Tunico da Vila e Djonga
Crédito: Vando Freitas

Em parceria com Djonga e Mary Jane, Tunico da Vila disponibilizou através da Sony Music o clipe feito para a faixa “Fogo no Racista”.

Filmado em Queimados, no Espírito Santo, um dos raros sítios históricos de memória negra preservados no país, o vídeo apresenta o monumento gigante do herói negro Chico Prego, que comandou a luta pela liberdade na cidade.

Segundo o artista, o local foi escolhido para lembrar que, desde 1849 até os dias atuais, a luta do povo preto contra o racismo e o genocídio não terminou.

“O samba sempre esteve em consonância com o que acontece nas ruas, com o povo, estou me posicionando gravando, cantando, pra ficar registrado aí que não compactuo com os ataques a democracia, o genocídio na pandemia, o racismo estrutural e a falta de comida, o sambista precisa estar do lado do povo, o silêncio musical de muitos artistas do samba me incomoda, tirando meu pai e a Teresa Cristina, pra mim não dá, não foi assim que aprendi, quem é do samba não pode deixar de gritar junto com o povo,” defende Tunico.

Para quem não conhece, Queimados é um museu a céu aberto das ruínas da igreja que os negros escravizados construíram com suas mãos. Ela foi restaurada e entregue durante a pandemia.

Semper Volt

Semper Volt
foto: divulgação

O cantor pernambucano radicado em São Paulo Semper Volt divulgou o clipe da música “Massa Crítica”, que traz a participação especial de São Yantó.

Dirigido por João Tenório e Vinicius Prado Martins, o vídeo é composto por uma série de colagens de explosões em alusão ao homem por trás do artista.

“As imagens são de explosões reais, retiradas de diferentes lugares, mas descontextualizadas de suas origens. No clipe, elas ganharam distorções, novos enquadramentos, diferentes cores e texturas para construir, junto com a música, um novo significado e uma tradução estética para esse sentimento de tensão social, de que “algo está para explodir,” explica Vinicius.

A canção, que passeia entre a sonoridade do eletrônico e da música brasileira, integra o disco Cristal, lançado no ano passado, e funciona como um retrato das manifestações políticas de 2013.

Na época, elas deixaram de ser apenas pelo vale-transporte gratuito e e se tornaram o início da derrubada da presidenta Dilma Rousseff (2011-2016), o que se relaciona com o título da faixa.

“Esse grupo de militares que usou [Jair] Bolsonaro para chegar ao poder agora ameaça golpe toda semana. O plano deles é tentar normalizar essa ‘intervenção militar’, ou seja, golpe, pra quando eles agirem terem mais aceitação, resignação dos que são contra e até apoio de uma meia dúzia de fanáticos e outros que estão ganhando dinheiro com isso. Então eles vão manter o ambiente assim até as eleições, porque estão vendo que Bolsonaro vai perder,” comenta Semper Volt.

PC Castilho

PC Castilho
foto: reprodução

O músico PC Castilho divulgou nas plataformas de streaming o clipe da canção instrumental “ZabumBahia”.

O vídeo, codirigido por Hardt, Juana Carvalho e Robson Vilalba, é uma animação com todos os músicos que participaram da gravação transformados em personagens.

Nas imagens, Mãe Menininha do Gantois, Dorival Caymmi e Jorge Amado aparecem em destaque. As ilustrações ainda mostram as ladeiras do Pelourinho e outras paisagens de Salvador.

A sonoridade da faixa, que estará no EP Tambor do Mar, previsto para chegar em 2022, passeia entre o baião e ijexá.

“Comecei a compor como baião. Por isso até que convidei o Marcelinho para completar a música. Ele achou que lembrava aquela onda doricaymmiana, com as cordas soltas do violão, e emendou no ijexá. O single ficou dançante e alegre, ótimas características para esse tempo difícil que vivemos,” conta PC, nascido em Angra dos Reis, na beira do mar.

Caio Prado e Luciane Dom

Caio Prado e Luciane Dom
foto: divulgação

O cantor Caio Prado se juntou a Luciane Dom para a faixa “Elo”, que ganhou clipe liberado no YouTube.

Gravado no Rio de Janeiro, o vídeo foi dirigido por Guilherme Bezerra e conta ainda com a participação do ator Jota Santos.

A música, que absorve os ideais do necessário movimento global Black Lives Matter, nasceu de uma imersão proposta no Song Camp do projeto Aceleração Musical Labsonica – edição Toca do Bandido.

Julles

Julles
foto: divulgação

A cantora, compositora, multi-instrumentista e artista visual carioca Julia Felix, através de seu projeto solo Julles, lançou o EP Interior.

O compacto, assinado pelo selo LIFE’s TOO SHORT, apresenta cinco faixas, incluindo os singles já lançados “Strange Way” (2019) e “Why You Feel So Down?” (2020).

Interior é um verdadeiro retrato íntimo de Julles. No EP, ela compartilha sua jornada com muita sensibilidade em cada desabafo e reflete sobre amadurecimento, angústias, derrotas e vitórias em diferentes momentos de sua vida.

“Cada faixa fala sobre um anseio ou insegurança minha. A proposta é criar uma experiência etérea ao ouvinte que aprecia o trabalho na íntegra, para que, assim como eu, consiga sentir uma viagem ao seu interior,” explica Julia.

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