Round 6, série da Netflix

A série coreana Round 6 (Squid Game) virou um grande fenômeno na Netflix e é difícil encontrar alguém que pelo menos não saiba sobre o que ela trata. O sucesso, porém, não chega a ser uma surpresa, já que o subgênero “death games” (ou “jogos mortais”, em tradução direta) é bastante popular há muitos anos.

Isso desmente, inclusive, alguns críticos que trataram Round 6 como apenas uma cópia de outras obras. Na verdade, a série faz parte de um gênero que já possui muitas e muitas produções lançadas. O que as diferencia são as motivações, os jogos em si e as reflexões propostas pela história.

O Que Assistir Depois de “Round 6”?

Se você gostou de Round 6 ou apenas quer conferir outras opções nesse gênero, confira uma lista com filmes e séries parecidas:

Battle Royale

Começando por Battle Royale, aquele que pode ser considerado o precursor dos death games” como são retratados hoje em dia. O filme japonês, lançado no ano 2000, se passa em um futuro próximo, no qual os índices de violência e delinquência juvenil estão em níveis alarmantes. Para segurar a onda da galera, o governo resolve colocar uma série de adolescentes em uma ilha deserta por três dias, em uma competição na qual apenas uma pessoa pode sair viva.

Tem livro, filme, mangá, jogo… a influência é tanta que “battle royale” virou até um gênero de jogos de videogame, no qual a proposta é justamente essa: ser o único sobrevivente de um grupo de jogadores soltos em um mapa.

No trailer acima, você pode ver que o filme é divulgado com frases como “o filme favorito de Quentin Tarantino em todos os tempos” e “o filme que mudou a história do cinema para sempre”.

 

Jogos Vorazes

A versão hollywoodiana de mais sucesso com a premissa de Battle Royale é Jogos Vorazes. Inspirados nos livros escritos por Suzanne Collins, os filmes mostram a participação e o legado de Katniss Everdeen nos tais “Jogos Vorazes” (“Hunger Games”, no original).

A competição acontece em um futuro distópico, na capital de um país que é dividido em distritos. O objetivo do governo é conter a insurgência de grupos rebeldes por meio do espetáculo sangrento, que serve como punição para os distritos mais pobres, mas de entretenimento para aqueles mais ricos.

 

Jogos Mortais

Por causa da perspectiva diferenciada e da criatividade nos desafios, a franquia Jogos Mortais conquistou uma enorme base de fãs – e o primeiro filme realmente foi muito bom. Com direção de James Wan, a abordagem se afastou um pouco do princípio de Battle Royale e virou um filme de terror propriamente dito, fazendo de Jigsaw um dos vilões mais clássicos do cinema recente.

Aqui pessoas são sequestradas pelo serial killer, que cria desafios brutais para que apenas uma das vítimas sobreviva. O diferencial dos primeiros filmes foi a originalidade dos jogos, algo que se perdeu conforme o tempo foi passando e a fórmula começou a ficar repetitiva.

 

Bacurau

Olha o cinema BR aí! Bacurau demora para se mostrar um filme de “death games”, mas quando o faz, pisa no acelerador e não economiza. Na obra de Kléber Mendonça Filho, um grupo de turistas europeus vai para o interior do nordeste brasileiro para caçar a população local. O que eles não contavam era que a resposta seria na mesma moeda.

Um dos principais fatores que levaram ao sucesso de Bacurau foi a surpresa por ver um filme aparentemente “normal” descambar para a violência nesse nível. Além disso, é ótimo o subtexto de crítica ao neoimperialismo e ao preconceito étnico promovido não apenas por estrangeiros, mas por brasileiros de outras regiões.

 

Uma Noite de Crime

Falando em subtexto crítico, os melhores filmes e séries de “death games” são aqueles que conseguem integrar reflexões mais profundas ao contexto de violência e gore. É o caso de Uma Noite de Crime (The Purge).

Na trama, o governo dos EUA promove anualmente uma noite onde qualquer crime é legalizado. A crítica é mais clara no terceiro filme da franquia, que se passa em um ano eleitoral. A ideia é amplamente criticada por grupos de defesa dos direitos humanos pois tem claramente um viés higienista, mas acaba movimentando pessoas de muitos países e acaba estimulando um tipo de turismo elitista e macabro, além de agradar grupos conservadores locais.

 

Alice in Borderland

A obra que mais se aproxima de Round 6 nesta lista é Alice in Borderland. Além de ser original Netflix, a adaptação do mangá japonês também foi lançada há pouco tempo no serviço de streaming, mas não atingiu o sucesso estrondoso da “irmã” coreana.

Aqui, jovens participam de jogos para sobreviver em uma versão futurista de Tóquio. Ao contrário dos participantes de Round 6, no entanto, eles não têm escolha e são obrigados a lutar pela sobrevivência. Alice in Borderland pode não ter virado um fenômeno midiático, mas foi suficiente para ser renovada para uma segunda temporada, ainda sem data para estreia.

 

Danganronpa

Outra opção para quem quer explorar o mercado do entretenimento asiático é Danganronpa. Esta é mais uma obra na qual jovens são confinados e obrigados a lutar pela própria vida, mas com um argumento diferente.

No anime, que é uma adaptação de um jogo de videogame, os alunos de uma escola devem matar os colegas para conseguirem sair, mas com o desafio de não serem descobertos. Esta é uma boa opção para quem curte animações japonesas.

A lista poderia ser bem maior. Podem ser lembrados ainda: Enter the Dragon (1973), Death Race 2000 (1975), Cubo (1997), Intacto (2001), House of Nine (2004), Would You Rather (2012), Maze Runner (2014), As the Gods Will (2014), Circle (2015), 3% (2016), Nerve (2016), The Belko Experiment (2016), Escape Room (2019), Ready Or Not (2019), The Hunt (2020), Darwin’s Game (2020), entre outros.

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