Graham Nash, Joe Rogan e Neil Young
Fotos via Wikimedia Commons e Divulgação

Graham Nash, ex-companheiro de banda de Neil Young no lendário Crosby, Stills, Nash & Young, é mais um a se juntar ao cantor em debandada do Spotify.

O assunto tem estado em alta nas últimas semanas depois que Young resolveu sair da plataforma por conta da desinformação descarada sobre a COVID-19 promovida por lá através do podcast de Joe Rogan, que tem um contrato de exclusividade com a empresa de streaming no valor de US$100 milhões.

Mesmo depois de uma medida da plataforma, que foi vista como algo de fachada pela maioria dos que se posicionam contra Rogan, Nash divulgou um comunicado apoiando a decisão de Neil e seguindo seus passos. Ele escreve:

Tendo ouvido a desinformação sobre COVID espalhada por Joe Rogan no Spotify, eu concordo completamente e apoio meu amigo Neil Young e estou pedindo para que minhas gravações solo sejam removidas do serviço.

Há uma diferença entre estar aberto a pontos de vista diferentes em uma questão e sabidamente espalhar informações falsas, as quais 270 profissionais da medicina julgaram não apenas como falsas mas também como perigosas.

Este último trecho, naturalmente, é uma referência à carta assinada por diversos médicos que pedia justamente uma intervenção do Spotify por conta das informações perigosas espalhadas no podcast; por lá, Rogan chegou até a comparar a possível obrigatoriedade da vacinação ao nazismo.

Ainda em seu comunicado, Graham Nash completou:

Da mesma forma, há uma diferença entre a má informação, na qual uma pessoa não tem ciência de que está falando algo que é falso, versus a desinformação que é sabidamente falsa e tem a intenção de enganar e levar a opinião pública para outro lado.

As opiniões tornadas públicas por Rogan são tão desonestas e sem apoio de fatos concretos que o Spotify se torna complacente de uma forma que custa vidas de pessoas.

Vale lembrar que, entre todos os integrantes do CSNY, só Stephen Stills ainda não se pronunciou sobre o caso. David Crosby também declarou apoio ao colega de banda, mas explicou aos fãs que “não tem mais controle” sobre suas músicas, ou já teria retirado as faixas do serviço em apoio a Neil.

Neil Young, Joe Rogan e Spotify

Além de companheiros de banda, outros nomes da música também se juntaram a Neil Young no protesto. A mais notável foi Joni Mitchell, lenda da música canadense, como te explicamos por aqui.

No entanto, até a família real britânica entrou na discussão e o sempre bem-humorado James Blunt brincou que, ao invés de retirar sua músicas, lançará novas canções por lá caso nada seja feito.

Em tempo, vale ressaltar que menos de 24 horas depois de pedir desculpas por toda a confusão, Joe Rogan voltou a usar o Twitter para defender o uso da (comprovadamente ineficaz) ivermectina.

A publicação em questão fazia referência a um estudo japonês que encontrou a mesma informação já disponível anteriormente, mas desta vez para a variante Ômicron: em um tubo de ensaio, a droga possui “efeito antiviral”. Nos humanos, entretanto, esse efeito não foi observado, como é bastante comum em testes.

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