Igor Cavalera, ex-baterista do Sepultura
Foto via Wikimedia Commons

Igor Cavalera pode ter saído do Sepultura há quinze anos mas, mesmo após tanto tempo longe da formação oficial, o baterista não deixa de olhar com carinho para a banda.

Prestes a entrar em turnê com o irmão Max Cavalera para tocar os álbuns Beneath The Remains e Arise, o músico conversou com a Ghost Cult Magazine (via Blabbermouth) e trouxe falas emocionantes sobre o início de sua carreira. Logo de cara, por exemplo, ele afirmou:

Sinto muito orgulho que esses discos ainda sejam relevantes para muitas pessoas, inclusive para mim. Eu realmente gosto destes discos e tocá-los ao vivo é um prazer porque gosto muito de fazer música com meu irmão, gosto muito da conexão que temos, da química que temos quando tocamos ao vivo.

Ter a chance de fazer isso, para mim, é muito especial, e eu realmente aprecio isso. Eu sei que há muitos irmãos [músicos] por aí que nem estão aqui, como os irmãos Abbott do Pantera, ou mesmo alguém como Eddie Van Halen… então o fato de eu ainda ter meu irmão para fazer essas coisas junto, me sinto muito sortudo por ainda poder sair e tocar com ele.

A turnê que celebra o terceiro e quarto discos do Sepultura, de 1989 e 1991, foi iniciada originalmente em 2018. No entanto, quando Max revelou que planejava levar os shows para os Estados Unidos, a pandemia de COVID-19 acabou interrompendo os planos.

Em uma entrevista de 2018 com o Wall Of Sound, o fundador do Sepultura declarou a importância de revisitar esses dois discos, especificamente:

Estamos em um bom lugar, e nossa irmandade é muito boa, estamos apenas nos divertindo com essas músicas… Há uma energia, uma agressividade, uma paixão real nessas músicas que se traduzem em pessoas perdendo suas mentes quando as ouvem.

Ele finaliza: “É apenas o poder da música.”

A saída dos irmãos Cavalera do Sepultura

Max deixou o Sepultura em 1996 por diferenças artísticas. Na época, o músico falou com a Roadie Crew e revelou ter ficado muito mal com a situação toda:

Os primeiros três meses foram uma depressão total. Eu não queria tocar, estava muito desapontado com a coisa toda. É como se você trabalhasse toda a sua vida para chegar no seu objetivo, e depois, sabe, eu não tinha mais a banda. Eu me senti desolado, totalmente sem esperança.

As pessoas me ajudaram a virar o jogo. Eu tive encorajamento de pessoas como o Ozzy [Osbourne] – nós tivemos um jantar na casa dele, e ele foi muito legal em dizer: ‘Você tem que ficar de pé de novo.’ E a Gloria [Cavalera] também foi [de importância] enorme, realmente me ajudando… praticamente me fazendo voltar e escrever mais.

Já seu irmão, Igor, deixou a banda somente em 2006 pelo mesmo motivo. O fato ocorreu cinco meses depois que ele anunciou que estava dando um tempo nas turnês do Sepultura para passar um tempo com sua segunda esposa e seu filho, que nasceu em janeiro do mesmo ano.

A atual formação do Sepultura conta com o guitarrista Andreas Kisser, o baixista Paulo Xisto Pinto Jr., o vocalista Derrick Green e Eloy Casagrande na bateria.

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