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Os 50 Melhores Discos Internacionais de 2021

2021 foi mais um ano em que o mundo todo foi testado.

A pandemia não acabou, os conflitos políticos e sociais continuam aí e parece que, cada vez mais, a relação das pessoas com a internet vai se tornando agridoce: se por um lado temos a praticidade em nossas mãos, de outro vamos testemunhando a proliferação de julgamentos por likes e conteúdos curtos com pouca profundidade.

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Mas, como acontece desde que nos entendemos por gente, a música esteve aqui para nos dar energias e nos ajudar a seguir em frente.

Em tempos onde o Pop Punk e o Emo dão as caras com fortes revivals, esses gêneros se sentiram ouvidos até mesmo em outros círculos, como do Pop e do Hip Hop, e o resultado veio através de discos onde a diversidade dá as caras.

Hoje mostramos aqui a nossa lista com os 50 Melhores Discos Internacionais de 2021 segundo o TMDQA!

Você pode ouvir uma faixa de cada um deles na playlist TMDQA! Charts, que foi invadida por essa lista e também pela de discos nacionais.

É só clicar aqui ou apertar o play logo abaixo.

Textos por Tony Aiex e Felipe Ernani

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50. AMAZONICA – Songs From The Edge

Conhecida na cena eletrônica como uma DJ de mão cheia em festas repletas de celebridades, a artista britânica AMAZONICA finalmente se viu onde queria: como uma rockstar.

A declaração foi dada pela própria, que em seu disco de estreia, Songs From The Edge, navega por diferentes gêneros do Rock, como Stoner, Hard Rock e mais.

 

49. The Armed – Ultrapop

Todo o conceito do The Armed é repleto de fatos interessantes.

O coletivo anônimo de Detroit começou as atividades em 2009 e se ligou ao Hardcore, mas sempre teve um pé na música experimental.

Em 2021, os caras colocaram o pé, as mãos e o corpo inteiro no Ultrapop que batizou o álbum, mostrando experimentações, tendências, misturas malucas e um senso de inovação que é sempre interessante.

 

48. PinkPantheress – to hell with it

Ainda que tenha apenas 18 minutos de duração, to hell with it é uma estreia e tanto para PinkPantheress.

Apostando em músicas curtas, a britânica é fruto de uma cena mundial cada vez mais receptiva aos “fenômenos do TikTok”. Sabendo o que fazer com o sucesso improvável que veio durante seu período na faculdade, a artista expandiu seu som em um álbum que serve como um belo cartão de visitas.

to hell with it te transporta para um cenário urbano, acelerado e implacável, como é o de tantos de nossos cotidianos, e ajuda o ouvinte a encontrar forças para seguir seu caminho apesar de tudo isso.

 

47. Helado Negro – Far In

Roberto Carlos Lange, norte-americano da Flórida, é um cara pra lá de talentoso.

Misturando folk, indie e traços bem particulares, ele criou uma identidade sonora própria nos últimos anos e Far In, seu sétimo disco de estúdio, segue o legado do genial This Is How You Smile, lançado em 2019.

Se você está procurando um disco good vibes para esse final de ano, pode apertar o play que é garantido!

 

46. Injury Reserve – By The Time I Get To Phoenix

Injury Reserve é uma banda de Hip Hop formada no Arizona, Estados Unidos, e seu segundo disco é bastante significativo.

Aqui, não apenas o grupo faz experimentações com a música eletrônica e bons momentos orgânicos, como também celebra Stepa J. Groggs, integrante que faleceu durante as gravações das canções.

 

45. Manchester Orchestra – The Million Masks of God

Fundada em 2004, a banda norte-americana Manchester Orchestra nos presenteia com grandes álbuns já há alguns anos.

Em seu sexto disco, volta a misturar elementos do rock alternativo, indie, folk e post-hardcore, apresentando momentos épicos como a ótima “Bed Head”, uma lembrança do rock dos Anos 90 e 2000 com ares contemporâneos.

 

44. Ka – A Martyr’s Reward

Kaseem Ryan não é apenas um rapper e produtor do Brooklyn, em Nova York.

Ka, como é conhecido artisticamente, também é um bombeiro, e em 2021 lançou o seu sexto disco de estúdio, o ótimo A Martyr’s Reward.

Em suas letras, o músico não mede palavras para falar das coisas erradas que vê pelo mundo, inclusive a violência policial, e no disco resolveu misturar rimas com elementos como violões, pianos e guitarras, tudo produzido de forma impecável.

 

43. Erika de Casier – Sensational

Erika de Casier representa misturas globais das mais interessantes e isso se reflete em sua música.

Nascida em Portugal, ela é filha de mãe da Bélgica e pai de Cabo Verde, mas cresceu na Dinamarca, e aparentemente todos esses traços foram se juntando para influenciar as suas composições.

