Em meio a tantas atrações do Rock in Rio, um espaço que merece destaque especial é a NAVE. A iniciativa do festival traz um line-up formado apenas por artistas da Amazônia, e terá o DJ paraense Will Love, que integrava o saudoso grupo Gang do Eletro, como “capitão”.
Will será o DJ residente do projeto, se apresentando durante os sete dias de evento que acontece entre 2 e 11 de Setembro. O espetáculo pode ser visto por qualquer pessoa que esteja na Cidade do Rock, e sem dúvida alguma vale tirar um tempo para conhecer esse espaço!
Em um papo exclusivo com o TMDQA!, Will aproveitou para contar um pouco mais sobre a sua trajetória por meio de um Top 5, onde selecionou cinco companheiros de profissão com trabalhos incríveis para você conhecer.
Confira abaixo!
DJ Waldo Squash é um cara que sempre admirei, que nasceu em Muaná/PA, que veio pra Belém e pela história que eu conheço muito só tenho admiração. Por ser um cara que desde pequeno nasceu na cultura da aparelhagem — o pai dele tinha uma aparelhagem, ele tocava em discotecas, festas de bailes da Saudade —, ele tem muita referência desde os anos 70. Ele tem uma identidade muito bacana que é o eletromelody, uma vertente do tecnobrega.
Eu tive a honra de conhecer o Waldo em Barcarena em 2010, conheci através de um amigo e fui parar na casa dele. Depois dessa conversa nasceu um projeto chamado Eletrohits junto com a Keila Gentil, nossa parceira do Gang do Eletro, e isso foi bem antes da Gang. Então, desde aí, o Waldo começou de fato a trabalhar o eletromelody. Minha admiração por ele é muito grande, um cara que já fez remix pros Pet Shop Boys e vários outros artistas, um cara que tem história e é referência pra mim com certeza.
DJ Méury já conheço desde 2013, quando ela ia a encontros de amigos músicos na casa do Maderito lá na Pratinha (bairro de Belém). A Méury vem lutando ainda nessa cena por um espaço que é bastante dominado por homens em Belém, e ela tem uma identidade muito forte que mistura o tecnobrega com o funk paulista. Ela criou essa vertente que se chama tecnofunk e trouxe um MC de São Paulo, que é o MC Dourado, e fez ele estourar no Pará através da produção musical dela. Sou fã demais da DJ Méury.
DJ Lorran vem da cena do tecnofunk (mistura de tecnobrega com funk) junto com a Méury, mas ele já puxa mais pro funk carioca. Um cara que sempre fortaleceu o tecnobrega, um cara que mora em Barcarena/PA, que produz em home studio de forma independente, que chama vários artistas pra produzir. Ele faz performances incríveis no palco, e estava com um projeto com o Kondzilla. Só vem crescendo no Pará.
Conheço o Mulú desde o início da Gang do Eletro, porque ele é velha guarda e muito
estourado tanto no Brasil quanto fora. Eu o conheci num festival de Belém, o Se Rasgum, e já tive a oportunidade de viajar com ele. Criamos uma amizade de trocar ideias e ser amigo mesmo. Ele também é DJ e produtor e também desenvolve um trabalho com a galera da periferia do Rio, mistura funk e samba. Admiro muito.
DJ João Brasil é um cara que conheci num evento da Alemanha que era uma festa
brasileira e tinha Gang do Eletro, Bonde do Rolê e João Brasil. É um DJ que representa a cultura do Brasil lá fora fazendo mash-ups com música internacional e as músicas que fizeram história no Brasil, e também mistura com funk e acaba inovando, como se fosse um resgate mais atual das obras que são marcantes no Brasil.