Dinho Ouro Preto fala sobre o Coronavírus
Foto: Reprodução / Instagram

Dinho Ouro Preto foi bastante honesto ao falar sobre sua luta contra as drogas.

Em entrevista ao Podpah (via Whiplash), o vocalista do Capital Inicial revelou o motivo pelo qual se entregou às substâncias nos anos 90. Segundo ele, a principal causa foi a autossabotagem, já que ele passava por problemas para aceitar o que ele descreve como “imaturidade musical”.

Dinho disse:

No primeiro álbum, o Capital Inicial já bombou. E eu acho que não estava preparado. E aí foram muitos excessos, muita droga, muita acabação. […] Não sei se todos faziam, mas eu fazia isso mais para afogar essa noção que eu tinha de não estar à altura do desafio, sendo imaturo musicalmente, mas em todos os sentidos também. […] Eu tinha 21 anos quando gravamos o primeiro disco do Capital. O primeiro compacto foi mais cedo ainda. Mas eu achava que não tinha a manha musical, não saber compor, não saber cantar. Eu sabia que não sabia — e achava que todos em volta de mim… que dava para ver que eu não sabia. Que estava na cara, precisava de muito mais tempo de garagem até aprender.

Ainda segundo o músico, as drogas serviam para “anestesiar a realidade” e “afogar as próprias mágoas”. Ele completa:

Precisei de anos de aprendizado para dizer: ‘beleza, agora sou o senhor do meu destino, sei o que estou fazendo, sei compor, sei cantar, sei dar show’. Foi preciso levar isso a público, na frente de todos.

Dinho Ouro Preto relembra anos 90

Ainda no papo, Ouro Preto falou sobre o ano de 1993, quando deixou o Capital Inicial para seguir carreira solo. À época, a banda teve Murilo Lima nos vocais, mas enfrentou vários problemas de popularidade — o mesmo aconteceu com Dinho, como ele conta:

Saí do Capital em 1993. A banda virou uma descida para o inferno, os excessos ficam cada vez piores. Era muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Fiquei nessa loucura de uns 3 a 4 anos. É incrível eu ter sobrevivido.

O vocalista ainda afirma que escondeu seu problemas e que nem seus pais sabiam. No fim, ele termina dizendo que a mulher, Maria Cattaneo, com quem se casou em 1995, mudou sua vida:

A partir dali, começo a reconstruir minha vida. Uns 3 ou 4 anos depois, em 1998, volto ao Capital e é tudo diferente: eu já sabia compor, sabia o que queria, cuidar da minha carreira. A impressão que tenho é de que eu tivesse reconstruído o Capital das cinzas.

Assista pelo vídeo abaixo.

OUÇA AGORA MESMO A PLAYLIST TMDQA! ALTERNATIVO

Clássicos, lançamentos, Indie, Punk, Metal e muito mais: ouça agora mesmo a Playlist TMDQA! Alternativo e siga o TMDQA! no Spotify!