Sensational, seu segundo disco, apresenta uma abordagem bastante própria para o R&B e o Pop, liderada por uma voz doce e batidas envolventes.

 

42. James Blake – Friends That Break Your Heart

Fazendo novas incursões por diferentes gêneros da música que vão do Pop ao Eletrônico passando pelo R&B, o britânico James Blake chegou ao seu quinto disco de estúdio em 2021.

No álbum, conta com participações especiais importantíssimas como as de SZA e Monica Martin nas belíssimas “Coming Back” e “Show Me”, respectivamente.

 

41. Garbage – No Gods No Masters

A banda norte-americana Garbage nunca foi de esconder o jogo, mas em seu sétimo disco de estúdio deixou posições sociais e políticas estampadas logo na capa e no nome.

Criticando estruturas sociais preconceituosas e existentes ainda em 2021, o grupo liderado por Shirley Manson e que ainda tem o produtor Butch Vig na bateria bradou “contra o capitalismo, racismo, sexismo e misoginia ao redor do mundo”, nas palavras da própria vocalista.

E fez bonito demais, tudo com traços do rock alternativo e industrial, além de pitadas do grunge.

 

40. Nick Cave & Warren Ellis – Carnage

Colaboradores de longa data, Nick Cave e Warren Ellis finalmente se juntaram como dupla para criar Carnage.

Ellis, membro dos Bad Seeds e produtor do aclamado Ghosteen, tem certamente um papel muito importante em extrair o melhor — e pior, no bom sentido — de Cave, algo que fica escancarado já nos primeiros minutos do novo álbum.

Em meio a belas melodias orquestrais que soam ambíguas, como se transitassem entre o negativo e o positivo, a voz inconfundível de Nick vem como uma foice, ceifando pouco a pouco a esperança e dando ao trabalho o tom que se espera do icônico artista, encarcerado nos últimos anos por conta da COVID-19.

 

39. Men I Trust – Untourable Album

O nome de Untourable Album é genial.

Quinto disco da banda indie canadense de Montreal, “o Álbum Impossível de se Excursionar” é um retrato de tempos pandêmicos, onde artistas lançam suas novas músicas ao mundo mas ainda não têm grandes chances de mostrá-las aos grandes públicos por causa da COVID-19.

Soturno e feliz como a mistura estampada na sua capa, o trabalho tem muitos momentos introspectivos e outros mais dançantes, como na ótima “Sugar”.

 

38. Wolf Alice – Blue Weekend

A banda britânica Wolf Alice tem sido uma das mais celebradas em todo planeta quando o assunto é rock alternativo.

Liderado pela ótima Ellie Rowsell, o grupo faz ótimo uso das influências de gigantes ao misturá-las com traços bastante próprios, criando novos tons de indie, shoegaze, música alternativa, rock clássico e mais.

Uma baita pedida para os fãs das guitarras!

 

37. Bomba Estéreo – Deja

Em seu sexto disco de estúdio, a sempre ótima banda colombiana Bomba Estéreo apresenta ritmos latinos como sempre fez em sua carreira e os mistura com traços contemporâneos em uma química perfeita.

Guitarras, batidas e versos dão as caras em canções cantadas em espanhol que mostram por que sempre temos que manter nossos radares ligados em relação às culturas musicais vizinhas.

 

36. L’Rain – Fatigue

L’Rain é mais uma daqueles artistas que é impossível rotular.

Com o nome verdadeiro de Taja Cheek, a norte-americana do Brooklyn deixa a urbanidade de sua cidade natal transparecer em Fatigue, bem como não esconde a necessidade de uma calmaria fugaz à loucura da cidade.

Multi-instrumentista, Taja nos mostra ainda que está absorvendo influências não só dos lugares em que se encontra fisicamente mas também mentalmente. Além de navegar por trechos experimentais com maestria, a artista mostra uma sonoridade única e surpreendente, baseada ao mesmo tempo no R&B e no Post Punk.

 

35. Chet Faker – Hotel Surrender

Em 2021 o músico australiano Nick Murphy resolveu reativar a sua carreira como Chet Faker e lançou o ótimo Hotel Surrender.

No álbum, faz viagens por gêneros que vão do trip hop até o soul e apresenta canções cheias de personalidade, como “Low”, que tem toda cara do artista.

 

34. Kings of Convenience – Peace or Love

Depois de 12 anos, o Kings of Convenience está de volta com um dos discos mais gostosos de 2021.

Suave e perfeito para um momento de respiro em meio à rotina cansativa, Peace or Love mostra que o duo norueguês não desaprendeu a compor e algumas faixas, como a ótima “Catholic Country”, colaboração com Feist, já entram direto no rol das melhores da discografia da banda.

Outros bons destaques são “Fever”, single do trabalho, e “Rocky Trail”.

 

33. Origami Angel – GAMI GANG

Em tempos onde o revival do Emo e do Punk Pop domina as manchetes da música alternativa, a dupla Origami Angel parece ter acertado na mosca quando misturou os dois estilos.

