Yungblud: capa alternativa do disco autointitulado
Foto: Geffen Records

Foi em 2019 que o mundo pôde conhecer quem de fato era YUNGBLUD. Numa parceria com Halsey Travis Barker, o cantor mostrava ao público o que é hoje um representante do rock e pop mainstream da Geração Z. Multi-instrumentista, ele já possui três discos de estúdio lançados desde 2018 e, agora, prepara-se para lançar o terceiro, que leva nada menos que seu próprio nome artístico.

E, em 2022, não há nada melhor para explicar quem é Dominic Harrison senão YUNGBLUD. Para isso, o cantor utilizou, nos últimos tempos, as redes sociais para dialogar (e questionar) sobre quem de fato é essa persona criada no universo criativo do músico de 24 anos.

Descrito pelo cantor, o pseudônimo é, na realidade, como um estado mental que quase transcende ao espiritual. “YUNGBLUD não sou eu”, revela em entrevista ao TMDQA!. “Eu acho que é exatamente isso que os shows do YUNGBLUD são. Um movimento, um estado mental em que eu me encontro quando posso fazer shows e performances.”

Ele continua:

Se eu te dissesse qual é a coisa mais única de um show de YUNGBLUD, não é o que está acontecendo no palco e sim o que está acontecendo na plateia. A conexão, o amor, a aceitação, a cultura, o sentimento de família. É sobre isso. Para mim, sempre foi sobre isso. Eu só quis encontrar uma família e quando estou tocando todas as noites, estou com eles e eles comigo.

Sob a tarefa de “advogar pelos excluídos, estranhos e marginalizados”, Dominic não deixa dúvidas quando questionado se criou essa persona para representar e até mesmo conversar sobre sentimentos, dores e processos emocionais que seus fãs podem estar passando. A ideia sempre foi derrubar barreiras para gerar identificação do público e, para ele, “YUNGBLUD é um convite para encontrar a si mesmo”:

É sobre se proteger de pessoas que nunca quiseram te entender em primeiro lugar porque elas não possuem a imaginação ou a coragem de fazê-lo. É uma comunidade de amor.

Pandemia e o próximo álbum

Visto que weird! foi lançado no auge da pandemia de COVID-19, em meados de 2020, o disco auto-intitulado chega justamente carregando todo o processo criativo realizado no isolamento social. Para Dominic, o período lhe deu tempo para criar um disco que ele descreve como “a body of work”, expressão que ele usa para referir-se à entrega total ao trabalho em questão.

“É coeso a ponto de… eu cantar sobre coisas que me deixaram enfurecido, que me machucavam”, revela. “Histórias foram ouvidas, mas agora eu posso criar uma imagem, um mundo para eu mergulhar”. Ele explica:

Acho que é o disco mais pessoal até agora, o que eu não achava que fosse possível. Todos eles foram muito pessoais, e há várias colaborações nele. Mas esse será o mais identificável porque mesmo que pareça ser sobre mim, é sobre todo mundo porque eu acredito que se eu senti algo, outras pessoas podem ter sentido também.

No início do mês, o britânico lançou a faixa “Memories”, com a participação especial de WILLOW. Presente no disco, a canção fala sobre deixar de lado os traumas e expressá-los ao mundo. “Há algo de libertador em transformar memórias dolorosas do seu passado em lições para o seu futuro”, comentou o cantor na época do lançamento.

Colaborações em YUNGBLUD

Uma vez que o cantor hoje se encontra numa bolha de artistas do mainstream que surfam na onda do “pop punk revival”, como Machine Gun Kelly, a já citada WILLOW e outros nomes, YUNGBLUD falou conosco também sobre parcerias que fujam do esperado no próximo disco.

Questionado se pretende utilizar a influência que possui hoje e o peso que seu nome tem no cenário atual para introduzir artistas menores na cena, o cantor responde: “Sim, há uma colaboração com um nome iniciante.”

Ele pausa, e decide soltar um spoiler exclusivo: “E ela é incrível.” Quem será?!

Retorno ao Brasil

Vale lembrar, ainda, que o artista foi um dos nomes presentes no lineup do Lollapalooza Brasil em 2020 que acabaram sendo cortados para a edição de 2022. Ele se recorda muito bem do anúncio, mas tranquiliza os fãs brasileiros quanto a shows no país:

Eu tenho [planos]. Estarei no Brasil muito, muito em breve. Prometo que em 2023 eu vou até o Brasil e estarei fazendo shows, após o lançamento do álbum.

Ele ainda pontua: “Preparem-se, vai ser irado.”

YUNGBLUD

Na última terça-feira (17), o cantor anunciou oficialmente o lançamento de seu próximo disco de estúdio ao mundo. Intitulado YUNGBLUD, o trabalho chega a todas as plataformas digitais no dia 2 de setembro, com pré-vendas físicas podendo ser realizadas por meio do site oficial da Universal Music.

Tudo até este momento foi uma explosão completa de expressão sem censura, onde eu apenas disse a verdade e cantei sobre o que senti naquele exato momento. A diferença aqui é que eu pensei e senti esse disco muito profundamente. Eu fui para uma parte de mim que eu não sabia que estava lá. Estudei, mergulhei na emoção, tentei resolver a equação e encontrei uma resposta (pelo menos por enquanto) do amor à dor, da adoração ao abandono, do riso à traição. Minha mensagem é a mesma, sempre será; vou continuar a ser nada além de mim mesmo e encorajar os outros a fazerem o mesmo. Simplesmente não há outra opção. Espero que forneça à minha linda família que me acompanhou ao longo desta jornada respostas sobre si mesmos, mas também perguntas e desafios, e o mais importante, espero que os encha de amor. Vocês me forneceram um antídoto para o vazio e a solidão que senti no passado. Vocês me deram voz. Então, aqui vai a minha história. Por que eu o chamei de “YUNGBLUD”? Porque nada na minha vida fez mais sentido.

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