COUT, Jato Jambu e Zeit
COUT (à esquerda), Jato Jambu (à direita) e Zeit (em cima)

“Plural” é uma palavra que define bem o Brasil. Somos o 5º maior país do mundo e o 6º com a maior população, e servimos de palco para uma ampla diversidade de produções artísticas e culturais. Ritmos, danças e cantos se derivam da pluralidade de povos que compõem o nosso território.

Somos, essencialmente, diversos. Mas, infelizmente, ainda nos fechamos em bolhas. A ideia de “mainstream” se limita ao que acontece no sudeste, principalmente na grande capital paulista, enquanto às outras regiões sobra o “regional”, o “exótico”.

Com a ajuda do músico, compositor e produtor paraense Giovanni Zeit, hoje viemos jogar luz na cena do rock alternativo do Pará, onde bandas e músicos de Belém se reuniram em um coletivo e passaram a compartilhar de suas principais habilidades como forma de impulsionar a música feita no norte do Brasil.

Eu considero que somos artistas sobreviventes nessa distopia pós-apocalíptica que se tornou o Brasil, lutando pra seguir fazendo arte em meio a uma pandemia mundial e sob os domínios de um governo genocida. Vivemos pela música, mas nossos planos são poder, enfim, viver dela e assim seguirmos produzindo.

A cena rock alternativo do Pará

COUT, Jato Jambu e Zeit são três ótimas novas bandas que vêm fomentando uma cena rock alternativo na capital paraense. Trata-se de um grupo de artistas independentes que se uniram e estão enriquecendo esse movimento que resgata a estética do rock anos 2000 e do emo.

Envolvidos em todas as etapas dos lançamentos, desde o processo criativo, executivo e marketing, os músicos fazem parte de um ecossistema, onde cada um executa uma ou mais funções para que possam entregar músicas, clipes e shows de qualidade para o público, conta Giovanni:

A sina de artista independente é naturalmente mais difícil e esse caminho se fecha ainda mais quando se trata de artistas situados no norte do país — ‘o corre é sempre dobrado’. Por isso essa união de artistas em prol do crescimento dessa cena se torna fundamental.

Assim nasceu a Ostoga Produções, uma produtora de eventos voltada pro cenário autoral paraense, focada no nicho rock e underground, propondo eventos que não se resumem apenas aos shows, mas que tragam também foco na experiência do público, permitindo a troca de ideias, maior proximidade com as bandas, além de promover o networking, o que aquece ainda mais a produção cultural da cidade.

Giovanni Zeit conta que Belém possui um mercado bastante aberto para a música autoral e independente. A cena musical paraense é muito viva e fértil, em diversos ramos e estilos, desde a música tradicionalmente exportada de lá e que já caiu nas graças do grande público, quanto nas esferas do rock alternativo, do hip-hop e da MPB, que trazem a esses estilos o tempero que somente o Pará pode acrescentar:

Pouco se ouve dizer sobre esse movimento fora do nosso estado, essa relação de marginalidade é histórica e ainda seguimos lutando para estourar essa bolha. Por isso nos unimos e continuamos com um único objetivo, levar a música paraense para o topo, incentivando ainda mais a produção cultural do nosso estado que é muito rica e merecesse ser ouvida!

Então, vamos ouvir…

COUT – Rock Alternativo / Dirty Rock

COUT
Foto por Lucas Pinto

O duo de rock amazônico COUT brinca com riffs de guitarra carregados de distorção e grooves de bateria que se unem ao sotaque paraense vindo do carimbó e da guitarrada.

Formado por Raíssa Coutinho (guitarra e voz) e Gabriel Pinheiro (bateria), a banda, que nasceu em Belém do Pará no ano de 2016, tem influências de Royal Blood, Cleopatrick e Molho Negro, e busca levar muita energia e piração nos arranjos das músicas e, principalmente, na experiência de show.

COUT, que já acumula mais de 60 apresentações pela capital e um festival próprio, chamado Noite Ostoga, lançou no último dia 08 de Abril o seu segundo EP, Remsem. O trabalho, que você pode curtir no player abaixo, reúne 5 músicas e já se encontra disponível nas principais plataformas de streaming.

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Jato Jambu – Rock Alternativo / Garage Rock

Jato Jambu
Foto por João Victor Soares

Influenciada por bandas do rock e do movimento punk dos anos 90/2000, a banda Jato Jambu leva uma sonoridade suja ao melhor estilo rock de garagem para os palcos paraenses.

Formado por Pedro Cordeiro (vocal e baixo), Lucas Costa (guitarra), Gustavo Iketani (backing vocal e guitarra) e Aline Morrison (backing vocal e bateria), o grupo traz em suas letras uma reflexão de problemas do cotidiano, como a ansiedade, os conflitos interpessoais e o amor.

A Jato Jambu traz na bagagem os singles “Estepe” e “Turbulência“, sendo que este segundo chegou às plataformas digitais no último dia 05 de Abril. Um som fresquinho que você confere logo abaixo!

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Zeit – Pop Rock / Pop Alternativo

Zeit
Foto por Tuyuka Lara

Apresentando uma sonoridade que busca mesclar o rock de garagem com ska e reggae, a Zeit é uma banda de pop alternativo que tem como proposta imprimir um astral vibrante nas músicas.

Com letras cheias de sentimentos, seja nos shows ou em estúdio, a Zeit procura sempre oferecer uma experiência leve, pra cima, com músicas que soam como um abraço.

Formada por Giovanni Zeit (vocal), Melly Rossas (bateria), Raíssa Coutinho (guitarra) e Daniel Frazão (baixo), a banda já lançou 5 singles e 1 EP, chamado Universos Anormais, além de 2 clipes e 3 sessions ao vivo. A novidade mais recente é o single “Serena”, que chegou acompanhado por um visualizer no YouTube. Ouça a seguir.

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