Antes mesmo do disco Gami Gang sair, os caras já eram apontados como expoentes do gênero e o álbum só veio confirmar isso tudo.

Se não tivessem optado por um álbum tão longo, talvez aparecessem aqui em posições mais altas.

 

32. WILLOW – lately I feel EVERYTHING

Deixando de lado o R&B para o qual foi “moldada”, WILLOW finalmente se sentiu pronta para abraçar gostos pessoais como o Rock e o Pop Punk.

Em lately I feel EVERYTHING, a jovem artista dá um passo enorme para se distanciar do termo “filha de Will Smith” e, com o talento da produção de Travis Barker, criou faixas como “t r a n s p a r e n t s o u l”, um dos hits do ano e um verdadeiro hino para a juventude atual.

De forma geral, o álbum vê a garota passeando também por cenários mais experimentais — como a pesada “Lipstick”, que é capaz de te tirar da zona de conforto no melhor sentido possível. Outro exemplo é “XTRA”, que ainda traz um feat incrível de Tierra Whack resgatando o elemento do Rap.

 

31. Converge & Chelsea Wolfe – Bloodmoon: I

Formada em 1990, a banda norte-americana Converge é considerada como pioneira na mistura do Heavy Metal com o Hardcore.

Com verdadeiros clássicos na bagagem, em 2021, o grupo se uniu à genial Chelsea Wolfe e o resultado é um álbum que mistura o peso, a angústia e o senso de urgência do grupo com as densas camadas sonoras da artista.

Definitivamente um encontro em grande estilo.

 

30. Self Esteem – Prioritise Pleasure

Sob o nome de Self Esteem, a cantora Rebecca Taylor encontrou há algum tempo uma nova cara diferente de sua banda, o duo folk Slow Club.

Em 2021, com Prioritise Pleasure, ela recebeu logo de cara os elogios do aclamado produtor Jack Antonoff quando lançou o hit “I Do This All The Time”, mas foi além: o disco chegou trazendo uma mistura pra lá de saudável de Pop dançante com reflexões profundas sobre temas complexos.

Vale destacar, ainda, a aventura da artista por campos pouco explorados no som radiofônico atualmente. A faixa-título do álbum, por exemplo, traz influências do Hyperpop, enquanto outras resgatam o som Indie Pop que bombou no passado não tão distante.

 

29. The Weather Station – Ignorance

Projeto quase-solo da canadense Tamara Lindeman, o The Weather Station traduz influências do Folk para um cenário mais experimental que às vezes faz com que pensemos em algo como um “Radiohead do interior”.

Talvez a maior diferença fique por conta das melodias que se aproximam bastante do Pop, em especial na voz, com as experimentações ficando mais por conta dos ritmos curiosos e instrumentais arriscados. O fato é que Ignorance é um baita álbum e merece seu tempo.

 

28. Dry Cleaning – Long Leg

Resgatar a sonoridade das “bandas de guitarra” dos Anos 90 — como Sonic Youth, Pixies e afins — de um jeito que faça sentido em pleno 2021 não é tarefa fácil.

Dry Cleaning fez isso do melhor jeito possível com Long Leg, disco que chega com riffs fortes e letras que beiram o experimentalismo, sendo formadas a partir de coisas triviais (como comentários de YouTube) e criando resultados estranhos e engraçados.

O mais curioso de tudo isso é que, apesar da proposta ousada, Long Leg é um disco fácil de digerir. Perfeito para ser ouvido no trânsito, em casa, trabalhando, ou até mesmo como parte de alguma playlist, o álbum é um belo exemplo de como ainda é possível inovar no Rock nos dias atuais.

 

27. Architects – For Those That Wish to Exist

O Metal é um gênero que vem mostrando espaço para renovação e às vezes ela vem de lugares improváveis.

Já estabelecido na cena há anos, o Architects poderia tranquilamente seguir fazendo o mesmo som de sempre para agradar seus fãs. Ao invés disso, decidiu aliar seus riffs pesados a uma abordagem mais melódica de voz, se aproximando de um som radiofônico sem perder sua identidade.

O resultado é o excelente For Those That Wish to Exist, que já deu à banda seu maior hit com a ótima “Animals” e conta ainda com participações de nomes como Mike Kerr (Royal Blood) e Simon Neil (Biffy Clyro) respectivamente em “Little Wonder” e “Goliath”, outros dois destaques do trabalho.

 

26. H.E.R. – Back of My Mind

Ícone de uma geração, H.E.R. vem quebrando barreira atrás de barreira como uma mulher negra guitarrista.

Sua voz e sua técnica com o instrumento são incontestáveis. Em Back of My Mind, ela mostra mais uma vez que seu talento como compositora também se encaixa nesse adjetivo, com canções como “Slide”, “Find a Way” e “Come Through” mostrando como as seis cordas podem se encaixar bem demais com as batidas do Rap moderno.

