Guitarrista do Slipknot critica Rage Against the Machine

Jim Root, guitarrista do Slipknot, deu uma entrevista recente e não fugiu de assuntos polêmicos.

A gente te falou por aqui sobre como ele declarou que não está plenamente satisfeito com o novo disco da banda, The End, So Far, mas as falas do músico foram além e chegaram até a temas como, por exemplo, a política. O assunto surgiu por conta das letras do novo álbum, que exploram o “momento cultural esquisito” que vivemos atualmente.

Conversando com a Music Radar (via Blabbermouth), Jim falou bastante sobre como acredita que o Rock e o Punk devem ser “anti-governo” e criticou o Rage Against the Machine por uma suposta hipocrisia, já que a banda — principalmente o guitarrista Tom Morello — foi bastante vocal com os pedidos para que as normas de proteção contra a COVID-19 fossem seguidas:

Tudo é tão bizarro e tão louco [neste momento], eu nem sei o que está acontecendo no mundo agora. Eu não poderia nem te dizer o que está acontecendo com a cultura, porque, por estar trancado por dois anos, e aí você sai e tudo está de cabeça pra baixo, é algo realmente… eu não entendo.

Eu achei que o Rock and Roll, e o Punk e o Metal e tudo mais, deveriam ser anti-governo e contra o homem, e agora tudo parece ser cada vez mais, tipo, ‘Obedeça!’ e faça as merdas que te mandam fazer, e isso me parece estar invertido. Eu não sei se eu sou o único que se sente assim. Eu na verdade não falei com ninguém da banda sobre isso, porque estamos só tentando passar por essas turnês, com o protocolo e as merdas de COVID e tudo mais.

Nós não paramos para conversar um com o outro sobre como estamos, como nos sentimos com o estado do mundo e tudo mais, mas quando eu ouço uma banda que dizia ‘Fuck you, I won’t do what you tell me’ [em referência a ‘Killing in the Name’, do Rage Against the Machine] me dizendo para fazer o que o governo me pede pra fazer, isso parece estar ao contrário pra mim.

Guitarrista do Slipknot critica conteúdo político

Como se não bastasse essa crítica, Root também detonou a quantidade de conteúdo sociopolítico que é produzido atualmente, ressaltando que percebe em seus shows que as pessoas só querem “desligar” e curtir a música:

Eu acho que as pessoas só estão cansadas e cheias pra caralho de conteúdo sociopolítico, porque você é simplesmente martelado com isso, não importa se é algo de notícias, um feed nas redes sociais ou qualquer merda assim. O que eu percebo, quando saímos para fazer shows, é que as pessoas simplesmente não ligam mais pra isso. As pessoas têm suas questões, e as pessoas têm coisas com as quais elas se preocupam. Sim, claro, e sempre terão. Mas na maior parte dos casos, as pessoas só querem desligar, sair e esquecer do mundo por um tempo, e elas querem se divertir.

Se identificou por aí ou nada a ver?

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