Limp Bizkit no Lollapalooza Chicago 2021
Reprodução/Instagram

A alegria pelo retorno de shows e festivais nos EUA parece ter durado pouco e artistas como Limp BizkitLynyrd Skynyrd The Rolling Stones já fazem parte de uma lista que vai sendo obrigada — ou se obrigando — a cancelar eventos para não causar consequências desastrosas no país.

A banda de Nu Metal foi a mais emblemática nesse movimento, em especial pela iniciativa de cancelamento ter partido deles próprios. Logo após a confirmação de um caso de COVID entre a equipe do Bizkit, um comunicado foi emitido avisando que, “por uma abundância de cuidado”, os shows remanescentes para o mês de Agosto estavam cancelados.

Algum tempo depois, o vocalista Fred Durst foi ao Instagram para esclarecer algumas coisas, inclusive que não foi o guitarrista Wes Borland que contraiu a doença. Ele também falou que o “sistema tem sérias falhas”, dando a entender que não está de acordo com a forma como a retomada vem sendo feita.

Outro evento que segue nessa linha é o New Orleans Jazz & Heritage Festival, um festival importantíssimo que celebra a tradição da cidade. Nomes como os Rolling Stones e Foo Fighters estavam entre os escalados, mas a edição 2021 não vai acontecer e as datas já foram remarcadas para 2022.

Músicos testam positivo em meio a turnês

Outro fator que tem aumentado a preocupação dos músicos é justamente ver alguns colegas de profissão contraindo a doença em meio a turnês. O vocalista Sebastian Bach (ex-Skid Row) foi um deles, e já comentou que está bem graças à vacinação completa à qual se submeteu.

O lendário Lynyrd Skynyrd também cancelou participações em eventos após dois testes positivos entre seus membros. O guitarrista fundador Gary Rossington até chegou a ser substituído por Damon Johnson (ex-Thin Lizzy), mas após o diagnóstico de Rickey Medlocke a banda cancelou quatro shows.

Da mesma forma, o Fall Out Boy esteve fora de algumas datas da turnê Hella Mega, que conta com Green Day Weezer, depois de testes positivos dentro da organização da banda.

Futuro dos shows

Acontece que, pelo menos nesses exemplos citados acima, a decisão não parece ser definitiva. Com exceção do Limp Bizkit, que não tem mais datas no futuro próximo, todos os outros grupos ainda têm compromissos e os cancelamentos/adiamentos são referentes apenas a shows nos próximos dias — o que certamente ameniza o problema, mas não o resolve.

Ainda assim, esses são apenas os primeiros sinais de que o retorno pleno ao funcionamento é, infelizmente, insustentável enquanto os níveis de vacinação não atingirem os valores ideais.

Vale lembrar que a nova onda de casos nos EUA vem sendo chamada de “pandemia dos não-vacinados”, já que este grupo compõe pelo menos 97% das hospitalizações no país. Por outro lado, o aumento exponencial de testes positivos pode levar a casos graves até mesmo entre os vacinados, além da possibilidade de surgimento de uma nova variante.

Aqui no Brasil, com as campanhas de imunização atingindo cada vez mais pessoas, é urgente que possamos conscientizar as pessoas ao máximo sobre a necessidade de esperar a vacinação completa (em duas doses, quando necessário) da grande maioria da população até que a tal “vida normal” seja retomada.

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