McFly
Divulgação

O McFly deixou o Brasil já com vontade de voltar.

Sem esconder o entusiasmo e o carinho pelo país, a banda de pop rock foi um verdadeiro evento em sua passagem pelo território nacional, acessível aos fãs e promovendo “pocket shows” até mesmo em portas de hotel. Entre tantas memórias, o quarteto chegou a sentar com o TMDQA! e comentar um pouco sobre o mais novo álbum de estúdio que está por vir, além de soltar alguns spoilers.

“Acho que a gente não tenta levantar expectativas sobre os nossos álbuns”, comenta o baterista Harry Judd durante o bate-papo. “Nós temos bastante confiança e acho que foi bastante confortável escrever essas últimas músicas.”

“Sim, eu não acho que colocamos mais tanta pressão em nós”, adiciona o vocalista e guitarrista Danny Jones. “Nós apenas queremos garantir que vamos aproveitar a experiência.”

Vivendo a melhor fase de sua carreira, o McFly esclarece que o mais importante nisso tudo é se divertir durante o processo. “Acho que depois de tantos anos fazendo isso, o que importa é estar todo mundo animado e na mesma página, trabalhando criativamente e sentir o entusiasmo e a inspiração juntos”, complementa o baterista.

Ele continua: “É claro que [a parte burocrática] existe, você tem que sair e promover esse trabalho. Você sobe num palco, toca aquelas músicas e mal pode esperar para todo mundo ouvir e cantar junto. E então você se orgulha do que você fez, e eu acho que é exatamente isso que nós conquistamos nessas músicas que estão por vir.”

Influências novas

Com Young Dumb Thrills lançado em 2020, o próximo trabalho do McFly traz fortes influências do período de isolamento social, em que os integrantes tiveram tempo para serem criativos e voltar para suas raízes musicais e inspiracionais.

“Vocês conseguem as informações muito rápido, não?!”, indaga Judd quando questionado sobre as influências dos anos 80 para o próximo disco do McFly, conforme revelado no programa The Noite com Danilo Gentili, com todos dando risada logo em seguida.

O baixista Dougie Poynter logo complementa: “Rock dos anos 1970, rock dos anos 1980… Muito do que estava acontecendo naquela época quando o rock dominava as paradas musicais”, explica.

Ele continua, revelando algumas das influências específicas para o novo disco: “Muito Van Halen, Rush… tem uma música que é bastante ‘McFly encontra Rush’, Weezer… que não é tão anos 1980 mas tem um pouco de grunge”, explica. “Tem muitas guitarras, muitas bases com guitarras.”

Questionados sobre ouvir bastante música oitentista durante a pandemia, Harry responde:

Nós redescobrimos um amor por isso. Eu particularmente senti que tivemos um timing certo pra isso porque nós sempre tivemos uma batalha interna do tipo ‘onde encaixaremos as guitarras aqui?’, especialmente falando num lado comercial no Reino Unido.

Judd continua: “Nós somos pop mas funcionamos como uma banda de rock, então trazer as guitarras é como se estivéssemos nos trazendo de volta também.”

O impacto do rock no mainstream

Ainda falando sobre guitarras e o retorno do peso em músicas atuais, Danny menciona que tem observado muito desse movimento em artistas novos:

Shawn Mendes, YUNGBLUD… eles têm trazido um pouco de guitarra para suas músicas e tem também bandas como Turnstile ficando mais conhecidas. Então, sabe… nós caímos nisso como se estivéssemos descobrindo essas coisas de novo, tipo, quando eu comecei, eu costumava tocar covers do Bon Jovi, Guns n’ Roses… Redescobrimos um amor por isso, de novo.

Dougie adiciona, mencionando que, para o novo disco, a banda teve a oportunidade de pegar “seu primeiro estúdio como banda” e se apaixonar pela produção do trabalho. “Pudemos tocar essas músicas e compor, e tudo saiu de forma bem orgânica”, conta. “Parecia como se estivéssemos gravando nosso primeiro álbum de rock, nos anos 1980. É incrível.”

Danny complementa:

Não há nenhum tipo de truque de produção. É como se cada pequena nota fosse feita em uma guitarra, vocal ou bateria. Há até uma música que gravamos e que é até hoje a base de todas as músicas.

Ele pausa, e enfim adiciona: “Realmente, sim, foi um começo [para nós].”

McFly no Brasil

Passando duas semanas inteiras em terras brasileiras e, de quebra, ainda surpreendendo numa aparição pra lá de especial no show da Fresno no Rio de Janeiro, o McFly foi embora do Brasil já com muita vontade de voltar em 2023, logo após o lançamento do novo álbum de estúdio.

Os shows no Brasil estavam marcados em 2019 e tiveram de ser cancelados por conta da pandemia de COVID-19. Em 2022, a banda enfim os realizou e passou pelas cidades de São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Ribeirão Preto e Rio de Janeiro, sendo muito bem recebida pelos fãs em cada uma das ocasiões.

“É incrível, sabe”, finaliza Harry Judd durante o bate-papo. “Mesmo depois de 10 anos, ainda ter essa recepção no aeroporto, hotéis. É um sentimento maravilhoso.” Que voltem logo!

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