nos nomes nacionais, se destacaram Nação Zumbi, Cone Crew Diretoria e Selvagens à Procura de Lei, em meio a tantas outras bandas ótimas.
2Lolla 2013
Depois de uma estreia que conquistou muita gente, o Lolla 2013 foi ambicioso. Estendendo o formato para três dias, algo que deixaria de acontecer no ano seguinte e voltaria apenas em 2018, o line-up contou com três headliners sensacionais: Pearl Jam, The Killers e The Black Keys.
Para além disso, as outras atrações são um verdadeiro time de estrelas, com nomes que vão de Queens of the Stone Age a Deadmau5, passando por A Perfect Circle, Franz Ferdinand, The Hives, Cake, Kaiser Chiefs e Two Door Cinema Club, unindo perfeitamente o Rock Alternativo, Indie e tantas outras vertentes do gênero.
Pra completar, uma escalação nacional fantástica liderada pelo Planet Hemp e completada por Criolo, Agridoce, Wannabe Jalva e tantos outros também vale destaque, além de apostas certeiras como Toro y Moi, Gary Clark Jr., Foals e até o icônico rapper Nas.
1Lolla 2018
Mesmo com tantos line-ups incríveis, vai ser difícil barrar a edição de 2018 do Lollapalooza Brasil. Cada dia teve pelo menos uma dupla de atrações fantásticas: Red Hot Chili Peppers e LCD Soundsystem no primeiro, Pearl Jam e Imagine Dragons no segundo e The Killers e Lana Del Rey no terceiro.
O restante do cartaz trouxe shows inesquecíveis que têm toda a cara do festival, como The National, Chance the Rapper, Royal Blood, Mac DeMarco, Anderson .Paak & The Free Nationals, Wiz Khalifa, Liam Gallagher, The Neighbourhood e muitos outros, isso sem contar com Tyler, the Creator, que cancelou sua passagem depois de ser escalado, e Mac Miller, que viria a falecer naquele mesmo ano.
2018 ainda teve excelentes apostas e atrações nacionais, incluindo Mano Brown, O Terno, Vanguart, Selvagens à Procura de Lei, Rincon Sapiência, Liniker e os Caramelows, Ventre, Tagore, Ego Kill Talent, Devochka, Francisco, el Hombre, BRAZA, Tropkillaz, Khalid, Spoon e David Byrne.
Será que 2023 vem pra superar?!
