Johnny Depp
Foto de Johnny Depp via Shutterstock

Um estudo recente realizado pelo TickPick segue trazendo insights bem interessantes sobre a indústria da música e, principalmente, sobre a tão falada “cultura do cancelamento” que tem virado uma parte tão integral de nossas discussões diárias, ainda mais nos últimos dias com o julgamento de Johnny Depp e Amber Heard tão em pauta.

De acordo com os dados obtidos pela pesquisa, a maioria dos fãs de música (52%), independente de quais gêneros musicais estejamos considerando, acreditam que essa tal cultura foi longe demais e querem que ela deveria simplesmente acabar. Do total de entrevistados, apenas 20% defendem a cultura do cancelamento com unhas e dentes.

Somando-se a isso, a pesquisa detalha quais são os “panos” passados pelos fãs de música. 64% dos entrevistados, por exemplo, acredita que não há problema em voltar a apoiar um artista que tenha corrigido seus erros. Não há detalhes sobre como isso deve ser feito, mas 53% acreditam que um pedido de desculpas público é suficiente para perdoar as celebridades.

Mais ainda, 45% acreditam que, caso o incidente tenha acontecido há bastante tempo, não há sentido em cancelar alguém, e 37% acham que a solução é reverter alguma quantia para caridade, voltando a consumir a arte daquela pessoa após isso. Surpreendentemente, apenas 3% acreditam que os atos “canceláveis”, sejam eles do passado ou do presente, são simplesmente imperdoáveis.

Pesquisa mostra opinião de fãs de música sobre cultura do cancelamento

Entrando em mais detalhes, a gente já te falou aqui sobre como os fãs de Indie Rock são os mais lenientes quando o assunto é cancelamento. Ainda que sejam maioria, apenas 52% dos fãs do gênero acreditam que é impossível separar a arte do artista, sugerindo que boa parte desses consumidores não vê problema em continuar ouvindo, por exemplo, o polêmico Morrissey.

De forma curiosa, no entanto, são os mesmos fãs de Indie Rock que mais acreditam na cultura do cancelamento. De acordo com a pesquisa, os consumidores do gênero têm muita fé nessa medida, ao contrário de fãs de K-Pop e EDM que são os que mais pedem o fim dessa prática.

Por fim, vale a pena ressaltar que 61% dos entrevistados da pesquisa são Millennials, o que pode ter um efeito significativo na opinião sobre cultura do cancelamento. A Geração Z, que é mais conhecida por realizar essa prática e ser menos permissiva com artistas que têm históricos complicados, está representada em minoria por aqui; 23% dos entrevistados são da Geração X, 10% são Boomers e a geração mais recente está junto com as outras com apenas 6% dos representantes.

Em tempo, houve equilíbrio de gênero na pesquisa: 53% dos entrevistados se identificam como homens, enquanto 45% se identificam como mulheres, 1% como não-binários e 1% se recusaram a responder.

E você, o que pensa sobre tudo isso?

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