Em tempo, vale muito destacar o talento absurdo da californiana de criar belas melodias de voz, que se contrapõem perfeitamente aos flows de rappers como Lil Baby e YG, alguns dos convidados da obra.

 

25. Doja Cat – Planet Her

Doja Cat é uma adição enorme a uma lista de mulheres protagonistas do Rap que vem, felizmente, ficando cada vez maior.

Depois de bombar com o sucesso “Say So”, Doja poderia ter caído no ostracismo — mas fez justamente o contrário. Com Planet Her, ela não só conquistou a crítica como também mostrou seu talento gigantesco para criar hits. Já são, afinal, três canções do álbum na faixa de meio bilhão de reproduções.

Além de “Kiss Me More”, parceria com SZA, “Woman” se tornou o grande destaque do disco ao lado de “Need to Know”. O curioso é que as três músicas são bastante diferentes entre si, servindo como um microcosmo do que Planet Her é na íntegra: um disco diverso e muito bem trabalhado em cada vertente que explora.

 

24. Julien Baker – Little Oblivions

Julien Rose Baker é uma multi-instrumentista que conquistou o mundo nos últimos anos com as suas canções voltadas ao rock alternativo inspiradas por movimentos como Emo e Indie.

Completamente orgânica, sincera e claramente verdadeira quanto às confissões que faz no álbum, a artista se conecta com o ouvinte em um disco que tem vida forte pulsando nas veias e belíssimas canções.

 

23. Snail Mail – Valentine

Valentine é o segundo disco de estúdio da artista Lindsey Jordan com o nome artístico Snail Mail.

Após chamar a atenção do mundo todo com seu indie rock de primeira, ela voltou aos holofotes com um álbum de 10 músicas, meia hora e canções que parecem conversar com a gente, como “Valentine” e “Ben Franklin”.

 

22. Fiddlehead – Between the Richness

Fiddlehead é uma espécie de supergrupo voltado a gêneros como Emo e Post-Hardcore.

Com integrantes de Basement, Have Heart e mais, o grupo lançou seu segundo disco em 2021 e mostrou que tem uma identidade própria pra lá de interessante.

Apresentando a mistura de indie, punk rock e música alternativa que tanto marcou a carreira recente de grupos como Hundredth e Title Fight, os caras souberam dosar perfeitamente a medida entre cada um dos gêneros para apresentar um dos álbuns mais poderosos de rock em 2021.

 

21. Jon Batiste – WE ARE

2021 foi um ano e tanto para Jon Batiste.

Além de ter vencido um Oscar pela trilha sonora de Soul (2020), o músico que tem um longo tempo de estrada lançou WE ARE, muito possivelmente o disco mais impressionante de sua carreira cheia de conquistas.

Em canções como “I NEED YOU”, Jon faz você sentir como se estivesse em um bar dos anos 50 nos EUA. Enquanto isso, em “FREEDOM”, usa uma batida mais moderna que vai te deixar com muita vontade de levantar e “sacudir o esqueleto” — afinal de contas, o espírito mais nostálgico da obra segue presente em todas as faixas.

 

20. J. Cole – The Off-Season

Talvez o rapper atual que mais se aproxime da sonoridade clássica dos Anos 90, J. Cole encontrou um caminho mais certeiro do que nunca em The Off-Season.

Abraçando de vez a sua paixão pelo basquete (que também fez parte da cena noventista) e trazendo feats que vão de Lil Baby a 6LACK, Cole leva a arte de fazer Rap a sério como poucos na história. Canções como “a m a r i” e “a p p l y i n g . p r e s s u r e” já deveriam estar em livros de estudo do gênero, por exemplo.

Ao mesmo tempo, o músico consegue encontrar uma pegada radiofônica em faixas como “p r i d e . i s . t h e . d e v i l”, que vai te colocar para dançar com uma das melhores batidas de 2021.

 

19. Billie Eilish – Happier Than Ever

Billie Eilish continua encantando o mundo com as suas composições.

Se seu segundo disco de estúdio não é tão inovador quanto a estreia de 2019, aqui a jovem cantora abre seu coração e sua mente para o mundo, falando sobre passagens da vida, opiniões e deixando bem claro o que pensa.

Considerando que a jovem acabou de completar 20 anos de idade e poderia muito bem se ausentar da responsabilidade, é muito interessante ver como a norte-americana transformou dores e passagens da sua vida adulta, que acabou de começar, em canções que servem como companheiras para outras pessoas ao redor do globo.

 

18. Silk Sonic – An Evening with Silk Sonic

Sem dúvidas um dos discos mais esperados de 2021 desde seu anúncio, An Evening with Silk Sonic marca a estreia do novo projeto de Bruno Mars Anderson .Paak.

