Tom Morello
Divulgação

A espera acabou e o novo disco de Tom Morello está entre nós!

The Atlas Underground Fire chegou nesta sexta-feira (15) recheado de participações especiais que mostram diversas vertentes do talento do músico, mais famoso por seu papel em bandas como Rage Against the Machine Audioslave.

De Eddie Vedder, Bring Me the HorizonBruce Springsteen até PhantogramMike Posner Sama’ Abdulhadi, o álbum viaja do Rock ao Eletrônico com maestria e cada canção soa como seu próprio universo, feito sob medido para os artistas que emprestam seus talentos a Morello.

No entanto, quando questionado pelo TMDQA! em entrevista coletiva sobre as origens do trabalho e como as participações foram escolhidas, Tom detalhou um processo mais leve e menos engessado ao sentido musical:

Esse foi um disco feito no auge da pandemia. É um álbum da ‘praga’, de verdade. E desde que eu tinha 17 anos até o dia 20 de Março de 2020, eu sempre estive compondo e gravando e me apresentando constantemente, e tudo isso foi interrompido de uma vez só. Então, foi realmente uma seca pra mim.

Eu tenho um estúdio em casa, como você pode ver, mas eu não sei como fazê-lo funcionar — eu não sei como comandá-lo. Eles só me deixam tocar no botão de volume e, mesmo assim, muito raramente! Então foi um momento em que eu fiquei encarando [o fato de] não fazer música pelo futuro próximo e a inspiração veio de um lugar meio estranho, quase bizarro.

Eu li uma entrevista o Kanye West dizendo que gravou os vocais de alguns de seus álbuns nas notas de voz do seu iPhone, então eu comecei a gravar frases de guitarra no meu celular e mandei para produtores e engenheiros de som. E esse disco começou não exatamente como uma aventura criativa, tipo, ‘Ah, eu vou fazer um disco’, foi simplesmente um bote salva-vidas, na verdade. Através desses dias de ansiedade e depressão e medo, manter as vovós vivas [na pandemia], evitar que as crianças ficassem malucas, foi uma forma de escapar por meia hora, 45 minutos todo dia, de ser uma pessoa criativa.

E aí, quase como uma roleta — eu vinha aqui, gravava alguns riffs, gravava no meu celular e pensava, ‘Com quem será que eu quero fazer uma música?’ Não era quem vai ser perfeito para essa gravação, era tipo, ‘Com quem pode ser divertido colaborar? Quem pode me fazer crescer? Quem vai fazer o dia ser menos desesperador?’ [risos] E essa foi, na verdade, a gênese do disco ‘The Atlas Underground Fire’.

O resultado, claro, foi sensacional. Ouça The Atlas Underground Fire na íntegra ao final da matéria!

Tom Morello e o Brasil

Em outro momento da entrevista coletiva, quando se despediu dos jornalistas, Tom Morello aproveitou para pedir espaço e deixar um recado ao público brasileiro. Ele disse:

Queria deixar um obrigado sincero e do fundo do coração a todos os fãs, amigos e camaradas — especialmente camaradas — no Brasil através dos últimos 30 anos. Eu e minha banda demoramos tempo demais para chegar até aí, finalmente fazer um show aí, e a expectativa, o calor e a resposta foram tão incríveis na primeira vez que fomos. E eu já voltei algumas vezes depois disso e eu só quero dizer que alguns dos meus momentos preferidos no palco, na vida inteira, foram no Brasil e eu espero ter mais no futuro. Mas deixo um verdadeiro, sincero obrigado a todos os fãs, amigos e camaradas através de todos esses anos.

Pois que volte logo!

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