Rodrigo Ferrari
Divulgação

Por Marllon Eduardo Gauche

DJ desde 1992 e produtor e engenheiro de áudio desde 2005, o paulistano Rodrigo Ferrari é um ávido colecionador de discos de vinil. Apaixonado pelas bolachas desde criança, formou ao longo do tempo uma coleção de aproximadamente três mil singles e EPs, com pérolas de soul, funk, disco, house, rock, rap e synth pop — influências que moldaram seu perfil como artista.

“Coleciono discos desde os meus 10, 11 anos… eles têm significados de grande relevância para todos que colecionam, e para mim não é diferente. Além de escrever a própria história da música, eles marcam a nossa, e nossos momentos, bons ou ruins. Quando olho para um disco da minha coleção, lembro perfeitamente de quando e onde comprei, onde toquei pela primeira vez e o que senti naquele momento”, conta.

Ele também lembra que costumava garimpar em uma loja que se chamava Mappim, e num sebo de discos e livros chamado Nuvem Nove, no bairro Itaim, ‘vizinho’ à Vila Olímpia.

“Quando comecei a discotecar, logo na primeira semana fui conhecer as lojas especializadas nos singles para DJs no centro de São Paulo, nas galerias da Rua 24 de Maio. Durante muito tempo só comprei por lá. Alguns anos depois surgiram as lojas da Galeria Ouro Fino, na rua Augusta, onde frequentei bastante também. Ainda vou às lojas que resistiram, mas atualmente o garimpo é bem diferente, com as possibilidades da internet, facilitando a compra em qualquer canto do globo. Ainda assim, o que gosto mesmo é da compra presencial”, afirma.

Assim, convidamos o especialista para apresentar dez de seus discos de vinil favoritos — e raros. Veja abaixo!

Donald Byrd ‎– Dominoes / Wind Parade [Blue Note Records, 1976]

“Foi um dos discos mais difíceis de conseguir na minha coleção. Encontrei na Gramaphone Records, Chicago, em 2017. Coloco este disco como o número 1 no meu top 3000”.

Billy Paul ‎– Your Song [Philadelphia International Records, 1977]

“O maior hit do artista, numa edição limitada e rara. Um dos tesouros da minha prateleira”.

The Clash ‎– London Calling and Armagideon Time [CBS, 1979]

“A banda me fez quebrar tudo em muitas festinhas na adolescência. O single não é muito raro, mas tem grande significado para mim e pra muita gente”.

Aretha Franklin ‎– What A Fool Believes [Arista, 1980]

“A versão que mais gosto do hit que ficou famoso nas mãos dos Doobie Brothers (também tenho este), mas com a voz e o soul incomparável de Aretha”.

George Benson ‎– Love X Love [Warner Bros. Records, 1980]

“Com certeza um dos artistas que mais gosto, e uma de suas três melhores faixas, na minha opinião. Edição rara!”.

Grace Jones ‎– Pull Up To The Bumper [Island Records, 1981]

“A diva jamaicana e grande frequentadora do Studio 54 com um dos maiores hits dos anos 80. Disco da primeira prensagem”.

Daryl Hall & John Oates ‎– Say It Isn’t So [RCA, 1983]

“Um dos clássicos da dupla que colocou 29 dos seus 33 singles no top 40 da Billboard de 1974 a 1991. Disco da primeira tiragem dos 12″ (um compacto saiu antes), não super raro, mas que tive dificuldade em conseguir”.

Tears For Fears ‎– Everybody Wants To Rule The World (Extended Version) [Mercury, 1985]

“O hitaço da banda que mais escutei dos meus 12 aos 14 anos de idade. Me traz boas lembranças e ainda curto muito até hoje. Primeira edição da versão extended”.

Depeche Mode ‎– Walking In My Shoes [Sire Records, 1983]

“Depeche é a banda do coração e essa faixa uma das minhas favoritas. Disco difícil e razoavelmente caro. No Discogs, uma cópia em bom estado não sai por menos de 50 euros”.

The Romantics ‎– Talking In Your Sleep / What I Like About You [Nemperor Records, 1988]

“Clássico do pop rock que embalou muitos verões. Disco difícil, que só consegui comprar numa loja de Berlim, a cerca de dez anos atrás”.

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