Já veteranos da música, os astros resgataram influências do passado e convocaram o lendário Bootsy Collins para criar um álbum que homenageia a música que serve como base para o sucesso do R&B e Rap atual.

No entanto, o grande diferencial está em saber atualizá-la. Não é à toa que “Leave The Door Open” e “Smokin Out The Window” se tornaram hits instantâneos nas redes sociais: as duas faixas abraçam perfeitamente a estética vintage mas, ao mesmo tempo, mostram uma facilidade em se adaptar às sonoridades de .Paak e Mars, dois grandes artistas dos tempos modernos.

Uma verdadeira viagem no tempo, guiada por quem respeita o passado e entende o presente.

 

17. Tyler, the Creator – CALL ME IF YOU GET LOST

Tyler, the Creator é um artista de vanguarda e não é surpresa vê-lo seguir em uma direção quase sempre contrária à indústria.

Em CALL ME IF YOU GET LOST, ele resgata a cultura da mixtape, que vem se perdendo no cenário do Rap há alguns anos. O trabalho é uma pedida certa para quem curte a versão mais crua do gênero, ainda que tenha seus momentos melódicos e suas inovações e experimentalismos.

Além de tudo isso, a obra tem feats de respeito, incluindo nomes como Lil Uzi Vert, Pharrell Williams e Lil Wayne, algo que contrasta muito bem com o aclamado IGOR (2019) e resgata as origens de Tyler.

 

16. The War On Drugs – I Don’t Live Here Anymore

Um conceito pouco conhecido no brasil é o de Yacht Rock.

O termo costuma englobar as músicas que têm uma sonoridade próxima ao Soft Rock mas que, por algum motivo, te dão aquela sensação de que você veleja pelo mar — não à toa, é muito associada ao Sul da Califórnia, onde a atividade é bastante comum.

Quando se fala nesse gênero, muito se pensa em bandas do passado, como Toto, Hall & Oates e Steely Dan. Mas, em pleno 2021, o The War On Drugs resolveu mudar totalmente sua direção e abraçar esse conceito tão específico e bastante complexo.

O resultado é I Don’t Live Here Anymore, um disco que vai te levar por uma viagem por mares nostálgicos que você nem poderia imaginar. Sem dúvidas, uma experiência única.

 

15. Halsey – If I Can’t Have Love, I Want Power

Quando foi anunciada, a parceria de Halsey com a dupla Trent Reznor Atticus Ross, famosa por suas trilhas de filmes e pelo trabalho com o Nine Inch Nails, parecia quase absurda.

A verdade é que a cantora teve cacife mais do que suficiente para bancar a veia experimental dos produtores, que não economizaram em suas inovações sonoras e criaram faixas como “Bells in Santa Fe” e “I am not a woman, I’m a god”, as quais poderiam facilmente estar em discos do Nine Inch Nails se tivessem os tradicionais vocais de Trent.

Ainda assim, Halsey conseguiu imprimir sua própria identidade nas canções e portanto, mesmo quando vai para uma direção que possivelmente nunca nem imaginamos como em “Girl is a Gun” e “Lilith”, If I Can’t Have Love, I Want Power soa de fato como parte da discografia da cantora.

No fim das contas, o álbum é um grande refresco para quem busca um Pop que saia da caixinha. Necessário demais.

 

14. Parannoul – To See the Next Part of the Dream

Parannoul é uma daquelas coisas excelentes que surgiram nos últimos anos de maneira totalmente surpreendente.

O próprio artista sul-coreano se descreve como “apenas um estudante fazendo música em seu quarto”, e talvez seja justamente essa simplicidade e sinceridade que atrai tanto em To See the Next Part of the Dream.

A obra tem fortes influências do Shoegaze mas traz escolhas melódicas e harmônicas que lembram o Emo, se somando à voz do compositor que atua quase como uma textura — seja pelas letras (infelizmente) incompreensíveis para grande parte da população brasileira ou pela quantidade de efeitos que processam a melodia vocal, transformando-a em uma estética quase que de videogame.

A boa notícia é que ele até já lançou um novo material, que tem ligação com o Brasil. O split Downfall of the Neon Youth conta com a participação de sonhos tomam conta e também de Asian Glow. Duas ótimas pedidas!

 

13. Biffy Clyro – The Myth of the Happily Ever After

Acompanhar o Biffy Clyro é estar sempre preparado para ser surpreendido.

Depois de trazer um disco bem radiofônico em 2020 (A Celebration of Endings), o trio escocês chegou em 2021 com The Myth of the Happily Ever After para mexer com as estruturas de quem havia se esquecido dessa característica tão marcante da banda.

Desde os primeiros acordes de “DumDum” até a insanidade completa de “Slurpy Slurpy Sleep Sleep”, o trabalho mostra o viés mais experimental de uma banda que parecia estar se contendo nos últimos anos. Aqui, eles se soltam como há muito não faziam, gerando faixas como “A Hunger in Your Haunt”, que caberiam em diversos álbuns anteriores.

