Måneskin no Coachella 2022
Reprodução/YouTube

“Nós só queremos dizer para toda a Europa, para todo o mundo: o Rock and Roll não morre nunca!”. Foi com essa frase que Damiano David, vocalista do Måneskin, recebeu o troféu de vencedor do Eurovision 2021 em um dia que mudaria para sempre a trajetória da banda italiana.

Se até então já circulava em diversos meios mais alternativos como uma promessa do Rock atual, naquele dia a banda se transformou em realidade mundialmente conhecida. Não à toa, vai se apresentar no Palco Mundo do Rock in Rio em 2022, logo antes do Guns N’ Roses no dia 8 de Setembro.

Mas, em meio a tudo isso e mesmo levando em conta que o grupo surgiu no programa com a faixa autoral “Zitti e buoni”, há um grande estigma por cima de tudo que a banda faz: o de ser um one-hit wonder, uma banda que só tem um sucesso. E, aliás, esse sucesso seria inclusive uma cover — de “Beggin’”, cujas origens a gente te explicou por aqui.

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Måneskin e o sucesso estrondoso de “Beggin’”

O estigma não é à toa. Lançada pelo Måneskin originalmente em 2017 no EP Chosen, a versão de “Beggin’” demorou para tomar o mundo mas o fez de uma forma que não era vista há muito tempo depois da vitória do Eurovision em 2021. O grande responsável por isso, claro, foi o TikTok.

Graças à trend que usava a canção dos italianos, “Beggin’” atingiu o primeiro lugar nas paradas de inúmeros países ao redor do mundo, incluindo Alemanha, Portugal e Holanda, e chegou ao top 5 em outros locais como Austrália, França e Suécia. Aqui no Brasil, a música também passou a ser instantaneamente reconhecida, até mesmo por aqueles que nem ouvem o Rock.

Por aí já seria capaz de dizer que o quarteto estava cumprindo seu papel — ou missão, melhor dizendo — conforme estabelecido por Damiano ao receber o troféu do Eurovision. Se a ideia era mostrar que o Rock não morre nunca, “Beggin’” fez justamente isso ao resgatar uma sonoridade clássica sob uma nova cara.

Mas o curioso é que eles resolveram não parar por aí e, por mais que muita gente ainda tenha dificuldade em entender isso, o Måneskin se recusa a ser um one-hit wonder.

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Os sucessos do Måneskin

Pra começo de conversa, o álbum Teatro d’ira Vol. I já havia tido sucesso antes mesmo do viral de “Beggin’”. Como falamos acima, “Zitti e buoni” foi um tremendo hit e outras faixas, como “I Wanna Be Your Slave”, também conquistaram bastante notoriedade e foram capazes de mostrar um pouco mais da capacidade do grupo.

Mas a boa notícia é que o Måneskin segue inovando, criando, ousando e lançando novas músicas que abraçam o Rock and Roll de uma maneira que vinha se perdendo. Com um teor sensual e, ao mesmo tempo, clássico, a banda italiana lançou em 2021 o single “MAMMAMIA” e, em 2022, “SUPERMODEL”.

As duas canções atingiram boas posições nas paradas mundiais e evidenciam que o material está ali, basta o “fã” preconceituoso querer ir atrás de conhecer mais do repertório da banda, que definitivamente não se mostra presa ao sucesso do seu maior hit e parece totalmente disposta a explorar novas direções.

Por isso, se você estava esperando que o show do quarteto no Rock in Rio fosse uma eterna repetição de “Beggin’”, é melhor tirar o cavalinho da chuva e ir estudar — você vai nos agradecer depois.

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Måneskin e Elvis

Em tempo, de forma quase poética para simbolizar os ciclos do Rock, a banda renovou ainda mais a sua importância para o cenário atual da música ao participar da trilha sonora do filme Elvis.

A releitura feita pelo grupo de “If I Can Dream”, canção originalmente lançada em 1968 por Elvis Presley, é um dos grandes destaques da ótima trilha sonora do longa estrelado por Austin Butler e Tom Hanks. E, novamente, este é apenas o começo de uma caminhada que tem tudo para ser duradoura e cheia de frutos.

Viva o Måneskin!

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