Notícias

Matuê lidera multidão e mostra força poderosa do Trap no Lollapalooza Brasil

“Tuê, cadê você, eu vim aqui só pra te ver!”

Não precisava conhecer o artista que subiria ao Palco Adidas no Lollapalooza Brasil 2022 para saber que Matuê é uma figura querida por milhares no Brasil inteiro.

Advertising
Advertising

Um dos nomes mais importantes do Trap na atualidade, o músico cearense teve seu show marcado para as 14:45 e conseguiu a proeza de arrastar uma multidão imensa até o Autódromo de Interlagos em plena sexta-feira, o que é pra lá de louvável.

Quando começou o show, o que se viu (e ouviu) foram diversos jovens cantando as músicas de Matuê a plenos pulmões e mostrando que ele poderia facilmente tocar em um horário posterior e teria seu show aclamado.

Matuê no Lollapalooza Brasil

O Trap é um dos estilos mais populares no mundo todo e talvez Matuê tenha sido o artista brasileiro que mais conseguiu incorporar os elementos do subgênero do Rap ao seu som.

Isso ficou bem claro em “Máquina do Tempo”, que começou o set e apresentou as armas do cara: versos e rimas sobre relacionamentos, drogas e outras coisas, além de batidas que misturam peso e melodia para criar uma base sonora interessante.

Outras canções como “Mantém”, “É Sal” e “Banco” apareceram no set, e todas elas traziam a combinação que conquistou o público logo no início, falando sobre assuntos como a maconha, sexo e sempre se conectando com o público jovem no som e na estética.

Antes de apresentar “Antes”, ele disse que durante a pandemia sempre sonhou com o momento em que finalmente poderia se apresentar novamente para uma grande multidão, o que aconteceu ali.

A celebração veio com “Anos Luz” e o final foi se encaminhando com “Quer Voar” e seus trechos como “Queimando gasolina, ah-yah / Famoso comedor de prima, ah-yah / Sexo encanta, sorriso me hipnotiza-iza / Sempre quis fuder a sua brisa.”

Chorão e a Conexão com o Passado

Na entrevista da transmissão, Matuê disse que a ideia principal era apresentar seu som e suas influências, falando sobre Skate, Rap e citando Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr. que foi mostrado no telão no início da apresentação e que teve um discurso apresentado por lá.

Ao se conectar com o saudoso músico, fica claro que a molecada criando os novos sons está bebendo em fontes que nem percebíamos que já lançaram músicas e discos icônicos há tanto tempo.

Mais que isso, está misturando traços do Rock e do Rap de décadas atrás para fazer a sua própria versão desses gêneros. Amando ou não sendo lá muito fã, ela está se conectando com públicos imensos e o sucesso do explosivo show de Matuê deixou tudo bem claro.

Published by
Tony Aiex