Para além do peso resgatado, Myth também não tem medo de ousar mesmo nas canções mais leves. “Haru Urara” é um excelente exemplo, sendo uma das baladas mais interessantes dos últimos anos, assim como a intensa “Witch’s Cup”.

 

12. Little Simz – Sometimes I Might Be Introvert

Há algum tempo, Little Simz tem mostrado que é uma gigante da música. Em 2021, ela resolveu finalmente fazer um disco à altura de tudo que é capaz: sem medo de criar, de experimentar e de se deixar levar, a britânica abre suas asas da forma mais bela que já fez até hoje.

Logo de cara somos recebidos com “Introvert”, uma verdadeira obra de arte. Quase totalmente orquestrada, com uso de diversos instrumentos pouco convencionais para o Rap, a faixa dá o tom para o que vai ser o disco.

Sometimes I Might Be Introvert é uma prova de que o Rap pode ser orgânico, pode ser orquestral, pode ter batidas, pode resgatar influências africanas. É uma prova de que o Rap pode tudo, desde que seja feito com paixão e competência como claramente é o caso por aqui.

É uma prova, acima de tudo, de que colocar Little Simz em uma caixinha é não apenas injusto mas também verdadeiramente impossível.

 

11. Floating Points, Pharoah Sanders & London Symphonic Orchestra – Promises

Um dos melhores discos do ano é um encontro daqueles de dar inveja a músicos de todo planeta.

Aqui, o jovem produtor britânico conhecido como Floating Points uniu talentos com o saxofonista Pharoah Sanders e a Orquestra Sinfônica de Londres para um trabalho impecável.

O resultado veio com Promises, um álbum que é cabeçudo mas tem uma sensibilidade ímpar ao conectar estilos clássicos com gêneros contemporâneos em uma verdadeira obra de arte.

 

10. Adele – 30

Adele já é uma das maiores artistas da história e o impacto do seu novo disco só deixou isso cada vez mais claro.

Antes mesmo de lançar 30, o mundo já parava para ouvir, ler e consumir o que a cantora britânica tinha a dizer — e quando tivemos a oportunidade de ouvir o álbum, tudo ficou bem claro.

Isso porque Adele não mediu palavras para falar sobre questões bem pessoais da sua vida, principalmente a respeito do divórcio recente, do seu filho, das mudanças pessoais entre Londres e Los Angeles e mais.

30 é uma série de confissões de alguém que alcança o mundo inteiro ao mesmo tempo em que tem poucas oportunidades de conversar com muita gente. Aqui, Adele aproveita a chance de entrar em nossos fones de ouvido para ser o mais franca possível.

 

9. Arlo Parks – Collapsed in Sunbeams

Um dos primeiros grandes discos de 2021, Collapsed in Sunbeams foi o pico de um trabalho de longa data construído por Arlo Parks.

Tendo lançado diversos singles ao longo dos últimos anos, a britânica resgatou alguns para compor o álbum e trouxe novas composições que mostram, novamente, por que ela é uma das grandes novas vozes do país europeu.

Com Collapsed in Sunbeams, Arlo abre a porta para o que deve ser uma carreira cheia de conquistas cada vez maiores. Sua voz não é sua única característica tão marcante, já que também somos presenteados com seu dom de compor, traduzindo em letra e música alguns dos maiores conflitos das gerações atuais e encontrando melodias que se conectam com cada um de nós intimamente.

Se lá atrás singles como “Eugene” e “Black Dog” lançaram Parks ao estrelato, o disco representa a cantora firmando os pés em um panteão que muitos levam anos para alcançar.

 

8. Japanese Breakfast – Jubilee

Michelle Zauner atacou novamente e Jubilee, seu terceiro disco de estúdio, é uma celebração do encontro de gêneros musicais nos dias de hoje.

Com uma abordagem alternativa para a música popular e popular para a música alternativa, a artista sabe encantar público e crítica em momentos como a dançante “Be Sweet” e “Paprika”, com ares de música folk.

 

7. Low – HEY WHAT

Nem tudo na música é sobre inovar e trazer sonoridades diferentes. Muitas vezes, o que mais queremos com a arte é um lugar de conforto.

HEY WHAT é, no entanto, necessário em um ano como 2021: experimental e intenso, o novo disco do Low usa o ruído e a distorção como recursos sonoros, se mostrando inovador o suficiente para prender o ouvinte mesmo através de momentos propositalmente desconfortáveis, provocativos.

O segredo é estar preparado para o que vem quando se dá o play. Logo com “White Horses” percebemos que o glitch faz parte da estética sonora do trabalho, o que fica ainda mais claro em “More”, possivelmente o maior destaque da obra com um instrumental confuso e intenso servindo como base para uma das mais belas melodias de voz do ano.

