Toro y Moi
Foto: Reprodução / toroymoi.com

MAHAL é o novo álbum de inéditas do cantor, compositor e multi-instrumentista norte-americano Toro y Moi. O disco, que sai pelo selo Dead Oceans, traz à tona a essência psicodélica dos antigos registros do artista e evidencia suas habilidades como produtor.

Para quem acompanha a carreira do músico, em questão de sonoridade, o registro não traz grandes inovações. Em entrevista recente à Stereogum, Toro y Moi aponta que o novo trabalho reforça a sua dedicação ao rock psicodélico, enquanto os maiores desafios e novidades ficaram para as letras:

Em termos de composição, musicalmente, é um retorno à forma para mim. Fazer uma música de rock com linhas de baixo divertidas e partes de guitarra, isso é inato. O desafio para mim foi a letra e apenas sair dessa fase introvertida, de quarentena, para refletir os tempos atuais, mas também me colocar lá fora. É aí que está o suco de fresco para este disco.

Em seus quase 15 anos em atividade, Chez Bear, idealizador do projeto, vem transitando por diferentes estilos, mas sempre mantendo a aura lisérgica que abrilhanta seus lançamentos.

MAHAL sucede o dançante Outer Peace (2019) e conta com 13 faixas, incluindo os singles “Postman“, “Magazine” com Salami Rose Joe Louis, e “The Loop“. O álbum ainda traz participações de Unknown Mortal Orchestra (“The Medium“), Sofie Royer (“Clarity“) e The Mattson 2 (“Millennium“).

Melody’s Echo Chamber

Melody's Echo Chamber
Foto por Diane Sagnier

Melody’s Echo Chamber está de volta com seu terceiro e novo álbum de estúdio. Intitulado Emotional Eternal, o disco aponta para o pop psicodélico setentista e traz letras que alternam entre o inglês e o seu francês nativo.

O objetivo do projeto encabeçado pela francesa Melody Prochet é que o ouvinte encontre sua felicidade enquanto a artista busca a dela. O novo registro chega com essa atmosfera cativante, é mais suave, mais seguro e mais fundamentado. Em comunicado à imprensa, Prochet declara:

Espero que o disco tenha essa qualidade edificante. Eu queria ser mais fundamentada e consciente durante o processo. Conduzi as sessões com simplicidade – um contraste com o maximalismo de ‘Bon Voyage’ (2018) e o deserto de meus delírios. Tomei algumas decisões e mudanças grandes e impactantes na minha vida. Levou-me para onde é pacífico, e acho que o registro reflete isso. É mais direto.

Em Emotional Eternal, Reine Fiske (Dungen), que produziu o álbum Bon Voyage, retorna ao posto. O disco, lançado pela Domino, encanta pelo cuidado e pela atenção dados aos arranjos, melodias e vozes. A arte pode nascer de conflitos, mas este é um álbum para e sobre abraçar o conforto.

Bank Myna

Bank Myna
Foto por Alain Delvare

Arquitetando um universo único, a banda parisiense Bank Myna lança o seu álbum de estreia, Volaverunt. No disco, o grupo mistura dark post-rock, drone, experimentos sonoros e incursões que se aproximam do doom metal.

Progressiva, intensa, dividida entre sombra e luz, a música da Bank Myna oferece estruturas livres dentro das quais os sons são amplos, profundos e o jogo de texturas permanente. Vocais estáticos levam a movimentos lentos antes de deixar o espaço sonoro rasgar sob feedbacks de baixo e guitarra.

O grupo completa a sua instrumentação com violino e dispositivos experimentais, como sinos de relógio e caixas de ruído, a fim de dar nova atmosfera às suas longas faixas improvisadas. O resultado é um caos organizado onde se alternam sons distorcidos e devaneios. Volaverunt é um álbum monocromático, composto de uma só vez e baseado em uma única trilha sonora.

O disco traz influências de nomes como Godspeed You! Black Emperor, Anna von Hausswolff, Big Brave e Swans e, além do lançamento digital, ganhou também versão em vinil. A realização veio da união de 5 selos franceses: Araki Records, A La Dérive Records, Stellar Frequencies, Duality Records e Cold Dark Matter Records.

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