Ellen Jabour
Crédito: reprodução

Como te contamos aqui, Ellen Jabour entrou em polêmica no mês passado ao criticar manifestações políticas durante shows.

Após ser massacrada virtualmente e a poeira baixar, a modelo de 44 anos voltou a falar sobre o assunto nesta terça-feira (2) ao marcar presença na pré-estreia da série documental Rock in Rio – A História, no Rio de Janeiro.

Em entrevista ao UOL, Ellen classificou a própria postagem como um “tuíte infeliz” e afirmou que muitas pessoas não fizeram questão de tentar compreender a ideia que ela queria expressar:

Falei que não gosto quando os músicos falam de política. Usei a palavra ‘falam’ para dizer que não gosto quando eles param a música para falar do assunto. Não disse que não gosto quando cantam. Cantar política faz parte, quase toda banda faz isso. Quando eles [artistas] falam sobre política no show, o público já começa a olhar estranho um para o outro.

Nas redes sociais, Ellen já havia criticado o teor político das apresentações de Roger Waters, mais especificamente em show realizado em São Paulo em 2018.

Na época, o músico do Pink Floyd exibiu no telão a hashtag “#EleNão” em referência ao atual presidente Jair Bolsonaro. A manifestação, entre outras contrárias ao presidente, provocou vaias e aplausos na plateia, e, segundo Ellen, houve até agressão:

Numa dessas ocasiões, mostraram o pênis. Um rapaz colocou o pênis para fora e fez xixi numa menina do meu lado. Para você ver o nível de agressão. Todos que estavam comigo quiseram ir embora porque se tornou perigoso. Eu fiz aquela postagem como um alerta querendo dizer que ficarei muito triste se os shows se tornarem lugares perigosos.

Se haviam entendido ou não, a gente ressalta a importância de estimular o pensamento crítico seja em qual contexto for!

Ellen Jabour ainda espera que parem de falar de política

Apesar da enxurrada de críticas, Jabour parece não ter mudado de opinião e voltou a afirmar que espera que artistas de outros países parem de opinar sobre a política brasileira em suas apresentações por aqui:

Num show do Roger Waters, por exemplo, é esperado que ele cante política nas músicas e até que ele dê uma ‘espetadinha’ numa coisa ou outra. Mas fale da política dele, do país dele, não do nosso. Ele não sabe o que passamos aqui. Não acho que seja apropriado comentar algo que traz tanto ódio.

Ainda em conversa com a reportagem do UOL, a modelo disse que o artista precisa ter “responsabilidade ” ao conversar com uma plateia de 50 ou 100 mil pessoas:

O músico precisa ser um bom líder perante a plateia, e não colocar os outros em risco. As pessoas vão embora porque ficam com medo de uma rebelião. Você está no meio da
multidão. Fico com medo de nem sobreviver, ou ser espancada. Isso por conta da segmentação que a política causa. O show não é isso, é o momento de união das pessoas. Muita gente nem fala inglês, não sabe o que estão cantando. A melodia está no coração das pessoas. Você pode estar só sentindo a música e não exatamente concordando com cada palavra. Você interpreta do seu jeito a música, a fala não.

Ai, ai!

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