O disco tem seus respiros, é claro. “Days Like These” não deixa de se mostrar experimental, mas reduz a dose de ruído e foca em elementos eletrônicos mais proeminentes, enquanto “Disappearing” coloca as tais distorções mais ao fundo e cria um ambiente etéreo e extremamente único.

É natural que a proposta bastante ousada de HEY WHAT faça você se questionar muitas vezes sobre o que está ouvindo. O fato é que ninguém mais soa como o Low e, nos tempos atuais, essa é uma qualidade valiosa demais.

 

6. Spiritbox – Eternal Blue

Lá atrás na lista, quando falamos do Architects, citamos a necessidade de renovação do Metal. E uma das bandas mais competentes em fazer isso é o Spiritbox.

Tudo começa já com a formação da banda canadense: liderado pela incrível Courtney LaPlante, o grupo foge, em sua aparência, da “estética tradicional” dos metaleiros pelo mundo. No som, definitivamente também não há nada de tradicional para além da formação com vocal, guitarra, baixo e bateria.

Ao incorporar elementos do Metalcore como os famosos breakdowns, os vocais guturais de Courtney e as guitarras com mais cordas do que o normal, o Spiritbox tinha tudo para soar genérico. Mas é abandonando os estigmas e estereótipos do gênero que a banda encontra algo totalmente novo e, ao menos até agora, impossível de reproduzir.

Enquanto “The Summit” pode ser uma boa faixa de entrada para quem quer entender a proposta da banda, é em canções como “Secret Garden” e “Eternal Blue” que os canadenses se superam. A primeira, por exemplo, traz um instrumental cheio de pedais duplos na bateria e riffs virtuosos e pesados na guitarra enquanto LaPlante guia uma melodia quase angelical.

No fim das contas, o que torna Eternal Blue tão especial é a qualidade individual de cada composição. Mesmo quando a banda não traz nada exatamente novo, como em “Holy Roller”, tudo é feito com tanta maestria que é impossível não se ver batendo cabeça em poucos segundos.

Para além de tudo isso, o Spiritbox pode e deve ser a nova cara do Metal junto com outros nomes do gênero. Chegou a hora de mostrar que essa cena não precisa mais se excluir do resto, se isolando por uma suposta superioridade moral e deixando de absorver influências pra lá de interessantes de gêneros como Pop e afins.

 

5. Olivia Rodrigo – SOUR

Quem ouviu o primeiro single de Olivia Rodrigo — o mega hit “drivers license” — e desistiu por ali perdeu a oportunidade de conhecer um dos melhores discos do ano.

SOUR surpreende já nos primeiros segundos de sua execução na íntegra. Após um breve instrumental de ambientação, “brutal” já apresenta um dos melhores riffs de guitarra de 2021 que lembra (e muito) os clássicos do Riot Grrrl. E não é só pela guitarra: o vocal da estrela Pop também tem claras influências do movimento Punk liderado pelas mulheres.

Dali pra frente, o disco vai por inúmeras direções e revela ao mundo uma artista que não tem medo de ser autêntica e, ao mesmo tempo, tem uma facilidade fora do comum de dar voz a grandes sucessos radiofônicos.

Um exemplo disso é “good 4 u”, enorme hit que volta a colocar em evidência o formato “banda de Rock” (com voz, guitarra, baixo e bateria) e abre portas para que tantos outros artistas apostem nessa sonoridade que ficou anos e anos adormecida.

O fato é que Olivia Rodrigo já se tornou uma protagonista do cenário mundial e, pelo andar da carruagem, é bem provável que a jovem artista continue crescendo cada vez mais. Mal podemos esperar!

 

4. KennyHoopla – SURVIVORS GUILT: THE MIXTAPE//

Apesar de levar o nome “mixtape” e ter apenas 20 minutos de duração, o novo trabalho de KennyHoopla soa como um disco completo e é bom demais para ficar fora dessa lista.

Criada em parceria com Travis Barker, a obra é o auge do revival do Pop Punk que vem ganhando cada vez mais forma no mainstream. Em SURVIVORS GUILT, a dupla explora a sonoridade clássica do gênero em faixas como “estella//” e “turn back time//”, mas é preciso destacar o quanto canções como “silence is also an answer//” e “survivors guilt//” trazem uma pegada bem nova.

O grande momento do trabalho, no entanto, é “hollywood sucks//”. Com uma energia totalmente anos 2000 e um riff digno das melhores bandas de Hardcore Melódico (um estilo que fez tanto sucesso no Brasil), a faixa é uma daquelas que é capaz de incendiar uma multidão quando executada ao vivo.

Aproveitando, é impossível não destacar o quanto é refrescante que sejam justamente Kenny e WILLOW, dois músicos negros, que estejam liderando esse movimento e marcando presença nessa lista. Que seja o primeiro passo para tornar essa cena mais diversa do que nunca!

 

3. Turnstile – GLOW ON

Poucos gêneros têm uma sonoridade mais identificável do que o Hardcore. Daí veio o Turnstile e resolveu mexer em time que estava ganhando…

E o resultado é um dos melhores discos do ano com GLOW ON. Usando timbres que fogem do padrão e explorando ritmos, escolhas harmônicas e letras diferentes do normal, a banda conquista um espaço no mainstream que não era visto há anos.

GLOW ON não é exatamente digerível por qualquer um; afinal de contas, ainda é um trabalho pesado e intenso, como fica bem claro em “BLACKOUT”, “WILD WRLD” e “T.L.C. (TURNSTILE LOVE CONNECTION)”, algumas das melhores faixas da obra. A última, aliás, soa como se tivesse saído diretamente de uma sessão de composição do Bad Brains — um baita elogio, caso não tenha ficado claro.

Ao mesmo tempo, canções como “ALIEN LOVE CALL” (parceria com Blood Orange) e “UNDERWATER BOI” mostram a banda saindo da caixinha, explorando um som mais experimental e menos focado no peso.

Somando tudo isso, temos um álbum que vai levar o Turnstile em turnê mundial com uma dimensão até então inédita, incluindo até mesmo uma passagem pelo Lollapalooza Brasil em 2022.

 

2. Lil Nas X – MONTERO

Quando Lil Nas X bombou com “Old Town Road”, é bem provável que você tenha pensado que aquele seria o único hit do músico.

Não dava para estar mais errado. A cada lançamento, Nas foi mostrando se tornar um compositor melhor, mais completo, fazendo uso não só de seus recursos musicais de maneira genial como também aproveitando sua imagem e toda a polêmica que gira em torno dela para provocar, questionar e, acima de tudo, criar arte.

MONTERO é a culminação de tudo isso. Um álbum que, assim como seu autor, chegou para quebrar barreiras e levar ao topo algo totalmente diferente do que tínhamos visto até então.

Se a faixa-título da obra aposta em uma sonoridade sensual, mais eletrônica, a sua contrapartida está em canções como “SUN GOES DOWN” e “THATS WHAT I WANT”, faixas que referenciam o Pop Punk e ao mesmo tempo se encaixam com perfeição em meio a todas as outras influências de Lil Nas X.

O artista também deixa a sua capacidade de criar sucessos para a rádio claríssima quando consegue, com “INDUSTRY BABY”, atingir virtualmente o mesmo patamar de fama que teve com os hits anteriores.

É só o primeiro passo para o jovem e talentosíssimo Lil Nas X, que já recrutou até mesmo Elton John em seu disco de estreia. O futuro é empolgante demais e mal podemos esperar para que essa mente nos presenteie com mais trabalhos geniais como MONTERO.

 

1. C. Tangana – El Madrileño

E o disco internacional do ano é, pela primeira vez na história do TMDQA!, uma obra cantada em espanhol.

A escolha foi difícil, mas o que C. Tangana fez com El Madrileño é algo realmente impressionante. A obra ganhou destaque na mídia quando apareceu no formato Tiny Desk, em que o cantor apresenta as faixas em um clima de reunião familiar — algo que todo latino, seja brasileiro ou dos países de língua espanhola, conhece bem demais.

El Madrileño é exatamente isso. Toda a jornada pela qual o álbum te leva soa como um domingo em família, mesmo em seus momentos mais experimentais como a faixa de abertura, a ótima “Demasiadas Mujeres”.

Na obra, Tangana ainda mostra um carinho e um respeito pela música brasileira — que, pelo jeito, é mútuo. Afinal de contas, o mestre Toquinho é um dos convidados no trabalho, cantando na excelente e sensual “Comerte Entera”, que transita o tempo todo entre o Flamenco, a Bossa Nova, a MPB, o Funk brasileiro e o eletrônico moderno, inclusive usando um sample de “Daniele Puxa o Bonde”, hit das antigas do Funk nacional.

Entre os outros convidados, aliás, também estão nomes gigantes de países latinos: Jorge Drexler (Uruguai), José Feliciano (Porto Rico), Omar Apollo (México), Eliades Ochoa (Cuba), Andrés Calamaro (Argentina) e até os Gipsy Kings.

Todos eles aparecem em contextos extremamente bem pensados. O melhor exemplo disso é “Muriendo de Envidia”, parceria com Ochoa, que remete bastante aos tempos do cubano com o Buena Vista Social Club.

No geral, El Madrileño é mais do que uma homenagem — é uma celebração da cultura latina, tão diversa e ao mesmo tempo similar o suficiente para ser englobada em um disco que não tem medo de seguir por direções diferentes e ousadas.

É um disco que, em pouco mais de 40 minutos, te faz sorrir, chorar, dançar, se emocionar, pular, gritar, cantar junto e, acima de tudo, sentir.

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